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Leonardo Attuch

Leonardo Attuch é jornalista e editor-responsável pelo 247.

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Argentina quebrada, Brasil a caminho?

"O fiasco da gestão Macri simboliza também o fracasso da restauração neoliberal na América Latina", diz o jornalista Leonardo Attuch, editor do 247. "A saída para esse possível caos já é conhecida pela povo brasileiro, mas encontra-se encarcerada em Curitiba. Nos oito anos em que governou, Lula esteve à frente do maior ciclo de crescimento, com inclusão social e democracia já visto na história do País. Esse ciclo virtuoso permitiu ao País acumular uma montanha de reservas, reduzir seu endividamento interno e, como consequência, alcançar o chamado grau de investimento. Ou seja: o caminho para que o Brasil não se torne uma Argentina está claro"

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Saudado nos círculos liberais como um modelo a ser seguido no Brasil, Maurício Macri conseguiu quebrar a Argentina. Na última quinta-feira, num dia de pânico, Macri decidiu subir as taxas de juros locais para inacreditáveis 60% ao ano, seguindo o modelo de Gustavo Franco e Armínio Fraga, e nem assim conseguiu restabelecer a confiança na moeda local – ardendo como 'plata quemada', o peso argentino derreteu e eram necessários mais de 40 deles para comprar um único dólar. Falida, a Argentina implorava para que o Fundo Monetário Internacional antecipasse uma parcela de uma linha de crédito internacional.

O fiasco da gestão Macri simboliza também o fracasso da restauração neoliberal na América Latina. Na Argentina, ao menos, há o consolo de que esse foi o caminho escolhido nas urnas. No Brasil, veio por meio do golpe de 2016, que derrubou a presidente Dilma Rousseff e instalou Michel Temer no poder, que também trouxe o pacote tucano e neoliberal ao poder: congelamento de investimentos, redução de programas sociais, vendas de ativos estratégicos e, como consequência, estagnação econômica e aumento da pobreza. Um dos aliados mais fiéis de Temer, o ex-prefeito João Doria, hoje candidato a governador de São Paulo, dizia até recentemente que Macri era absolutamente "inspirador".

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No Brasil, já se sentem os efeitos de mais uma debacle argentina. O dólar foi a R$ 4,20 e só não disparou mais em razão das reservas internacionais acumuladas nos governos dos presidentes Lula e Dilma. Lá, ao contrário daqui, a dívida interna é dolarizada – um mal eliminado por Lula nos primeiros meses da sua gestão, ainda em 2003. O problema é que, se o rumo atual da política econômica for mantido, o Brasil fatalmente irá pelo mesmo caminho. Sem crescimento, com o maior desemprego da história e incapaz de estimular a demanda interna, o modelo atual produziu uma expansão recorde da dívida interna, que também poderá levar a uma situação de estresse financeiro.

A saída para esse possível caos já é conhecida pela povo brasileiro, mas encontra-se encarcerada em Curitiba. Nos oito anos em que governou, Lula esteve à frente do maior ciclo de crescimento, com inclusão social e democracia já visto na história do País. Esse ciclo virtuoso permitiu ao País acumular uma montanha de reservas, reduzir seu endividamento interno e, como consequência, alcançar o chamado grau de investimento. Ou seja: o caminho para que o Brasil não se torne uma Argentina está claro.

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No entanto, setores do Poder Judiciário manobram para que o sinal permaneça fechado. A quem interessa a destruição do Brasil, de sua democracia e de sua economia? Provavelmente, às mesmas forças que hoje perseguem a ex-presidente argentina Cristina Kirchner, no momento em que Macri destrói seu País.


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