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Luciano Teles

Professor adjunto de História do Brasil e da Amazônia da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e autor de artigos e livros sobre a história da imprensa operária e do movimento de trabalhadores no Amazonas.

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Assim não dá!

Comportamentos que não edificam o país, mas que concorrem para a manutenção dos privilégios

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Assim não dá! Não é possível que determinados comportamentos continuem se reproduzindo ao longo dos próximos anos. Comportamentos que não edificam o país, mas que concorrem para a manutenção dos privilégios, das desigualdades e dos absurdos. Vamos aqui apresentar dois episódios que retratam isso.

O primeiro episódio está ligado às forças policiais do estado do Amazonas, e aconteceu ao longo dessas duas semanas do mês de janeiro. Um tenente-coronel da reserva, chamado Evandro Bernardo de Souza, visivelmente alterado (sob efeito de álcool ou algo mais, não se sabe!), causou uma tremenda confusão no Bar do Armando (um bar tradicional da boemia intelectual localizado próximo ao Teatro Amazonas) ao se desentender com o cantor e com os clientes que se manifestaram contra aquilo tudo que assistiam: um homem “louco” dizendo que era uma autoridade e que iria fechar o bar. Claro que os clientes chamaram a polícia para intervir naquela situação desagradável. Porém, quando os policiais chegaram, o dito tenente-coronel Evandro Bernardo começou a gritar com os policiais. Estes relevaram toda a situação tentando acalmá-lo “passando a mão em sua cabeça”. Nem algemado e preso ele foi!

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Semanas depois, o mesmo personagem, novamente sob efeito de álcool (ou algo mais, não se sabe!), apresentou um novo “surto” e, de novo, humilhou os policiais que estavam numa viatura atrás de seu carro. Os policiais nada fizeram. Nem algemaram e nem prenderam o dito cujo. Assim não dá! E se fosse um trabalhador ou um homem de cor, será que agiriam da mesma forma? Claro que não! Temos vários exemplos tristes de pessoas – trabalhadores ou negros – que apenas pelo fato de estarem andando de bicicleta ou a pé em determinadas áreas nobres foram tratados da pior forma possível. Algemados, presos, etc... Isso é de indignar!

E para piorar a situação, alguns meios de comunicação, a exemplo do jornal Folha de São Paulo, tratam de jogar mais lenha na fogueira, sobretudo ao permitir que alguns de seus colunistas inventem/criem/falsifiquem algumas coisas absurdas como o tal do “racismo reverso”. Assim não dá! Tais publicações se tornaram recorrentes e, na última semana, o colunista Antônio Risério publicou um artigo justamente sobre isso. Mas além da Folha de São Paulo, outros meios de comunicação reproduzem esse engodo, como o Alerta Nacional, de Siqueira Júnior. Este último, em algum momento, deverá ser responsabilizado pelos absurdos que verbaliza/profana. 

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A posição do jornal Folha de São Paulo de permitir esse impropério causou indignação em muitos dos seus jornalistas, que elaboraram um belo e corajoso abaixo-assinado direcionado aos seus patrões. Ah se tivéssemos mais atitudes assim! Já passou da hora, não podemos mais aceitar falsificações, mentiras e manipulações sobre temas tão cruciais e importantes para a população brasileira. Nem nos meios de comunicação e nem nas ações das forças policiais! 

Continuar como está... Assim não dá!

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