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Guilherme Coutinho

Jornalista, publicitário e especialista em Direito Público. Autor do blog Nitroglicerina Política

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A mídia e o golpe: quando nos chamaram de loucos

O golpe foi um estelionato político-midiático contra cada um dos brasileiros, e quem lutou contra foi jogado à fogueira. Não vão nos pedir desculpas. Nos resta a certeza de ter estado do lado certo da história

Rede golpe de televisão (Foto: Guilherme Coutinho)
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Há um ano, o Brasil se preparava para entrar em um dos períodos mais tristes de sua história. A Câmara dos Deputados escolhia os membros da comissão especial, que iniciaria em poucas semanas o teatro do absurdo que foi o julgamento de Dilma Rousseff. A grande mídia se encheu de especialistas para convencer o Brasil de que nossa presidente era a única responsável pelas mazelas de nosso país. Crescia o ódio ao PT. Quem não compartilhasse esse sentimento era burro ou louco. Deveria ir para Cuba. Não entendia de política.

De acordo com a "verdade" fabricada pelo jornal nacional, todo vermelho era defensor de bandido. Estavam liberadas as hostilidades. Joguem pedra na Geni. Trataram de transformar "esquerdista" em uma palavra depreciativa. Afinal o dólar tinha baixado na última manifestação: a classe média queria ir às compras em Miami. Mas acontece que o golpe fracassou. Quem acreditou estar combatendo a corrupção deve estar bastante decepcionado agora. Deveriam ter ouvido os loucos. Nós avisamos.

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A promessa era simples. Com a saída de Dilma, a crise institucional iria desaparecer completamente. Afinal, Temer teria diálogo com o Congresso e sem o PT não haveria mais corrupção no governo federal. Ademais, o mercado reagiria imediatamente e a melhora deveria acontecer rapidamente na economia. Mas a realidade é dura: o presidente já perdeu seis ministros por envolvimento em corrupção e certamente perderá mais cinco nas próximas semanas. Foi citado dezenas de vezes em delações e a crise financeira se agravou severamente. A classe média não vai pra Miami (e nem se aposentar).

"As pessoas vão pensar o que eu disser para elas pensarem", disse o personagem Charles na obra prima de Orson Welles, Cidadão Kane. O filme é de 1941, mas a frase seria muito atual no Brasil de hoje. O golpe foi um estelionato político-midiático contra cada um dos brasileiros, e quem lutou contra foi jogado à fogueira. Não vão nos pedir desculpas. Nos resta a certeza de ter estado do lado certo da história. A luta continua.

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