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Valéria Guerra Reiter

Escritora, historiadora, atriz, diretora teatral, professora e colunista

387 artigos

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A política partidária precisa de reformas nos três poderes

Reformemos a lei, em sua estrutura orçamentária precipuamente, para que não haja mortes por vírus, ou por guilhotinas, talvez a História precise mudar de fase, uma fase sem poderes, inaugurando assim: a Idade Altruísta

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  Como poderemos continuar vendo pessoas com seus guarda-chuvas rasgados, suas roupas surradas, sua educação incipiente, e sua existência anulada (em filas do Caixa Tem, que na verdade NÃO TEM). Enquanto pessoas compram suas ilhas, e viajam, outras pessoas funcionam como a massa perfeita para tais enriquecimentos; na maioria das vezes: ilícito.

 Nossa vida brasileira é permeada de DESIGUALDADE, sempre escravizados (de DITADURA em DITADURA), inclusive por ditaduras falseadas de democracia. O povo realmente chegou a um patamar de histeria verde e amarela, que agride enfermeiros em meio a uma gravíssima Pandemia. Parcela considerável do povo se acostumou a sofrer e a ser ludibriada pelas POLÍTICAS PARTIDÁRIAS

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   A meritocracia na realidade não existe, ou é utilitária. Ela usa e abusa da baixa-autoestima que habita em cada brasileiro, que se acostumou a trocar pau-brasil por espelhinhos; ou que aprendeu a endeusar “os deuses” brancos e bem vestidos europeus que aqui desembarcaram já premeditando a espoliação da terra e do povo. Sim, tínhamos um povo aqui, e ele desfrutava de uma vida igualitária.

  Não poderia ser diferente, o mercantilismo tinha seus pilares, e um deles era a colonização de novas terras, afinal eles precisariam das riquezas para continuar com sua balança comercial positiva, e ao lançarem suas embarcações em mares bravios desejavam fincar sua espada no coração de quem não tinha legitimidade. Eles vieram e extirparam a cultura indígena, que religiosamente já possuía Tupã, Jaci e Guaracy em seu panteão.

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  A Coroa portuguesa fincou sua cruz em nosso território, demonstrando claramente sua intenção mais vil: aculturar e subjugar o nativo como elemento reprodutivo e formador de uma nova raça que seria a alavanca de crescimento de uma massa servil. A outra matriz viria da África e este braço escravizado também formaria o novo povo.

 Séculos mais tarde era chegada a hora de “branquear” a população, e então vieram os imigrantes, que ocupariam as terras destinadas a eles, e que por lei não poderiam ser ocupadas pelos negros. Brancos mais uma vez tirando a vez do povo mestiço. A eugenia tinha como certo que o Brasil agora seria branco, mas sua tese não vingou, no século XIX aqui já existiam por volta de cinquenta e oito por cento de pardos e negros.

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  As políticas sempre buscavam privilegiar as elites, e com isto passamos do voto aberto, que incluía o cabresto do coronelismo ao voto secreto, com um modelo bicameral que inclui a Câmara de deputados e o Senado, a Constituição de 1824 nos legou o parlamento. E até hoje ele está aí, integrado por homens e mulheres com salários astronômicos, que na maioria das vezes servem a um empresariado magnânimo.

  Hoje no Brasil, o número de mortos que resulta de esta pandemia drástica passou de sete mil, e os infectados já ultrapassam os cem mil casos. De forma paralela no palco político se avizinha um novo golpe, comandado por um aspirante a Hitler, uma pessoa que desconsidera a democracia, apesar de ter sido eleito através dela. Eu só sei que o povo segue morrendo, em filas da Caixa Econômica federal que possui um APP que funciona como muitos dizem no popular “mal e porcamente”; e que, além disso; e esta informação eu trago de fonte segura: quando abre fornece senhas erradas, e faz as pessoas irem inúmeras vezes numa corrida do ouro a caixas eletrônicos contaminados, ou agências lotéricas que não conseguem efetuar o saque da irrisória quantia.

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  Meus nobres leitores, o salário dos deputados e senadores é em torno de trinta e quatro mil reais mensais. Claro, que semo acréscimo das regalias e benefícios. O salário mínimo instituído na República Federativa do Brasil é de exatos mil e quarenta e cinco reais. São quase vinte e oito milhões de brasileiros que labutam sob condições mediocrizadas e insalubres, que inclui o valor bem salgado, como etimologicamente expressa.

  A crise é nefasta, já que tem um personagem a mais: o coronavírus, que primeiro mata, e depois interroga. Não podemos mais ficar na mão de homens e mulheres que estão sob suas confortáveis quarentenas (aparentemente) defendendo o povo com o estandarte da legislação republicana. Temos quinhentos e noventa e quatro parlamentares (513 deputados federais, e 81 senadores) praticamente legislando em causa própria ou esquentando os sofás do isolamento, através da retórica, enquanto mais de doze milhões de pessoas que sequer possuem emprego informal.

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  Reformas são necessárias. Elas ocorrem no Meio Ambiente; neste caso com o nome de seleção natural: que escolhe o mais adaptado à qualquer variação imposta por fatores, como por exemplo, o exercido pelo coronavírus sobre o Homo sapiens. Precisamos mudar o quadro natural estabelecido nas três esferas de poder que sustentam como pilares a nossa República. E a paridade é uma das mudanças necessárias a um equilíbrio social. O vírus que habitava o pulmão dos morcegos, ou que fora fabricado em laboratórios: não seleciona deputados, senadores, estivadores, ou pedreiros; na realidade ele não indulgente quando se trata de infecção. Se o povo quiser uma igualdade de direito e de fato: basta que alguns infectados adentrem pelas portas palacianas que abrigam o interior dos “TRÊS PODERES” e espirrem e assim poder-se-á eliminar tudo que se traduz em vida.

    A falta de pão já foi “o estopim” para deflagrar um das mais expressivas revoltas de todos os tempos e que dividiu a História em: Idade Moderna e Idade Contemporânea. Sim, a Revolução Francesa se cansou da monarquia, e rasgou o véu do absolutismo, colocando o contrato social em prática conjuntamente com os Três poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário. Reformemos a lei, em sua estrutura orçamentária precipuamente, para que não haja mortes por vírus, ou por guilhotinas, talvez a História precise mudar de fase, uma fase sem poderes, inaugurando assim: a Idade Altruísta.

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