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Túlio Ribeiro

Economista, pós-graduado em História Contemporânea, mestre em História social e doutorando em Desenvolvimento Estratégico pela UBV de Caracas. Autor do livro A Política de Estado sobre os recursos do petróleo, o caso venezuelano (2016). Autor participante do livro A Integração da América latina: A História, Economia e Direito (2013)

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A miopia dos EUA sobre a Venezuela

A receita dos Estados Unidos para Venezuela é a visão do dominador cativo, a pedra angular de uma abordagem depreciativa da capacidade latino-americana de poder se desvencilhar de um processo de dependência do norte

A receita dos Estados Unidos para Venezuela é a visão do dominador cativo, a pedra angular de uma abordagem depreciativa da capacidade latino-americana de poder se desvencilhar de um processo de dependência do norte (Foto: Túlio Ribeiro)
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A receita dos Estados Unidos para Venezuela é a visão do dominador cativo, a pedra angular de uma abordagem depreciativa da capacidade latino-americana de poder se desvencilhar de um processo de dependência do norte.

Segundo a concepção dos EUA, através do seu secretário de Estado Rex Tillerson, os militares venezuelanos deveriam intervir procedendo a derrubada do presidente Nicolás Maduro Moros, levando ao exílio em Cuba.

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Enraizada nas derrotas estadunidenses para a ilha, as palavras sem o conhecimento histórico, demonstram a consciência de que Maduro será vitorioso de novo nas eleições presidenciais deste ano. Em 2017, o chavismo venceu três eleições: a constituinte, bem como a de governadores e prefeitos.

Em que pese as dificuldades financeiras fruto da " guerra econômica",aviltamento do preço do petróleo e problemas de abastecimento, o governo bolivariano demostra que sua estratégia supera as recorrentes políticas de boicote da oposição e da administração de Donald Trump, incapaz de aceitar a América Latina como região soberana.

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Os militares venezuelanos tem neste momento uma posição não apenas de defender o patrimônio da nação, mas primeiramente estar ao lado da população. Paradigma minoritário no México, Colômbia e recentemente no Brasil e Argentina com o apoio as reformas neoliberais. Se a intenção era perturbar o frágil diálogo diálogo entre o governo e oposição, gerando animosidades que possam trazer insegurança a eleição presidencial, não encontrou eco nas forças bolivarianas que se posicionou prontamente:

"A Força Armada Nacional Bolivariana (FANB), ratifica junto ao seu povo, com o qual constitui a edificação de um próspero país invencível, inquebrável e indestrutível; seu caráter anti-imperialista e antioligárquico , razão pela qual não abandonará jamais seus princípios históricos e sua condição de garantir a soberania e a independência da pátria bolivariana."

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Ao perder a corrida da eficiência produtiva de bens e serviços para China, os EUA cada vez mais percebe que o motor que move sua economia é a indústria bélica , por isto a opção ascendente pela guerra e venda de armamento como as realizadas para Ucrânia, Arábia Saudita e Polônia.

Mas o tempo presente reordenou a ordem política na América Latina. É Indubitável que existe atualmente um massivo volume de ativos chineses e russos no continente, e novas alianças geopolíticas que representam um contraponto a um poder unipolar.

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Deste modo, o discurso proferido por Tillerson, ex-presidente da Exxon-Mobil, sobre a Venezuela e o continente não representa a realidade. Assim como outras regiões, a América já não reconhece o poder de uma única potência. Não permite uma abordagem sem incluir a China e a Rússia no mesmo patamar dos Estados Unidos. É incólume a visão que América Latina não é mais um quintal , mesmo que Trump se negue a admitir e recorra a novos golpes.

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