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César Fonseca

Repórter de política e economia, editor do site Independência Sul Americana

621 artigos

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Bancarrota do individualismo

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A gente tá andando no breu.

Ninguém tem certeza de nada.

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Os governos municipais, estaduais e federal , todos, em todo o mundo, estão com seus calendários arrombados.

Nenhum deles sabe dizer que dia voltam as aulas, e se a volta for autorizada, não há certeza de os pais soltarem os filhos numa hora dessa.

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Os meninos e meninas poderão trazer para dentro de casa a morte.

Também, não se tem certeza alguma de quando o perigo vai passar.

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O vírus é mutante no ambiente natural característico da diversidade ambiental, global.

Cada região é um habitat, com suas especificidades.

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Não há verdade absoluta, como não há a vacina salvacionista.

O vírus demandará diversidade delas adequadas a cada ambiente em que ele estiver, produzindo infinitas mutações.

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O ser humano está vendido.

Ele não comanda, é comandado pelo vírus.

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NOVA CONSCIÊNCIA

A verdade passou a ser dada por ser exterior à realidade diante da qual o homem não tem poder para determiná-la, ainda.

A consciência dessa verdade produz nova realidade.

Vai para o saco a autosuficiência humana, arrogante, orgulhosa, ciumenta, mesquinha, vaidosa.

Cai em si em sua insignificância e impotência.

O Eu, diante dessa tomada de consciência, se desequilibra e desaba.

Desperta-se do pesadelo do Eu para se socorrer no Outro, ao qual nunca se ligou de forma verdadeiramente fraterna.

Nova consciência à vista ou não?

O Eu em si fragilizado percebe ser ele o ser outro em si mesmo, como diz Hegel.

Confinado, com os negócios em bancarrota e os empregos seguros se transformando em desemprego, o Eu inseguro e medroso passa a ver no outro possibilidade de salvação.

Ao descobrir o outro em si mesmo, o individual se abre ao coletivo.

SOLIDARIEDADE OU BARBÁRIE

A solidariedade se transforma em instinto de sobrevivência.

O interesse privado se vê incapaz.

Conscientiza-se da sua insignificância fora do interesse coletivo, que tende a se tornar prioridade.

O coletivo fala pela solidariedade.

O vírus mostrou a falência da individualidade.

Despertará a comunidade solidaria ou aprofundarão as características menos nobres do ser humano?

A barbárie em cena e a desigualdade social consequente serão ou não rompidas pela recomendação do vírus em favor de solidariedade com saída?

A solidariedade social ganhará raízes fortes ou expandirá o hábito egoísta de se distanciar, depois do corona?

Ampliarão ou não prisões mentais, valorizando homofobias e medos, rendidos à mesquinharia econômica da avidez individualista?

ESTADO NO MUNDO DA IMAGEM

A imagem prepondera nas relações sociais em tempos de redes virtuais

Nova colonização psicológica.

Imagem conversa com imagem e o distanciamento, exigido pelo novo coronavírus, vira nova convivência.

Essa nova realidade produz mais ou menos solidariedade social?

Com a proletarização que vem por ai com a bancarrota capitalista evidente a se aprofundar o que se evidencia é a necessidade de fortalecer o Estado social.

Ele vira visão coletiva da salvação frente ao interesse privado impotente para enfrentar a situação.

O novo coronavírus sinaliza proletarização social ampliada.

O socialista Zizek fala em vida mais modesta.

O excesso de riqueza produziu contrapolo que o ameaça: pobreza, subconsumismo, deflação, destruição do capital.

Nesse cenário, o que pinta como solução: solidariedade ou individualidade?

O ponto de vista coletivo é ou não a nova ordem?

Sua base é ou não a solidariedade?

Seu horizonte é ou não o socialismo?

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