A importância do big data para as eleições de 2022
As redes sociais são base para análises de big data e consequente atuação de grupos empresariais e agremiações políticas
O presente cenário brasileiro escancara crimes que duramente estão sendo praticados contra a humanidade. Já são mais de 650.000 mil vidas interrompidas pela necropolítica do conservadorismo. No entanto, a crise do Brasil, antecede a pandemia, mas foi aprofundada por ela. Os problemas sociais no nosso país se arrastam desde o período colonial. Problemas como o racismo, como a estratificação social, homofobia, os maus tratos com a população indígena, o feminicídio, as violações de direitos constitucionais, xenofobia, as restrições das liberdades democráticas, a disparidade de acesso ao consumo – o mesmo consumo que cria um desrespeito com a fauna, a flora, que poluem os nossos rios e destrói a nossa Amazônia –, assim como também, o aquecimento global e os ataques ao meio ambiente.
A taxa de desemprego atual é de 12,6% e há cerca de 52 milhões de brasileiros subsistindo, vivendo na pobreza.
Atualmente, quase 5 bilhões de pessoas no mundo, estão conectadas na internet. A cada segundo, 14 pessoas no mundo fazem cadastro para utilizar uma nova rede social.
Na última década, o meio de comunicação mais utilizado por candidatos políticos em propagandas eleitorais, foram as redes sociais.
As redes sociais são base para análises de big data e consequente atuação de grupos empresariais e agremiações políticas. A exploração e captação digital dos costumes, padrões comportamentais e idiossincrasia dos indivíduos, são feitos através de segmentações e modelos preditivos.
No Brasil, operações partidarizadas com visão idílica (como a lava-jato) também deram espaço para a extrema-direita, que como sabido, atua fortemente nas redes sociais com milícias digitais.
A crise mundial de 2008, parte do mesmo conceito de análises estatísticas de big data, foram análises de clientes e potenciais clientes - score de categorias - que tiveram seus tipos de agrupamentos e distribuição para cálculos, modificados (créditos subprime).
O uso de big data teve poder decisivo no rumo das eleições brasileiras de 2018, assim como o resultado do Brexit (União Europeia) e no resultado da primeira eleição do ex-presidente dos EUA, Donald Trump. Além disso, a vitória da extrema-direita nas eleições presidenciais de 2018 no Brasil foi beneficiada pelo antipestimo que estava bem acentuado em virtude de fatores como o golpe de 2016, das fake news lançadas nas redes sociais e em decorrência dos estragos e contradições estruturais do capitalismo, que além de provocar mazelas, fomenta um pessimismo crescente da população que gera espaço para discursos oportunistas como o da extrema-direita. Vale ressaltar que o acossamento contínuo perpetrado ao PT, provocou derrocadas ao partido, principalmente em razão do mensalão, do lawfare contra o ex-presidente Lula e do impeachment da ex-presidente Dilma Roussef - fatos que fortaleceram a biopolítica.
O uso de big data no meio político foi notabilizado nas campanhas do Barack Obama de 2008 e 2012. Obama surpreendeu ao se fazer extremamente presente nas redes sociais, além de elaborar diversas estratégias para entrar em contato com diferentes tipos de públicos - por exemplo, após debates, eventos e aparições na tv e internet, os calls centers da campanha de Obama, conduziam uma enorme quantidade de entrevistas que tinham como objetivo captar as preferências dos eleitores. Esses dados, posteriormente eram passados por diversos algoritmos de machine learning para buscar padrões de comportamento entre as opiniões (tendências). Tamanha foi a importância do big data nas eleições do Obama que ele anunciou oficialmente a criação do cargo Cientista de Dados Chefe de seu governo.
O gestor tecnológico das campanhas eleitorais do Trump e do Bolsonaro, foi o Steve Bannon.
Bannon foi vice-presidente da empresa Cambridge Analítica.
A Cambridge Analítica ficou conhecida com o escândalo dos vazamentos de dados do Facebook para fins políticos.
