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Voney Malta

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Ainda sobre Copa, corrupção, modelo de gestão, empresários e dirigentes

A globalização da economia fez do futebol um balcão de negócios. Pra isso veio a Lei Pelé, que enfraqueceu os clubes formadores e deu poder imenso aos empresários de futebol

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Sempre que o Brasil fracassa numa disputa de Copa do Mundo, a discussão maior é sobre os culpados, uma espécie de caça às bruxas. Afinal de contas, alguém tem que ser responsável e culpado pela nossa frustração. Historicamente tem sido assim.

De minha parte, vejo o futebol como entretenimento, como diversão que me remete aos tempos de criança. Ainda jogo bola, vejo jogos na televisão, nos estádios, acompanho programas esportivos onde cada um tem uma explicação e solução.

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Especialistas, jornalistas e treinadores apontam culpados, especulam quem vai e quem não vai estar na próxima Copa. Empresários de futebol atacam a seleção. Alguns porque são torcedores, outros pela emoção ou por interesse.

Sem deixar de dar importância ao que muito já foi dito como explicação pela derrota – casos de corrupção, excesso de gastos com o evento, interesses políticos, entre outros, vejo como principal o modelo de gestão.

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A globalização da economia fez do futebol um balcão de negócios. Pra isso veio a Lei Pelé, que enfraqueceu os clubes formadores e deu poder imenso aos empresários de futebol.

Jovens jogadores são formados com o perfil ideal para ser comercializado para o futebol europeu. Pouco importa o seu desenvolvimento, amadurecimento, mas sim o biótipo e alguma habilidade.

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Os clubes, em sua maioria, deixaram de preparar seus atletas buscando qualificação técnica. Estes viraram produto exposto numa prateleira de mercearia como mercadoria. Uma convocação para uma seleção brasileira é a certeza de venda e lucro para o empresário.

É claro que a organização do futebol brasileiro evolui, melhorou. Hoje temos um calendário cujas competições são conhecidas, ao contrário de como era no passado recente.

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Entretanto – além da Lei Pelé que citei – o grande mal, o antro de corrupção que retarda o nosso futebol está, também, nas federações estaduais e na CBF.

Nessas entidades quando não estão nas mãos de empresários estão nas dos seus sócios, os dirigentes, que são aqueles que comandam as competições, os negócios e os contratos de publicidade. Entidades ricas, em sua maioria, especialmente no Sul e Sudeste, e mais rica ainda é a própria Confederação.

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Enquanto isso os clubes – na maioria dos casos secularmente geridos apenas pela emoção e sem que os maus dirigentes sejam punidos –, agora estão ainda mais fragilizados pra fazer frente aos empresários.

Essa é a nossa maior derrota, o nosso maior enfraquecimento que causa a queda na qualidade dos atletas brasileiros. O mercantilismo é o mal que vigora e dá lucro aos dirigentes de futebol, com exceções, naturalmente.

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Claro que há outras questões a serem discutidas e colocadas nesse texto e até que precisam de aprofundamento. Mas ficaria bastante longo.

Como tenho dito, perder ensina a vencer. Crise cria oportunidades que precisam ser aproveitadas.

E vida que segue, como dizia João Saldanha.

O que não concordo é com o complexo de vira-latas e os abutres de plantão, caso do ex-atleta Ronaldo. Ele publicou uma foto no Instagram comparando a goleada sofrida pelo Brasil ao número de prêmios Nobel recebidos pela Alemanha: "Alemanha 102 x 0 Brasil. E você acha que 7 x 1 foi goleada?"

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