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Paola Loureiro Carvalho

Assistente Social, Diretora de Relações Institucionais e Internacionais da Rede Brasileira de Renda Básica

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Auxílio nem tão emergencial assim, mas e daí?

E daí? Eu respondo! Não é possível estarmos em guerra contra um vírus que ainda nem sabemos as dimensões que pode tomar, com um presidente irresponsável, perverso e que finge cegueira para não enxergar o povo brasileiro.

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Completamos 30 dias do lançamento do Auxílio Emergencial, aprovado por unanimidade no Congresso Nacional, e 24 dias em que a situação de “análise” não se altera para milhares de brasileiros e brasileiras que aguardam para receber os R$600,00 ou R$1.200,00 (para mães solo). Já são 33 milhões de pessoas rejeitadas e 14 milhões que seguem sem análise concluída

Uma política que tem sido tratada como não muito emergencial, dialoga diretamente com o empenho de Bolsonaro em gerar o caos e forçar a quebra do isolamento. E daí? E daí que as pessoas estão sem respostas? E daí que não há nenhum canal de comunicação humana entre os beneficiários e o governo? E daí que não há transparência? E daí que as filas na CAIXA Econômica Federal aglomeram milhares de pessoas em filas que começam na madrugada? E daí que os aplicativos fazem as pessoas, em desespero, os desinstalarem e reinstalarem inúmeras vezes, na esperança de conseguirem atualizar as respostas e a tão aguardada autorização de saque. E daí né? É só fome, desespero e sobrevivência. 

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Em virtude de tamanha irresponsabilidade política na implementação de uma ação tão essencial para vencermos a crise do coronavírus, a Organização das Nações Unidas – ONU, emite nota internacional afirmando: “as políticas econômicas e sociais irresponsáveis do Brasil colocam milhões de vidas em risco". A decisão de não chamar estados e municípios, além dos movimentos sociais, para uma grande ação nacional de mobilização, cadastramento e informações, demonstra o quanto estava no seu plano o desmonte das políticas públicas e não reconhece seu potencial. Mas tudo pode piorar. O Governo Bolsonaro afirma ter ficado surpreso com a quantidade de pedidos do auxílio emergencial, mostrando mais uma vez não conhecer o povo brasileiro. Desdenhou o que o movimento “Renda Básica Que Queremos” apontou, afirmando que pelo menos 77 milhões de pessoas teriam os critérios para receber o auxílio, e o próprio Instituto de Pesquisa de Economia Aplicada - IPEA, que afirmou de imediato que uma implementação justa, faria com que o auxílio emergencial chegasse a 55% da população brasileira. Então não há surpresa, o que não tem mesmo, é vontade! 

Mas e daí? Enquanto os demais países encaram as medidas sanitárias e sociais como prioridade para vencer a crise do novo coronavírus, no Brasil temos cortinas de fumaça diárias, escândalos da família do presidente e disputas entre os Ministérios. Mas e daí que muitas famílias morrerão de fome, de desamparo e de destrato por parte do governo? 

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O pós covid-19 prevê uma redução de 21,6% no emprego total, e uma elevação na taxa de desemprego superior a 30%.  É preciso estabelecer caminhos concretos para uma reforma tributária profunda, para o estabelecimento de uma Renda Básica de Cidadania Universal e Incondicional, pois só assim vamos superar a crise e reconstruirmos o Brasil, após vencermos o vírus. E daí? Eu respondo! Não é possível estarmos em guerra contra um vírus que ainda nem sabemos as dimensões que pode tomar, com um presidente irresponsável, perverso e que finge cegueira para não enxergar o povo brasileiro. A única resposta para o desdém com a vida, a sobrevivência e a dignidade do povo brasileiro é FORA BOLSONARO!
 

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