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Emir Sader

Colunista do 247, Emir Sader é um dos principais sociólogos e cientistas políticos brasileiros

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A guerra da direita contra Lula

"A direita pode muito, mas não pode tudo. Senão, o Lula não seria, de novo, reconhecido pela grande maioria como o seu único e grande líder legítimo", escreve o sociólogo Emir Sader; para o colunista, "a violência, física e institucional, é uma vitória de Pirro. No seu bojo traz a multiplicação da indignação de milhões e milhões de pessoas"; "Porque a guerra contra Lula tornou-se a guerra contra a democracia, a guerra o Brasil, a guerra contra o povo brasileiro", conclui

"A direita pode muito, mas não pode tudo. Senão, o Lula não seria, de novo, reconhecido pela grande maioria como o seu único e grande líder legítimo", escreve o sociólogo Emir Sader; para o colunista, "a violência, física e institucional, é uma vitória de Pirro. No seu bojo traz a multiplicação da indignação de milhões e milhões de pessoas"; "Porque a guerra contra Lula tornou-se a guerra contra a democracia, a guerra o Brasil, a guerra contra o povo brasileiro", conclui (Foto: Emir Sader)
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Não há mais dissimulação: a direita, unida, faz tudo o que pode, usa tudo o que tem, para derrotar Lula, para impedir que ele volte a ser presidente.

Não importa que digam, aqui e lá fora, que se trata de um sistema político de exceção, que chegou ao governo pela deposição de uma presidente honesta, sem razões constitucionais para isso, para instalar o governo mais corrupto da historia do país. Não importa nada.

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Não importa que digam que não se pode condenar e excluir Lula sem provas, sem crime. Não importa que digam que se houver eleições sem Lula, será uma farsa. Não importa que digam que não haverá democracia no Brasil.

Não importa que o Temer vá a Davos e não consiga nada, porque ninguém vai investir num governo sem nenhum apoio, nem credibilidade. Num pais em que ele não pode jurar que vão seguir no governo daqui a alguns meses.

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Não importa que estejam destruindo o país: da sua infraestrutura ao patrimônio público, da capacidade de pesquisa à força de trabalho, das políticas sociais ao prestígio internacional do Brasil.

Não importa que o governo e o parlamento sejam os mais avacalhados que o país já teve. Não importa que a mídia tenha se desmascarado definitivamente como partido da direita.

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Não importa que pelo menos 50 milhões de pessoas sejam afetadas direta ou indiretamente pelo desemprego. Não importa que as ruas e praças das nossas cidades voltem a ser povoadas por gente pobre dormindo e morando ao relento. Não importa que crianças saiam das escolas e voltem a vender caramelos nos sinais de trânsitos.

Não importa que as políticas sociais se retraiam e, paralelamente, a violência e o trafico se expandam, elevando as mortes, a ação brutal das policias, as guerras entre bandas, que recrutam jovens ociosos.

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Não importa destruir a educação pÚblica, tornar as condições de saúde da população as mais catastróficas. Não importa que quem tentava comprar sua casa, a perca e volte a viver na rua ou apinhado na casa de outros parentes.

Não importa que o povo repudie o governo, rejeite o Temer e sua canalha, repudie a perseguição a Lula. Não importa que o Judiciário passe a ser instrumento de perseguição a Lula. Não importa se o Estado de Direito não exista mais no Brasil.

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O que importa é que não volte a haver eleições minimamente livres, em que o povo decida quem deve governar o Brasil.

O que importa para a direita, para a elite, para os meios de comunicação, para os grandes empresários, para a aristocracia do serviço publico, é que Lula não ganhe as eleições, para o que é necessário que não possa concorrer.

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O que importa é que a economia não volte a se expandir, com políticas de inclusão social. O que importa é que não volve a se expandir o Bolsa FamÍlia, o Minha Casa, Minha Vida, o micro credito. O que importa e' que o salario mínimo não volte a crescer acima da inflação. O que importa e' que os trabalhadores não voltem a ter contratos de trabalho, que os empregos não voltem a crescer.

O que importa é que os sindicatos não sigam organizando e representando aos trabalhadores. O que importa é que a violência siga imperando no campo, sem contrapesos. O que importa é que o direito elementar a uma moradia não seja respeitado.

Para isso, para que o Brasil siga como o país mais desigual do mundo, que volta ao Mapa da Fome, que seja conhecido no mundo pela violência, é que se desata essa guerra a Lula, essa perseguição a Lula, essa caça a Lula.

A Lula, a seus familiares, a tudo o que tenha a ver com ele. Punir as dezenas de milhões de brasileiros que o querem na presidência do Brasil.

Mas a direita pode muito, mas não pode tudo. Senão, Lula não seria, de novo, reconhecido pela grande maioria como o seu único e grande líder legitimo. A violência, física e institucional, é uma vitória de Pirro. No seu bojo traz a multiplicação da indignação de milhões e milhões de pessoas.

Porque a guerra contra Lula tornou-se a guerra contra a democracia, a guerra o Brasil, a guerra contra o povo brasileiro.

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