A hora do voto
Houve tempo em que, nos dias de eleições, falávamos da "festa da democracia". Hoje, todavia, vamos às urnas com o travo amargo do golpe que destituiu a presidenta Dilma Rousseff e jogou no lixo mais de 54 milhões de votos
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Está chegando a hora de os mais de cinco mil e quinhentos municípios brasileiros escolherem seus prefeitos e vereadores. Houve tempo em que, nos dias de eleições, falávamos da "festa da democracia". Hoje, todavia, vamos às urnas com o travo amargo do golpe que destituiu a presidenta Dilma Rousseff e jogou no lixo mais de 54 milhões de votos.
Não devemos, todavia, esmorecer. É necessário votar. Desconsiderar o processo eleitoral, esvaziando ainda mais a nossa combalida democracia, é tudo que os usurpadores querem. É necessário eleger, nas representações municipais, o maior número candidaturas progressistas, envolvidas com a manutenção das conquistas sociais alcançadas a partir do governo do presidente Lula e seriamente ameaçadas pelo governo Temer.
Sabemos que as preocupações maiores do eleitorado brasileiro estão vinculadas aos campos da saúde, educação, segurança, transportes e moradia. Gostaria, reconhecendo a importância fundamental desses setores, de chamar a atenção também para um papel de protagonismo que o campo da cultura deve ocupar na gestão pública.
É importante cobrar do poder público municipal a elaboração de políticas de valorização das práticas e saberes das populações, a difusão de equipamentos culturais nas cidades e a articulação entre cultura, educação, esporte e saúde. A economia criativa, ao mesmo tempo, pode se transformar em um campo cada vez mais fértil para a geração de emprego em uma conjuntura especialmente difícil.
Pautei a minha trajetória política no campo da saúde pública. Hoje, presido a Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados. Cada vez mais, percebo a conexão entre os dois setores. Sei, por exemplo, que a sensação de bem-estar que as práticas culturais proporcionam não pode ser desprezada como componente importante de uma visão mais ampla do setor da saúde, especialmente nas estratégias de desenvolvimento da medicina preventiva e no campo da saúde mental.
Não podemos esmorecer. A democracia no Brasil nunca foi uma concessão das elites, mas uma conquista árdua das mulheres e homens, das trabalhadoras e trabalhadores das cidades e dos campos brasileiros. Mais do que nunca é ela, a democracia, que precisa ser reconquistada em sua plenitude. E será!
Que as eleições municipais sejam um passo a mais no sentido da reconstrução da legitimidade democrática e da reação dos setores progressistas diante do retrocesso conservador, em busca do sonho de um país justo e fraterno para o nosso povo.
Bom voto!
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