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Gilvandro Filho

Jornalista e compositor/letrista, tendo passado por veículos como Jornal do Commercio, O Globo e Jornal do Brasil, pela revista Veja e pela TV Globo, onde foi comentarista político. Ganhou três Prêmios Esso. Possui dois livros publicados: Bodas de Frevo e “Onde Está meu filho?”

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Ano dois da prisão do Lula. Aniversário da vergonha

O jornalista Gilvandro Filho, membro do Jornalistas pela Democracia, lembra do aniversário da vergonha que é o encarceramento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e pontua o começo "do segundo ano de uma prisão política que envergonha o País, arranha a democracia e repercute negativamente em todo o planeta"; Gilvandro lembra que, exceto na América Latina, "hoje dominada por uma horda de governantes de extrema-direita e completamente manipulados pelos Estados unidos, nos demais continentes ninguém entende o que acontece no Brasil"

Ano dois da prisão do Lula. Aniversário da vergonha (Foto: Amanda Perobelli/Reuters)
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Por Gilvandro Filho, para o Jornalistas pela Democracia - Começa o segundo ano de uma prisão política que envergonha o País, arranha a democracia e repercute negativamente em todo o planeta. É triste dizer, mas, a não ser da América Latina, hoje dominada por uma horda de governantes de extrema-direita e completamente manipulados pelos Estados unidos, nos demais continentes ninguém entende o que acontece no Brasil.

Ninguém compreende o que faz com que um líder político – não um líder qualquer – que, nos oito anos em que estava à frente do país, promoveu o maior conjunto de ações voltadas para os mais pobres, esteja preso sem que uma prova sequer tenha sido apresentada, de maneira convincente, contra ele. Democracia, claro, não é isso.

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A prisão de Lula é daqueles episódios bisonhos que mancham, de forma irrecuperável, a imagem de um país e jogam as biografias dos seus algozes na fossa mais nauseabunda. Alçados ao poder graças à pena imposta, injustamente, ao ex-presidente, têm eles suas histórias marcadas pela desonra e pela pequenez.

No último dia 7 completou um ano que Lula está preso na carceragem da Polícia Federal, em Curitiba, cidade que sedia toda a maquinação jurídica. É de lá, aquele que personificou toda a sorte de arbitrariedade, a começar pela degola de uma pretensão eleitoral legítima e que, se não fosse tolhida, teria mudado o rumo das coisas. Sem a manobra que houve, muito provavelmente, Lula hoje seria o presidente da República, pela terceira vez.

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A figura em tela, um juiz de primeira instância cuja família tem ligações estreitas com os partidos conservadores, particularmente o PSDB. Condenando Lula por "causas indeterminadas", o juiz Sérgio Moro deu a base legal para o mandado de prisão do ex-presidente, no momento em que ele liderava todas as pesquisas eleitorais, com muitos pontos à frente dos seus concorrentes. Moro foi causa e consequência da retirada de Lula do páreo eleitoral. Seu Lula na disputa, o segundo colocado passou a nadar de braçada, Com direito a atentado suspeito e fakenews à mancheia.

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Respondendo à pergunta mais básica, foi Moro, com sua decisão, a causa principal de termos hoje no poder uma figura feito Jair Bolsonaro. O candidato do PSL, por sua vez, tornou-se o receptáculo de todo ódio a Lula e ao PT que foi amalgamado durante o insano processo de impeachment da sua sucessora, a presidente Dilma Rousseff.

Vencedora em uma (re) eleição que as forças conservadoras e elitistas nunca aceitaram, Dilma encarnou para a direita a ofensa maior: Lula não somente era o maior líder político do País como podia eleger quem ele quisesse. O golpe dado em Dilma foi o protótipo do golpe maior que era eliminar Lula da vida política nacional.

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No caso da prisão de Lula, a eleição de Jair Bolsonaro ratificou o papel exercido pelo juiz de Curitiba, espécie de super-herói de segmento da população que, em certa época, bateu panelas e piscou luzinhas de varandas. Não por acaso, Sérgio Moro foi um dos primeiros quadros recrutados por Bolsonaro, tornando-se nada menos que o seu ministro da Justiça.

Não fosse por si um opróbio todo o processo que culminou na condenação e prisão de Lula, desaguando na vitória da extrema-direita e sua tomada de poder, a sua permanência na prisão beira o inacreditável. Na mesma semana em que viu sua prisão completar um ano, Lula sobe que o STF, presidido por Dias Toffoli, prorrogou sem prazo determinado a decisão sobre condenados de segunda instância que pode provocar a sua libertação.

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Do lado de fora, o País afunda no autoritarismo de um governo que tenta eliminar, uma a uma, todas as conquistas sociais obtidas pela população, até agora; muitas delas, inegavelmente, alcançadas nos 13 anos de governos de Lula e de Dilma. A extinção de mais de 700 conselhos populares é uma decisão emblemática. O fim do ganho real no salário mínimo, para falar da medida mais recente, é outra.

São ações que fortalecem a política de terra arrasada anti-povo com que o governo se comprometeu ao vencer uma estranha disputa que levou ao poder um governo despreparado e um presidente desnorteado. Mas, um governo anti-Lula e contra todo o seu ideário político. Foi assim que o governo Bolsonaro se elegeu, por gente que sequer imaginava no que a sua vitória poderia dar.

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Lula preso é o símbolo da ascensão ao poder desse povo. Lula na rua é a grande ameaça para eles.

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