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Ângelo Cavalcante

Economista, cientista político, doutorando na USP e professor da Universidade Estadual de Goiás (UEG)

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Alguma coisa está fora da ordem!

Pensar junto sempre é melhor! Vamos aos fatos: um baita golpe de Estado é perpetrado contra um dos maiores países do mundo

O presidente brasileiro, Michel Temer, durante café da manhã com jornalistas em Brasília, no Brasil 22/12/2017 REUTERS/Adriano Machado (Foto: Ângelo Cavalcante)
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Pensar junto sempre é melhor! Vamos aos fatos: um baita golpe de Estado é perpetrado contra um dos maiores países do mundo; uma das maiores economias do planeta. Uma rasteira continental é dada em mais de duzentos milhões de brasileiros e que vivem em uma democracia, evidentemente bastante imperfeita; não é qualquer coisa! É obra que envolveu ampla rede de apoiadores da paróquia e do além-mar.

Todas as bases de dados das principais agências de espionagem do Ocidente foram envolvidas; os Estados Unidos enredaram todos os esforços para este fim, inclusive e, sobretudo, em três anos de intensa espionagem contra os governos trabalhistas do PT.

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A esse respeito, sugiro assistir ao muito revelador SNOWDEN (2016) do genial diretor Oliver Stone. Numa rapidela, o filme revela os mecanismos de guerra utilizados pelo "país da liberdade" para invadir, monitorar, roubar e arquivar dados e informações estratégicas de governos do mundo. O Brasil fora, de longe, um dos mais espionados. Fato, por sinal, demonstrado em documentos da organização 'wikileaks'.

Em síntese, o golpe de 2016 fora engenhoso empreendimento e feito a muitas mãos. É do jornalista Pepe Escobar (Cercle des Volontaires, 2017) a bastante elucidativa afirmação: "É a forma mais sofisticada de guerra híbrida já inventada. Uma espécie de golpe lento e a longo prazo. Suave, não duro, não militar, sem intervenção; com manipulação monstruosa da mídia, manipulação política, manipulação financeira. Tudo isso alinhado com o judiciário do país".

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Acontece que, como tinha de ser, essa empresa começa a mostrar de maneira mais explicita suas muitas contradições! As fissuras dessa lógica são, aos poucos, percebidas. Primeiro, é preciso reconhecer o papel da internet e das mídias alternativas no pedagógico processo de explicação do golpe para o conjunto da população; em seguida, é necessário considerar o fato relevante de que o judiciário brasileiro não é categoria homogênea; desta maneira, os entendimentos sobre um mesmo fenômeno variam do absurdo e inominável ao razoável, legal e justo.

A decisão da juíza Luciana Torrês de Oliveira (DF) que, de uma vez por todas, inocenta o ex-presidente Lula da grita do triplex; em verdade, explode todo o processo de Moro cujos excessos, "nada, nada", custaram a vida da companheira de Lula, Marisa Letícia, arranca de um bofete só a máscara do justiceiro de Maringá; desta feita, essa é expressão do diverso desse mesmo judiciário.

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E o que temos em seguida? Bom... De fato, as coisas não andam nada bem para golpistas e respectivos lacaios; no dia 24 de janeiro, em linda 4a. feira de sol e clima temperado na capital dos gaúchos, milhares e milhares de pessoas do Brasil e do mundo lá estarão para acompanhar um dos principais julgamentos da história brasileira.

É acontecimento único e de consequências imprevisíveis; aliás, nem a NSA (National Security Agency) e que devassou o país com espionagens e crimes correlatos consegue imaginar o que virá do pós-julgamento de Lula. O fator povo é a grande dúvida acerca das inteligências de espionagem do governo norte-americano. Da grande onda rubra que irá tomar Porto Alegre sabe-se muito pouco! O certo é que os humores são outros!

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Importante mesmo é não descuidar dos afetos nos dizeres de Vladimir Safatle; é não se permitir a ódios e ressentimentos e isso, vejam bem, nem de longe, é discurso religioso, de irmandades ou de confrarias; ao contrário, é inteligência política do começo ao fim. Se quisermos superar a avalancha de ódios que tomou conta do país e que, não nos esqueçamos, é tão somente, política de direita, reacionária, logo irracional é preciso pois, racionalizar sobre toda essa negatividade e produzir respostas sociais, políticas e culturais sumamente elevadas; responder com firmeza, militância e serenidade e fazer, como consequência, a democracia voltar a acontecer nesta terra.

É verdade! A militância democrática brasileira está bugando a Casa Branca; o império do norte e seus estrategistas já não sabem o que fazer com a América portuguesa; Eu... Eu espero que cheguemos ao milhão em Porto Alegre!

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Ângelo Cavalcante - Economista, professor da Universidade Estadual de Goiás (UEG), campus Itumbiara.

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