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Eric Nepomuceno

Eric Nepomuceno é jornalista e escritor

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AGU: Absurdo Geral da União

"Como é que a Advocacia-Geral da União reclama de aglomeração dos indígenas – que, diga-se de passagem, não só observavam distância como usavam máscaras – e ignora a bestialidade de Jair Messias?", questiona o colunista Eric Nepomuceno, após a AGU pedir ao STF para proibir atos indígenas sob o argumento de que é necessário evitar aglomerações

(Foto: Agência Senado | GABRIEL PAIVA)
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Por Eric Nepomuceno, do Jornalistas pela Democracia

Certas coisas que acontecem no governo de Jair Messias até que seriam engraçadas se não revelassem o grau dos absurdos e aberrações que Brasília não deixa de parir e que sufocam cada vez mais o que resta deste país.  Perdido no meio do noticiário há um exemplo concreto disso: a Advocacia-Geral da União – AGU – entrou no Supremo Tribunal Federal com um pedido de que fossem proibidas manifestações de indígenas reivindicando direitos que estão sendo corroídos dia sim e o outro também com o claríssimo incentivo de Jair Messias. Argumento da petição: evitar aglomerações em tempos de pandemia. O pedido, como era óbvio, foi negado. O titular do órgão – e, portanto, ministro da Advocacia-Geral da União – atende pelo nome de Bruno Bianco. Foi nomeado por Jair Messias em substituição a André Mendonça, o candidato terrivelmente evangélico que busca uma vaguinha no STF.  O Dr. Bianco tem uma longa carreira como servidor público, e ocupou cargos principalmente no INSS.

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Se ao longo do tempo não abriu espaço para postos de maior relevância, tampouco se sabe de atos ou iniciativas que pudessem empoeirar seu currículo. Foi precisamente com Jair Messias que ele começou a galgar degraus até então intocados, o que, cá entre nós, não é nada elogioso.

Fica, pois, no ar uma pergunta óbvia: será que ele não percebeu o absurdo sem tamanho da iniciativa? Não percebeu a aberração cometida? Jair Messias não cansa de provocar aglomerações criminosas, inventa pretextos de maneira incessante para combater medidas de precaução diante da pandemia, e muito mais que negacionista sua atitude é cúmplice decisiva do Genocídio que ensanguenta o Brasil. Como é que a Advocacia-Geral da União reclama de aglomeração dos indígenas – que, diga-se de passagem, não só observavam distância como usavam máscaras – e ignora a bestialidade de Jair Messias? Sim, sim: no meio de toda a tempestade que sacode o país, essa notícia passou meio despercebida. Mas é um – um a mais – claríssimo exemplo de que nada, absolutamente nada, e ninguém, absolutamente ninguém, se salva no pior e mais grotesco de todos os governos da história da República. Pois é: seria uma medida engraçada, ridícula, se não fosse reflexo claro do que de mais demencial esse governo expele a cada dia. Pobre, pobre país. O que sobreviverá a esses tempos de breu? O que sobrará quando Jair Messias e todos – absolutamente todos – à sua volta sejam despejados no lixo da história?

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