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Robson Sávio Reis Souza

Doutor em Ciências Sociais e pós-doutor em Direitos Humanos

159 artigos

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A justiça do jeitinho

O cientista político Robson Sávio comenta o que chama de "mais uma decisão de uma justiça historicamente de dois pesos e duas medidas", em que "um magistrado deu nova aplicação ao termo" 'jeitinho brasileiro' ao manter Moreira Franco no ministério, mas sem foro privilegiado; "Esse jeitinho justiceiro poderá ser confirmado por um togado supremo; daquela excelsa corte que tem coronel e poderá receber nos próximos dias um plagiador do 'barco do amor', depois da devida vênia de senadores que compartilham com o novo parceiro justiceiro as mesmas qualidades curriculares"; "A esculhambação nessa república das bananeiras transforma, diuturnamente, Al Capone e seu bando num simples estagiário", afirma ele

Temer e Moreira Franco (Foto: Robson Sávio Reis Souza)
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Para criminalizar o brasileiro, principalmente o pobre e o trabalhador, cunhou-se a expressão "jeitinho brasileiro", usada seletivamente para desdenhar dos arranjos muitas vezes legítimos, mesmo ilegais, que a criatividade de nossa gente arquitetou para conviver numa sociedade pornograficamente desigual, injusta, hipócrita, leviana...

Agora, com mais uma decisão de uma justiça historicamente de dois pesos e duas medidas, um magistrado deu nova aplicação ao termo: um jeitinho para resolver a situação do "angorá", da camarilha golpista.

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Segundo decisão do juiz, o nobre ministro do ilegítimo poderá ser mantido no cargo, mas perde o foro privilegiado. É mais ou menos assim: o sujeito praticou um crime; é condenado à prisão mas, sendo da turba do rei, pode cumprir uma prisão domiciliar.

Esse jeitinho justiceiro poderá ser confirmado por um togado supremo; daquela excelsa corte que tem coronel e poderá receber nos próximos dias um plagiador do "barco do amor", depois da devida vênia de senadores que compartilham com o novo parceiro justiceiro as mesmas qualidades curriculares.

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A esculhambação nessa república das bananeiras transforma, diuturnamente, Al Capone e seu bando num simples estagiário.

Enquanto isso, pavões justiceiros de toga, aliados à mídia inquisitorial da casa grande, continuam a praticar o terrorismo da operação lavajato, que não lava a lama dos amigos tucanos, peemedebistas e seus aliados bandoleiros.

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Sem moral, as instituições e as autoridades perderam quase tudo; mas continuam agarradas nas artimanhas da justiça para se manterem onde estão.

E com os jeitinhos justiceiros, "la nave va"... mesmo que seja para o precipício, levando junto toda uma nação que assiste em berço esplêndido, salvo exceções, um espetáculo dantesco que, dia após dia, tem cenas horripilantes.

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