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Daniele Barbosa Bezerra

Doutora em Educação (UFC), professora, pesquisadora de gêneros biográficos e memorialísticos, contista e cronista.

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A indignação viral

Pouco se importando com a boiada, com índio ou dunas, o vírus trabalha pesado na infecção do citoplasma das células presidenciais, mas o governante tem médicos a sua disposição 24 horas por dia, o que torna o seu efeito menos devastador

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_É só uma gripezinha! 

E o vírus cansado de ser achincalhado, menosprezado, desmoralizado pelo chefe da nação, resolve se vingar. Afinal, foram muitos os meses em que no maior despudor, o projeto mal construído de genocida andava sem máscaras, apertava a mão de velhinhos no meio da rua, se comprazia com a dor alheia junto a figuras estranhas , que ele alimentava todas as manhãs, com discursos execráveis, no chiqueirinho em frente ao Palácio do Planalto.

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Inicialmente, o microscópico maldito trabalhou incessantemente para que o sujeito tivesse uma febre. E assim foi feito. Depois uma coriza e corpo mole, também deu certo. Sua ira não media esforços para devastar aquele que havia deixado sua fama, em ruínas. O vírus não se conformava com a incredulidade daquele ser sobre o seu poder, afinal já havia matado milhares de pessoas no Brasil, paralisado o mundo inteiro, mudado a rotina do planeta, mas aquele ser saído do submundo para a cadeira presidencial brasileira, insistia em desmoralizá-lo. _Ele me paga! Pensou o miudinho perigoso.

Acontece que o vírus não contava que o seu hospedeiro com faixa presidencial, não apresentava a menor credibilidade diante da nação e do mundo; as dúvidas da eficácia do pequeno de tentáculos, naquele corpo putrefato de alma, foram recorrentes. Jornais do mundo inteiro duvidaram da doença do chefe da nação. 

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Era uma roda que girava à luz da dúvida. O vírus não tinha credibilidade para o tosco governante e o tosco governante não gozava de insuspeição perante o mundo. Ninguém confiava em ninguém. _Que enrascada eu fui me meter! Dizia o virulento viajante. Enquanto o duelo entre os dois continuava, a população se distraia e a boiada passava. 

“Boi, boi , boi, boi da cara preta” (...) O chefe fakenews sanciona  o Projeto de Lei 1142/2020, que reconhece os povos indígenas, quilombolas e demais povos tradicionais como grupos vulneráveis durante a pandemia de covid-19 e determina ações emergenciais para protegê-los do novo coronavírus. A população abismada se perguntava: o presidente havia sido tocado pelo amor ao próximo? Deu uma trégua a sua sanha genocida? Que nada! Era muito bom para ser verdade.No mesmo projeto, vetou trechos do texto que prenunciam que o Governo Federal seja obrigado a fornecer acesso a água potável, distribuição de cestas básicas e distribuição gratuita de materiais de higiene, limpeza e de desinfecção para as aldeias, além de garantir a oferta emergencial de leitos hospitalares e de terapia intensiva, e a obrigação de comprar ventiladores e máquinas de oxigenação sanguínea para essas comunidades. Não mais surpreso, o povo percebeu que os instintos da besta fera não haviam se dissipado.Em Fortaleza, aproveitando-se da presença do assassino nanico, que apavora e ocupa a população, e da fala do Ministro do Meio Ambiente, o dono da boiada; o Conselho Gestor aprova a demarcação de um loteamento, nas dunas de Sabiaguaba, área de preservação ambiental, da cidade litorânea. No local, deverá ser construído um conjunto de prédios, num espaço equivalente a 50 campos de futebol.

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Pouco se importando com a boiada, com índio ou dunas, o vírus trabalha pesado na infecção do citoplasma das células presidenciais, mas o governante tem médicos a sua disposição 24 horas por dia, o que torna o seu efeito menos devastador. Enfurecido, a pensar em nova estratégia contra o presidente, volta a se ocupar com a população brasileira. E lá se vão mais de 71.000 mortes em terras brasileiras.  

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