A Cambridge utilizou (através do big data) criminosamente os dados de 87 milhões de pessoas. Os dados coletados foram analisados para identificar o perfil psicológico de cada indivíduo e então, obtendo a especificidade de cada qual, os materiais de campanha foram gerados e enviados conforme a singularidade de cada pessoa de maneira a persuadi-la, o que influenciou a opinião dos eleitores, e decidiu diversas eleições.
Os dados de rede sociais podem conter mais de 9.000 pontos sobre a personalidade de cada indivíduo, que vão desde sua movimentação geográfica diária, contatos periódicos, nível cultural, extratos bancários e até suas mais sutis preferências, desejos, medos e anseios.
Bannon criou a empresa The Moviment, que tem o intuito de disseminar grupos políticos-direita pela Europa e ganhou considerável atenção por seus planos globais mais amplos - provocar uma revolta de direita mundial - para promover a direita populista-radical e o nacionalismo econômico. A empresa utiliza big data para segmentação de dados, usa fontes centrais de pesquisas, think tank, envio de dados em massa (como ocorreu no Brasil com o whatsapp na campanha Bolsonaro 2018) e etc. Bannon recentemente foi preso sob acusação de fraude.
Conforme Pierre Levy (filósofo, sociólogo e pesquisador em ciência da informação e da comunicação - estuda o impacto da internet na sociedade), o mundo virtual é o ESPAÇO DO SABER. Entretanto, faz-se necessário elucidar o efetivo poder destrutivo e criminoso que também há no espaço digital, cita-se, a ascensão vertiginosa da extrema-direita em 2018 no Brasil ancorada nas fakes news contra o PT.
O mundo digital, pode contribuir para um fim social comum, mas, também pode ser utilizada para fins não democráticos.
As fake news tem perspectiva multimodal, assim como, explicações psicossociológicas para a sua propagação, que são a convergência/simetria, entre política e cultura popular; políticos e celebridades; notícias e entretenimento e cidadania e consumismo, o que conflui no pensamento de Gramsci e de também ser factível a possibilidade de conduzir para relações parassociais.
Na filosofia de Gramsci, a Hegemonia é o poder/dominante, que mantém a Superestrutura (instituições, sistemas de ideias, doutrinas e crenças) e através dela, regula os subalternos. Para preservar a permanência da Superestrutura, a Hegemonia tem de ter autoridade, pôr rédeas nos subalternos, domesticá-los. O domínio acontece através do controle e da doutrinação. Ao longo da história, percebe-se que ditadores, primeiro construíram uma reputação para si, consolidaram sua identidade e a partir daí, executaram o adestramento.
Dentre os mecanismos de persuasão, há a utilização do registro emocional – como as notícias sensacionalistas - que pode abrir portas de acesso ao inconsciente para implantar com mais facilidade ideias, desejos, medos e induzir comportamentos.
O estudo da CNI de abril de 2021, aponta que 9 em cada 10 brasileiros entrevistados, leram ou ouviram ao menos uma informação falsa sobre a COVID- 19.
Pesquisadores do CETIC identificaram que o whatsapp é o meio mais frequente de divulgação de fake news, corroborando os dados obtidos do estudo da EU FISCALIZO-FIOCRUZ, no qual verificou-se que 73,7% dos conteúdos circulados pelo whatsapp, são falsos.
O termo fake news ficou amplamente conhecido no Brasil em 2018 quando em campanha eleitoral, Jair Bolsonaro e sua milícia digital, publicaram - e viralizaram de forma abrupta - notícias falsas. Considerando apenas o período do 1⁰ turno eleitoral, foram apurados mais de 100 fake news contra o candidato Fernando Haddad do PT. No entanto, as fakes news no Brasil e no mundo, são bem anteriores à 2018. Por exemplo, as teorias conspiratórias do terraplanismo foi lançada por Washington Irving em 1829 no seu livro Uma História da Vida e das Viagens de Cristóvão Colombo, sendo que a teoria referendada por Antoine- Jean Letronne em 1834 no artigo Opiniões cosmográficas dos padres das Igrejas.
O obscurantismo, o anticientificismo, assim como a tese da terra plana, são convicções bolsonaristas, da extrema-direita. Vale lembrar que o terraplanismo remete à idade média (na idade das trevas - ano 476). Frisa-se que Pitágoras desde o século 6 A.C, já falava que a Terra era esférica.
