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Alex Solnik

Alex Solnik é jornalista. Já atuou em publicações como Jornal da Tarde, Istoé, Senhor, Careta, Interview e Manchete. É autor de treze livros, dentre os quais "Porque não deu certo", "O Cofre do Adhemar", "A guerra do apagão" e "O domador de sonhos"

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Aras defende "movimento de 64" e prisão em 2ª instância. Mas passa na sabatina

"Fiquei mais decepcionado ainda quando, respondendo a Randolfe Rodrigues, chamou o golpe militar de “movimento de 64'", escreve Alex Solnik, do Jornalistas pela Democracia, em referência ao novo procurador-geral da República, Augusto Aras. "Um absurdo os senadores aprovarem" um PGR com uma "visão deturpada dos índios e não sabe distinguir democracia e ditadura", diz

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Por Alex Solnik, do Jornalistas pela Democracia

Eu estava gostando das declarações e posicionamentos do sub-procurador Augusto Aras no início da sabatina no Senado.

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Ele deixou claro que a Lava Jato está com seus dias contados, a Lava Jato do jeito que se conhece, passando por cima da constituição. A Lava Jato de Moro e Dallagnol, desmoralizada pela Vaza Jato.

Deu várias indicações de que não concorda com os pitacos políticos e as palestras de Dallagnol. Criticou holofotes. Cobrou sobriedade dos procuradores, disse que eles só devem falar nos autos.

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A uma certa altura teve a ousadia de dizer com todas as letras que não tinha nenhum alinhamento com Bolsonaro. Fiquei besta.

Cheguei a me perguntar se Bolsonaro tinha indicado o cara errado. Imaginei que poderia “desindicá-lo” amanhã.

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Mas eis que de repente ele deu o primeiro escorregão.

Apoiou a prisão depois de condenação em segunda instância, afrontando o artigo 5º. da constituição segundo o qual ninguém pode ser preso antes de perder o último recurso na última instância.

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Comecei a mudar de opinião a seu respeito. E aí ele falou dos índios. Parecia Bolsonaro. “Por que os índios não podem ser ricos”? perguntou. E comparou os índios brasileiros aos americanos. E olha que uma das atribuições da PGR é defender os índios. Até judicialmente.

Mas fiquei mais decepcionado ainda quando, respondendo a Randolfe Rodrigues, chamou o golpe militar de “movimento de 64”. E ainda sublinhou que foi um movimento popular. Não teve general na parada. Aí deu para entender que está alinhado com Bolsonaro. Ô se está. Cara de um, focinho do outro.

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Um absurdo os senadores aprovarem, por 23 a 3, um PGR que não segue o que diz a constituição, tem uma visão deturpada dos índios e não sabe distinguir democracia e ditadura.

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