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Sebastião Costa

Médico pneumologista

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A participação da imprensa nas eleições

Depois de três anos ininterruptos de um massacre midiático sem precedentes na história política do país (só no JN já são 24 horas de pancadaria) e Lula líder em todas pesquisas, pra consolidar o golpe, o jeito foi convocar outro agente com poder de fogo para derrotá-lo em todos os turnos: o poder judiciário

A participação da imprensa nas eleições
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O cronograma da eleição já está definido. Dia 3 de outubro, fim do horário gratuito. Para o PT!

Para a turma que joga no time da direita, aquela que derrubou Dilma e patrocinou a condenação de Lula, o horário no JN, nas capas da Veja, nas manchetes da Folha e do Estadão segue gratuito e na rotina de sempre.

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No dia 4, quinta, o debate na Globo

Os dias seguintes, sexta e sábado é onde mora o perigo. Sem o horário eleitoral gratuito pra se defender, a pancadaria no candidato do PT costuma atingir graus elevadíssimos na escala Richter de perseguição midiática.

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Vejamos o currículo desses veículos de comunicação, que agora com Lula absoluto nas pesquisas se desgarraram dos últimos resíduos de pudor e escancararam todo seu viés conservador, a serviço do mercado e da burguesia nacional.

Corria o ano da graça de 1989, Lula em plena ascensão nas pesquisas, Collor em queda livre e todas as previsões apontavam o ex-sindicalista recebendo a faixa presidencial de FHC.

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O último obstáculo seria o segundo debate na empresa de Roberto Marinho.

O debate em si foi devidamente transposto pelo candidato do PT, o problema, o grave problema foi o JN do dia seguinte com o diretor de jornalismo, Alberico de Souza Cruz ordenando a manipulação das falas dos candidatos e os momentos negativos de Lula foram expostos com a mesma intensidade dos melhores desempenhos do alagoano.

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Uma pesquisa encomendada pela própria Globo antecipou o resultado final daquela primeira eleição pós ditadura militar, que o Sr Roberto Marinho deu as boas vindas em editoral de primeira página no jornal de sua propriedade.

E foi assim que o 'caçador de marajás' de muitas capas da Veja subiu a rampa do Planalto.

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Corte para 2006

Lembram-se da tentativa de compra de um dossiê por agentes do PT, que iria comprometer os tucanos na eleição para o governo de São Paulo? A repercussão na imprensa hegemônica foi intensa, com o destaque para a avidez dos editores do JN, ao nível de 'esquecerem' de noticiar a queda do avião da Gol com 154 mortos, para não reduzir o impacto que uma montanha de dinheiro (para compra do dossiê), devidamente montada pelo delegado Edmilson P. Bruno da PF( Tá em todas!) em parceria com jornalistas da Folha, Globo, O Estadão e Jovem Pan ( o jornalista da Carta Capital Raimundo Pereira gravou tudo).

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Lula praticamente eleito no primeiro turno, resolveu não participar do último debate na Globo. A cadeira vazia do candidato petista era mostrada com muita insistência, entrecortada com as imagens das notas de dinheiro
Não deu outra: Foram ao segundo turno, Lula e Alckmin.

Esgotado o combustível, o ex-governador sentiu a amargura de ver sua votação minguar, ao ponto de ficar abaixo do primeiro turno.

Em 2010 foi a vez de Dilma Rousself experimentar a violência da imprensa comprometida até a medula com os anseios e interesses da burguesia nacional.

Do presidente do IBOPE, Carlos Augusto Montenegro montado na sua imensa experiência: Dilma só não leva no primeiro turno se atropelar uma criança e não prestar socorro.

Coitado de Montenegro, não conhecia o poder de fogo do Estadão dos Mesquitas, da Folha dos Frias, da Veja dos Civita e da Globo dos Marinho.

Um lobby que iria favorecer uma empresa promovido pelo filho de Erenice Guerra ( lobby em Brasilia é a rotina do dia a dia), ministra da Casa Civil indicada por Dilma e os quatro veículos promoveram um massacre tão intenso que não só houve segundo turno como a ministra perdeu o emprego.

Em 2014 o protagonismo ficou por conta da revista Veja.

A reeleição de Dilma praticamente garantida e os editores estamparam na capa denúncia sem qualquer consistência, vinculando a presidenta com os desmandos ocorridos na Petrobrás.

Fez mais: providenciou imensos cartazes para exibição em todas revistarias do país e antecipou a distribuição da revista (inédito ) do sábado para quinta-feira. 

Toda a imprensa conservadora, feito orquestra sinfônica seguiu na mesma linha e a eleição só foi decidida na contagem final com os votos do nordeste.

Comparem por favor, todas essas histórias com a reeleição de FHC.

O deputado acreano Ronnie Von Santiago foi flagrado em gravação falando dos 200 mil que recebera do ministro Serjão, amigo do peito e da cozinha de FHC para votar a emenda da reeleição (130 parlamentares entraram nessa onda). 

Combustível midiático para três bombas de Hiroshima.

O sociólogo, voando em céu de brigadeiro faturou seu segundo principado no primeiro turno.

Outro corte para 2018

Depois de 3 anos ininterruptos de um massacre midiático sem precedentes na história política do país (só no JN já são 24 horas de pancadaria ) e Lula líder em todas pesquisas.

Pra consolidar o golpe, o jeito foi convocar outro agente com poder de fogo para derrotá-lo em todos os turnos: o poder judiciário.

Acontece que nas mesmas pesquisas, o seu imenso prestígio garante 31% dos eleitores votando com certeza em quem ele apoiar, e 18% acreditando que também podem seguir sua recomendação.

Tá difícil destruir este mito!

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