Também, há aqueles convencidos de que há uma sociedade secreta chamada Illuminati que irá controlar o mundo.
Nos EUA, o site 4Chan (https://www.4chan.org) inaugurado em 2003, era apresentado como um inofensivo espaço cibernético para postagens de imagens e discussões sobre mangás e animes, mas rapidamente foi vinculado com ideologias e agremiações de extrema-direita. Dentre centenas de fakes propagadas pelo 4Chan, vale lembrar que em 2013, o site espalhou que o cantor Justin Bieber estava fazendo uso de substâncias alucinógenas ilícitas e levantaram a hashtag #CutForBieber (Corte por Biber ) como um apelo , um sacrifício que os fãs deveriam fazer para salvar a vida do astro. Para reforçar a farsa, a 4Chan publicou diversas fotos fakes de garotas que supostamente teriam aderido à campanha e cortado os pulsos, assim, muitos fãs do cantor, acreditaram, aderiram à campanha e então, se mutilaram.
O site estadunidense Breitbart News Network ( https://www.breitbart.com ) é considerado o principal veiculador de notícias falsas do mundo. Fundado em 2007, o Breibart anuncia ser um site de "notícias", no entanto, propaga fakes news de cunho racista, misógino, supremacista, homofóbico etc.
Fake news também integraram campanhas de desinformação nas eleições francesas de 2017 no qual chamou a atenção o uso massivo de robôs no Twitter.
Entre outros exemplos ao redor do mundo, as eleições do México de 2018, foram marcadas pelas fakes news lançadas contra o candidato de esquerda López Obrador.
Na Índia, a distribuição de rumores e fakes news em plataformas de mídias sociais se alastraram a ponto de gerar ondas de violências e tentativas de linchamento público em julho de 2018.
As eleições presidenciais de 2010 no Brasil, foram aquecidas por contrafações difundidas que falavam que Dilma Rousseff do PT, era defensora do aborto e a favor de morte de crianças.
Nas eleições seguintes (2014), mais uma vez a proliferação de mentiras foi pauta na disputa política. Entre as mais populares, estiveram aquelas que Dilma era homossexual e cobrava pensão de amante, que o PT enviou ao Brasil 15 mil haitianos para votar, que Lula era dono da Friboi e que o doleiro Alberto Yousseff foi achado morto em crime encomendado pelo PT.
Cabe ressaltar que nos protestos de 2013, a Rede Globo propagou fake news, o que contribuiu para o golpe de 2016, assim como, foi chancela para o banditismo dos membros da lava-jato (MP, Deltan Dallagnol, Sérgio Moro, Rodrigo Janot etc.) e a consequente ascensão da extrema-direita.
Como sabido, inicialmente, os protestos de 2013 - organizados pelo Movimento Passe Livre - tinham como pauta, vetar o aumento da tarifa do transporte público. No estudo realizado pelo cientista político Jessé de Souza, é explicado que quando a imprensa passou a apoiar os protestos de 2013, iniciou-se um processo de manipulação sistemática da realidade.
No dia 16 de junho de 2013, o comentarista Arnaldo Jabor da Rede Globo, fez o seguinte comentário:
Mas afinal o que provoca um ódio tão violento contra a cidade?
Só vimos isso quando a organização criminosa de SP queimou dezenas de ônibus, não pode ser por causa de 20 centavos. A grande maioria dos manifestantes são filhos de classe média, isso é visível. Ali não havia pobres que precisassem daqueles vinténs. Os mais pobres ali eram os policiais apedrejados, ameaçados com coquetéis molotovs e que ganham muito mal.
No fundo tudo é uma imensa ignorância política. É burrice misturada a um rancor sem rumo.
Há talvez a influência da luta da Turquia, justa e importante contra o islamismo fanático, mas aqui se vingam de quê?
Justamente a causa deve ser a ausência de causas. Ninguém sabe mais por qual motivo lutar, em um país paralisado por uma disputa eleitoral daqui a um ano e meio.
O governo diz que está tudo bem, apesar dos graves perigos no horizonte, como inflação, fuga de capitais, juros e dólar em alta.
