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Leopoldo Vieira

Marketeiro em ano eleitoral e técnico de futebol em ano de Copa do Mundo

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A liderança política de Dilma: Êta presidenta que disputa o país!

Tomar seu primeiro governo por burocrático, mal-humorado e sem diálogo democrático é uma grande falácia de quem leu os acontecimentos do país pela retórica que tomava a ex-guerrilheira por uma "gerentona"

Tomar seu primeiro governo por burocrático, mal-humorado e sem diálogo democrático é uma grande falácia de quem leu os acontecimentos do país pela retórica que tomava a ex-guerrilheira por uma "gerentona" (Foto: Leopoldo Vieira)
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A atual campanha eleitoral é uma das mais politizadas e programáticas da história recente do país. A mudança do cenário sobre qual candidatura lideraria a oposição ao ciclo de 12 anos de governos do PT fez a disputa transitar da estratégia (correta) de comparação de projetos baseada em realizações para uma de enfrentamento das ideologias e opções políticas por trás da polarização escolhida pela soberania popular nos últimos vinte anos. Esta alteração de cenários fez emergir a liderança política da presidenta Dilma.

Dilma jamais foi uma liderança que se firmou por uma carreira exclusivamente técnica ou por ter feito opções a partir da tecnocracia. Quando liderou o salvamento do Rio Grande do Apagão efeagaceano, ali residiu um conjunto de escolhas políticas, manifestadas por uma evidente capacidade de gestão. E suas principais dimensões - governabilidade e governança - isto é, respectivamente, capacidade de agregar múltiplos interesses sociais em objetivos de longo, médio e curto prazo; e capacidade de formular e implementar uma agenda pública, são desafios que exigem alto conhecimento político e perspicácia técnica.

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Tomar seu primeiro governo por burocrático, mal-humorado e sem diálogo democrático é uma grande falácia de quem leu os acontecimentos do país pela retórica que tomava a ex-guerrilheira por uma "gerentona".

Dilma usou a cadeia nacional de rádio e TV para anunciar projetos e explicar situações políticas diretamente ao povo, tomou a decisão política de reduzir as taxas de juros e enfrentar o sistema financeiro, fazendo o mesmo – só que com o corporativismo - para entregar ao país o Programa Mais Médicos; articulou de modo protagonista e prioritário o Fundo e o Banco dos BRICS, também o fez em relação à sustentação dos países sul-americanos ameaçados de desestabilização ou vitimados por golpes brancos no âmbito do Mercosul e Unasul; decidiu pela criação de mais estatais para aprofundar a regulação da economia, como a EPL; pela vinculação dos royalties do petróleo e dos rendimentos do Fundo Social do pré-sal à educação e saúde, pelo lançamento do decreto que instituiu a Política e o Sistema Nacional de Participação Social, pelo lançamento do Minha Casa Minha Vida e do programa Brasil Sem Miséria, passo dois fundamental do Bolsa-Família. Estes últimos, meios imprescindíveis para a consecução da meta política "País Rico é País Sem Pobreza".

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Na crise decorrente das manifestações de junho de 2013, foi a única governante do mundo envolta em circunstâncias parecidas a tomar a iniciativa e propor, dentre cinco pactos, uma reforma política advinda da convocação de um plebiscito sobre a necessidade de uma constituinte exclusiva para tal. Quem, antes, teve coragem de ir tão longe no enfrentamento ao status quo político e econômico em torno dos impasses da nossa democracia?

A constante fala da presidenta, de que sua gestão se volta a assegurar, fundamentalmente, emprego e salário diante de uma grave crise internacional, demonstra uma escolha e uma iniciativa política, que molda instrumentos de gestão, como é o famoso tripé macroeconômico. Por esta visão política, o Brasil pode comemorar hoje a manutenção de seu afastamento orgânico do FMI e a sua exclusão do Mapa da Fome da ONU, dois feitos, cujas datas deveriam ser tornadas feriados nacionais dadas sua relevância para a história do país e dos países latino-americanos.

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No atual contexto da disputa eleitoral, Dilma chamou para si a responsabilidade da condução da vitória, com o apoio de Lula, da militância do PT e dos partidos aliados, claro. E o que vemos?

Por exemplo, a reafirmação da reforma política como pauta inadiável do país, inclusive com a declaração presidencial de que ela só sairá com apoio e mobilização da sociedade, com a pressão popular. Um cânone do campo nacionalista, democrático e popular.

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Dilma foi firme ao condenar a independência legal do Banco Central, alertando a nação claramente sobre os riscos do sistema financeiro se apoderar do controle da economia brasileira, assim como não cedeu um milímetro na defesa dos bancos públicos e do crédito direcionado subsidiado.

No debate da Record, a presidenta não titubeou ao rejeitar a bandeira fácil da redução da maioridade penal, sendo enfática ao propor como alternativa o aumento da punição a quem usa menores para atenuar penas. O mesmo pode se dizer ao defender abertamente a regulação econômica dos meios de comunicação, por mais pluralidade e democracia e, talvez, do mais simbólico em todo este processo, quando a presidenta foi para cima do conservadorismo pela criminalização da homofobia.

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Assim, não há como usurpar de Dilma a condição de liderança política. Uma liderança que é a síntese de ligação entre o petismo, o trabalhismo e a resistência à ditadura. Mas, uma liderança contemporânea, que une política e capacidade de gestão. Aliás, como é uma nova safra de petistas, que cresceram com o pé na resistência ao neoliberalismo e assistindo o PT governar governando com o PT, experimentando a dor e a delícia de ser fruto da luta social e, ao mesmo tempo, expressão institucional da esperança dos brasileiros.

E a presidenta tem uma trajetória política de peso: na luta armada, na organização do PDT, nos governos petistas, na coordenação do governo Lula. Isso não é trajetória de segunda linha. Vida pública não é só ter sido parlamentar, dirigente do poder executivo ou dirigente formal de um movimento social.

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Tenho certeza de que a firmeza e a liderança política de Dilma já inspiram jovens de todas as idades e classes para as disputas de projeto de país que se seguirão após o primeiro ou o segundo turno.

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