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Lula Miranda

Poeta, cronista e economista. Além de colunista do 247, publica artigos em veículos da chamada imprensa alternativa, tais como Carta Maior, Caros Amigos, Observatório da Imprensa e Fazendo Média

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A insustentável leveza da política

Já podemos falar em "pragmáticos", no lugar de "sonháticos"; em "arrivistas", no lugar de utopistas? Já podemos dar nome às coisas, como elas de fato se nos apresentam? Ou ainda seria prematuro?

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É falsa a "poesia" que supostamente estaria por detrás da aliança política entre Eduardo Campos e Marina Silva? Ou toda política é em si uma falsificação, uma dissimulação? O que testemunhamos é uma imitação canhestra de algo que se poderia chamar, violentando um pouco os fatos e a semântica, de "poesia"? Ou um simulacro, e uma violação, da Política dos "puros", que era até então defendida pelos "sonháticos" da Rede, dentre outros?

Já podemos falar em "pragmáticos", no lugar de "sonháticos"; em "arrivistas", no lugar de utopistas? Já podemos dar nome às coisas, como elas de fato se nos apresentam? Ou ainda seria prematuro?

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Devemos então, enquanto os elefantes se acomodam na loja de cristais, em nosso íntimo nos indagar/questionar: qual o sentido da política?

Para que serve a política? Para promover o bem comum na Polis? É isso? É essa a política que defendemos?

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Qual a política que propugnamos?

Quais os partidos que praticam essa política, genuinamente voltada para o bem comum?

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O governo Dilma e sua base aliada estão promovendo essa política? Está promovendo, mas de forma insuficiente? Não está promovendo?

Marina representa essa política? Eduardo Campos representa? Aécio Neves? Ou, já que estamos a falar de modo franco, talvez fosse mais honesto perguntar: José Serra representa essa política?

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Se Eduardo Campos representa essa política, por que se associou a Ronaldo Caiado (já descartado, ao que parece), a Heráclito Fortes e Jorge Bornhausen, dentre outros "homens bons" – como diria o insuspeito Professor Hariovaldo Almeida Prado? Esses senhores citados representam uma nova maneira de fazer política? Por que Campos, com seus olhar lânguido e jeito de bom moço, tentou primeiro seduzir Kátia Abreu antes de se juntar a Marina?

Existem os "puros" na política?

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Onde está o santo? De qual lado estarão os "pecadores"?

Por onde andará o "Mão Santa"?

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Paulo Maluf, à casa de quem Lula acorreu para lhe dar um abraço de "companheiros" (ou seria de afogados?) noutra estranha, inesquecível e indesculpável aliança, representa essa nova política? Ou Sarney? Ou Renan? Ou... Gilberto Kassab, que ora é aliado de

Serra (e do PSDB) ora de Dilma (PT); que diz não ser de centro nem de direita, ou de esquerda.

Na coalizão que dá sustentação ao governador de SP perfilam-se Campos Machado, Coronel Telhada, Paulinho da Força e o grupo político de... Paulo Maluf. Estes senhores, de reconhecida reputação, por acaso, representam um novo jeito de fazer política?

Qual a lógica que subjaz à política? A lógica da Poesia?!

"Veja bem, mas são todos políticos eleitos pelo voto do povo e, no final das contas [e dos contos – sussurra-me o cronista Machado de Assis], vivemos numa democracia, num governo de coalizão" – poderia ponderar você, caro leitor. Agradeço vossa providencial ponderação.

"The answer, my friend, is blowing' in the wind" – canta, insistentemente, o Senador Suplicy da tribuna do Senado.

Aqui caberia, talvez, mais uma pergunta [ingênua, ora direis!], típica de um autêntico "sonhático". Ou melhor, duas:

1º: Por que então não se juntam os autênticos homens bons [esqueçamos, por ora, as aspas e a ironia mordaz do sarcástico professor Hariovaldo] dos principais e mais representativos partidos numa única frente ampla de esquerda ou de centro-esquerda?

2º: Por que não se juntam todos os parlamentares e fazem uma reforma política que, efetivamente, se constitua num primeiro passo, num singelo e providencial passo, para que possamos começar a mudar de verdade a maneira de fazer política neste país.

Sim, pois não será um partido a mais, ou um "cacique" a mais, ou a insustentável "leveza" da aliança Campos-Marina, que mudará os rumos da política brasileira e irá possibilitar que prossigamos no caminho da transformação desse país numa grande nação.

Como Queríamos Demonstrar [Q.E.D. - Quod erat demonstrandum].

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