Por que não lutam contra o projeto de emenda constitucional 37, PEC 37 - por exemplo - que será votada no congresso, para impedir o Ministério Público de investigar?
Talvez eles nem saibam o que seja a PEC 37, a lei da impunidade eterna.
Esses caras vivem no passado de uma ilusão. Eles são a caricatura da caricatura violenta da caricatura de um socialismo dos anos 50 que a velha esquerda ainda defende aqui.
Realmente esses revoltosos não valem nem 20 centavos.
No dia seguinte (17), Jabor faz um novo pronunciamento:
À primeira vista esse movimento parecia uma pequena provocação inútil, que muitos criticaram erradamente, inclusive eu (riso debochado).
Nós temos democracia desde 1985, mas democracia se aperfeiçoa, senão decai.
Entre nós quase tudo acabava ou em pizza ou em paralisia entre os três poderes. O Brasil parecia desabitado politicamente. De repente reapareceu o povo. De repente o Brasil virou um mar. Uma juventude que estava calada
desde 92. Uma juventude que nascia quando Collor caía, acordou. Abriram os olhos e viram que temos democracia, mas uma república inoperante.
Os jovens despertaram porque ninguém aguenta mais ver a república paralisada por interesses partidários ou privados. Só há dois perigos: a tentação da violência e o vazio. Se tudo virar batalhas campais, a coisa se destrói. Se virar um movimento abstrato, genérico demais, tudo se esvai.
É preciso uma política nova se reinventando, mas com objetivos concretos, como, por exemplo, a luta contra o Projeta de Emenda Constitucional 37, a PEC 37, que será votada na semana que vem para limitar o Ministério Público.
Quem defende a sociedade?
Se tudo correr bem, estamos vivendo um momento histórico lindo e novo. Os jovens terão nos dado uma lição.
Democracia já temos, agora temos que formar uma república.
Nesta mensagem do dia 17, Jabor falou diretamente para o público conservador que estava indo às ruas: “Se virar um movimento abstrato, genérico demais, tudo se esvai. É preciso uma política nova se reinventando. Mas com objetivos concretos”.
Era preciso uma pauta concreta, como por exemplo, a luta contra a PEC 37 que mais uma vez, Jabor menciona como a “PEC da impunidade”. Este comando de dominação/falsificação, utilizado pelo Jabor, é descrito pelo filósofo Noam Chomsky, como PERCEPÇÃO SELETIVA.
O que era esta PEC?
A PEC 37 limitava a atividade de investigação criminal às polícias federal e civil, logo, a coisa é justamente o inverso da impunidade. A PEC era uma medida para delimitar as atribuições de cada órgão. A polícia investiga, o ministério público acusa e a justiça julga. A ideia aqui é que haja controles recíprocos e nenhum órgão possa monopolizar todas as ações e momentos processuais.
Há em tramitação, o projeto de Lei (PL) 2.630/2020, com medidas de combate à disseminação de notícias falsas, que ficou conhecido como PL das Fakes News. A preocupação, segundo a deputada Natália Bonavides do PT, é aprovar um projeto que cobre maior responsabilidade das plataformas virtuais, como o Facebook, mas sem avançar em direitos fundamentais do usuário, como a liberdade de expressão e a privacidade.
Também, há a CPMI das Fakes News ( início setembro 2019, autoria senador Ângelo Coronel) , de igual forma, há o Inquérito das Fake News ( início em março 2019, autoria STF ), uniformemente, há também o Inquérito das Milícias Digitais ( início em junho em 2021, autoria STF ), da mesma maneira, há a Investigação
Ataques Ao Sistema Eleitoral ( início em agosto 2021, autoria TSE ) e há a Investigação Fake News Sobre As Vacinas ( início dezembro 2021, autoria, Omar Aziz, presidente da CPI da covid ). O cerne de todas essas ações, são fakes news. Bolsonaro e o gabinete do ódio são investigados em todas elas.
Vale ressaltar que no dia 21.01.2022, a polícia federal enviou um relatório ao STF no qual confirma a existência da milícia digital que atua por meio de um “gabinete do ódio” contra as instituições democráticas do país.
