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Carlos Henrique Abrão

Desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo

159 artigos

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A igreja brasileira e o papa

No momento atual, conturbado e de pouca transparência, a CNBB ainda não nos revelou um papel de eticidade, de moralização e de reconstrução da podridão da corrupção, seu discurso tem sido, invariavelmente, da mantença do status quo, sem golpismo ou impedimento

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Na sua obra "O nome de Deus é Misericórdia", o Papa Francisco, com extrema propriedade, coloca em relevo o lixo que se chama corrupção e a sua doença que contamina, pior do que a zika, a sociedade como um todo.

Nas palavras cativantes de Francisco, a justiça sozinha não basta e a experiência ensina que, quando se apela somente a ela, corre-se o risco de destruí-la. Eis o resultado da pregação efetiva: pecadores sim, corrupção não, na visão papal, a corrupção é o pecado que se transforma num sistema, um hábito mental, forma de viver.

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E, nessa pegada, o corrupto não conhece a humildade, não se sente necessitado de ajuda, leva uma vida dupla. Bem assim, o corrupto esconde o que considera seu verdadeiro tesouro, o dinheiro público surrupiado, que o torna escravo e excessivamente materialista, salvo pelas aparências.

A Igreja no Brasil, falo somente da católica, pois as pentecostais mostram um lado perverso de pregações e busca pelas arrecadações, tem sido leniente com essa forma de nossa estrutura política.

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Muitos dizem que o governo atual teve sua motivação em lutas da esquerda apoiadas pela igreja mais progressista.

No momento atual, conturbado e de pouca transparência, a CNBB ainda não nos revelou um papel de eticidade, de moralização e de reconstrução da podridão da corrupção, seu discurso tem sido, invariavelmente, da mantença do status quo, sem golpismo ou impedimento.

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Não basta, é pouco, eis que nosso governo destruiu sonhos e a pregação como enfoca o Papa haverá de ser feita de dentro para fora da Igreja.

É bem verdade que a Igreja brasileira viveu momentos auspiciosos no passado do autoritarismo, mas nada indica que o silêncio atual possa representar uma leniência ou torpor em razão da gravidade dos fatos que causam exclusão social e punem os trabalhadores.

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Não temos color algum, pois sabemos que os timoneiros da esquerda sempre preferirão dar números do bom aumento de inclusão e da melhoria de parte da população. Discurso superado e depreciado, pois que a maior corrupção da história, e a segunda do planeta, carcomeu todos os fundamentos e solapou a própria sociedade.

A falta de combate de uma completa revolução de valores precisa do apoio da Igreja e de sua orientação, a evangelização deve ser por uma modernização e separação do trigo do joio.

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A injustiça que vemos salta aos olhos e a Igreja não tem falado muito sobre isso, assim, o corrupto é aquele que se indigna porque lhe roubaram a carteira e se lamenta pela falta de policiamento nas ruas, porém engana o Estado, sonega impostos, demite empregados, não registra trabalhadores e até propala a escravidão da mão de obra infantil. Dessa forma, a Igreja Brasileira não pode clamar no deserto, mas sim nas ruas, nas praças, em todos os locais públicos, como Jesus fazia, para dizer que a corrupção é um estado pessoal e social no qual a pessoa se habitua a viver.

E, assim, nosso governo está nos seus usos e costumes corruptos, levando a Nação ao caos, exterminando as empresas, retirando o futuro de milhões de jovens e colocando na miséria os desempregados.

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Os tempos são dificultosos e a vivência pela quaresma exige que a Igreja, longe dos seus erros do passado, passe a exercer um papel fundamental, chave e essencial para que a corrupção seja abatida, o governo, escandalizado e a sociedade assuma a responsabilidade de reformar o que pode ser feito.

Em tempos de misericórdia não haverá melhor solução ou alternativa se a Igreja Brasileira, cheia de história passada, vier no presente a bater forte, firme e de modo enfático pelo fim da corrupção e dos governos corruptos.

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