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Enio Verri

Deputado federal pelo PT-PR

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A semeadura e suas inevitáveis colheitas

Políticas são, entre outras definições, escolhas por caminhos pelos quais, invariavelmente, se colhem os resultados. A construção de uma nação soberana passa pelo amplo acesso do conjunto da sociedade às riquezas produzidas dos recursos energéticos, transformados por seu parque industrial

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Políticas são, entre outras definições, escolhas por caminhos pelos quais, invariavelmente, se colhem os resultados. A construção de uma nação soberana passa pelo amplo acesso do conjunto da sociedade às riquezas produzidas dos recursos energéticos, transformados por seu parque industrial. Nesse sentido, proteger os recursos e as empresas é fundamental. O Congresso dos EUA aprovou a criação da U.S. International Development Finance Corporation. Uma instituição semelhante ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que visa promover o desenvolvimento do próprio EUA em países emergentes, por meio do fomento às empresas americanas. Exporta tecnologia, valoriza as empresas, aufere divisas e consolida a presença do país em terras estrangeiras, sem ter de produzir guerras.

No Brasil, o secretário de Privatizações do atual governo diminui a importância do BNDES, relegando-o à espúria função de financiar capital estrangeiro para comprar estatais brasileiras, como declarou Salim Mattar, em recente evento sobre privatizações sediado pelo banco. Enquanto o país americano, cuja bandeira foi saudada com uma continência, por Bolsonaro, faz o que fez os governos do Partido dos Trabalhadores, o atual governo destrói a instituição pública financeira que mais investiu nos EUA, por meio de empresas brasileiras, com empregos e impostos gerados no Brasil. Desde, 1998 a 2016, os EUA foram o destino de exportações brasileiras. Nesse período, o banco financiou US$ 14,3 bilhões, ou 42% dos US$ 3,7 financiados desde então.

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Além de ser, ao ao contrário do que o governo apregoa, um banco lucrativo. Em 2002, o lucro do BNDES foi de R$ 880 milhões. Em 2015, foi de R$ 6,2 bilhões. A política do atual governo atenderá o financismo, de uma forma geral, mas, principalmente o concentrado mercado interno, onde os juros estão entre os mais altos do mundo. Não é necessário ser doutor em Economia para saber que a colheita nesse caminho será a miséria, a concentração de renda, o desemprego estrutural e a submissão do Brasil, 6ª economia mundial nos governos do PT, como eterno produtor de bens primários. O governo Bolsonaro está aplicando, de uma maneira até mais radical, a mesma política dos governos Fernando Henrique Cardoso, quando morria-se 300 pessoas, diariamente, neste País, de fome. Destruir um banco que, entre 1998 a 2016 criou mais de 10 milhões de empregos não parece um política que vise o desenvolvimento do País.

O governo dá claros sinais de se desfazer de não apenas uma ferramenta fundamental para o caminho do desenvolvimento soberano, mas um patrimônio de quase 70 anos, que pertence ao Brasil e não a um governo passageiro. Sempre sob o manto da mentira, Bolsonaro e o mercado financeiro, este por meio de seu braço político, a imprensa, não esclarecem à população a atuação do BNDES, nos governos do PT. É mentira que o banco financie bens estrangeiros ou países. O banco financia a indústria nacional, no Brasil, que contrata os serviços em outros países, como o Porto de Mariel, em Cuba. Sobre esse investimento, basta lembrar que até o diretor do departamento de relações internacionais e comércio exterior da insuspeita FIESP, enalteceu a oportunidade do Brasil ampliar sua presença na América Central.

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As entidades sérias deste País, as que realmente se interessam pelo seu desenvolvimento e sua soberania, devem vir a público e somar suas vozes às dos que lutam por isso. O Brasil é um país rico e em condições de financiar o seu desenvolvimento. Entregar as riquezas energéticas e as suas ferramentas é condenar toda uma nação a subdesenvolvimento. O caminho escolhido pelo atual governo produzirá um País de subconsumidores, que provocará o desaquecimento da economia e o fechamento de muitas empresas, aumentando ainda mais o desemprego. É vital reagir a essa agenda de atrasos, sob pena de presenciarmos o recrudescimento da miséria, porém em volume ainda maior e mais violento que os anos 1990.

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