Desde julho de 2020, o STF vem identificando e então determinando o bloqueio/suspensão de contas e acessos virtuais de militantes bolsonaristas que comprovadamente, propagam discurso de ódio, incitam violência e fakes news.
O Projeto de Lei de combate às fakes news, será significativo no que tange à penalidade dos propagadores de fakes news, no entanto, a Lei, trata apenas a parte das sanções contra os crimes e não da incumbência dos órgãos de inteligência do país de construir um sistema de rastreamento de fakes news, portanto, a Lei não trará para o país, elementos/provas para o judiciário atuar.
Sem um sistema de rastreabilidade da prática dos crimes de fakes news, o Brasil não terá como antever, coibir, e identificar os criminosos, logo, não haverá justiça e controle nenhum para barrar este tipo de crime que apresenta características de fácil pulverização, difícil identificação e gigantesco alcance/estrago.
É necessário e constitucional (então obrigatório) que os órgãos de inteligência do país construam um sistema Anti-Fake que tem de ser incluído no Plano Nacional de Inteligência do Brasil.
A política nacional de inteligência (PNI) define os parâmetros e limites de atuação da atividade de inteligência e de seus executores e estabelece seus pressupostos, objetivos, instrumentos e diretrizes, no âmbito do sistema brasileiro de inteligência. Outrossim, pesquisas e desenvolvimentos tecnológicos, são instrumentos essenciais para a inteligência nacional.
É de incumbência da Agência Brasileira de Inteligência( ABIN ); do Sistema Brasileiro de Inteligência (Sisbin); do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento para a Segurança das Comunicações (Cepesc); do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República; do Órgão de Coordenação das Atividades de Inteligência Federal; da Divisão de Combate ao Crime Transnacional do Departamento de Segurança; da Justiça da Secretaria de Assuntos de Soberania Nacional e Cidadania, do Serviço Federal de Informações e Contrainformações (SFICI); do ENAP; do Ministério da Ciência e Tecnologia e demais órgãos de inteligência vinculados / interligados planejar e executar ações para cessar crimes que ameacem o Estado Democrático de Direito do país - ameaça presente nas fakes news..
Se a inteligência do Brasil não construir o sistema, quem vai regular? Quem vai inspecionar?
A deep web e a dark web, são espaços virtuais conhecidos como o submundo do crime. Esses espaços de navegação, possuem criptografia e segurança em várias camadas. Os usuários navegam anonimamente. A probabilidade de rastreabilidade de um usuário nestes espaços, é próxima de zero, igual probabilidade para conseguir acessar o conteúdo que eles postam, afinal, os dados estão criptografados (codificados).
Quais fakes news e tantos outros crimes são e estão sendo praticados neste segundo através da deep e dark web?
Essa é uma resposta que, neste momento, não sabemos.
Diante todos os fatos e o previsível tsunami de fakes news que virão contra o PT no pleito eleitoral deste ano, para que possamos modificar a triste e letal realidade que assola o nosso país, é indispensável agora mesmo, que o PT, desenvolvam um sistema para monitorar, identificar e denunciar o maremoto de fakes news que serão lançadas por Bolsonaro e seus correligionários.
A fim de minimizar danos e riscos à vida do povo brasileiro, o proposto sistema Anti-Fake, terá de ter a habilidade e precisão para rastrear e identificar fakes news e suas origens, em frações de microssegundos / nanossegundos.
Sugere-se que o sistema utilize princípios como o método de detecção unigrama; técnicas ( PNL ) com redes neurais recorrentes (RRN) , algoritmos SVM, mecânica de comparações, como a métrica de similaridade do cosseno; validações cruzadas e inclusive, convalidação com informações de datasets que há disponíveis no mundo virtual, como o BuzzFeedNews. O sistema tem de possuir o maquinismo que exploram características morfológicas, psicológicas e de legibilidade que são comuns em fakes news, assim como, é essencial, que contenha o procedimento para efetuar a análise de componentes.
Cabe ressaltar que as RNNs capturam o padrão temporal dos usuários de acordo com o seu engajamento nas redes, por isso, é possível entender perfis, rastrear sua movimentação e visualizar todo o seu tráfego no mundo virtual.
Ligia Pires Cientista de Dados.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
