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Denise Assis

Jornalista e mestra em Comunicação pela UFJF. Trabalhou nos principais veículos, tais como: O Globo; Jornal do Brasil; Veja; Isto É e o Dia. Ex-assessora da presidência do BNDES, pesquisadora da Comissão Nacional da Verdade e CEV-Rio, autora de "Propaganda e cinema a serviço do golpe - 1962/1964" , "Imaculada" e "Claudio Guerra: Matar e Queimar".

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Basta! Bolsonaro ultrapassou todos os limites

"O poder, senhor Jair, emana do povo. E em seu nome será exercido", escreve Denise Assis, do Jornalistas pela Democracia, após Jair Bolsonaro chamar a população às ruas contra parlamentares do Congresso. "E se o senhor não nos reconhece naquela casa, não se curva aos nossos anseios, saia do nosso caminho. Chega! O senhor ultrapassou todos os limites"

(Foto: Carolina Antunes/PR)
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Por Denise Assis, do Jornalistas pela Democracia 

“Art. 85 – São crimes de responsabilidade os atos dos Presidente da República que atentem contra a Constituição e, especialmente, contra:

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II – O livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes constitucionais das unidades da Federação”

“O povo unido jamais será vencido!” A palavra de ordem gasta, desbotada, e que atravessou anos sendo dita por toda a parte onde houve opressão, concretizou-se nas ruas durante o carnaval, quando milhões de foliões, sem o risco da repressão policial - que ultimamente recepciona com balas de borracha, spray de pimenta e bombas de gás a população que se arrisca a comparecer a protestos, ousou entoar livremente “fora Bolsonaro”. 

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Não só. Marchinhas como “Doutor, eu não me engano, o Bolsonaro é miliciano”, foram cantadas a plenos pulmões pelas ruas de todos os estados e, do alto dos carros alegóricos, mensagens de repúdio às boçalidades do presidente reluziram sob os refletores da Marquês de Sapucaí, palco mais que iluminado para o protesto da população que já não aguenta mais tanto arrocho, tanta perda de direitos, a troco de uma economia pífia, sem perspectivas.

Paulo Freire, o educador brilhante e respeitado mundialmente, mesmo morto, revolucionou o carnaval paulista, elevando à condição de campeã, a Águia de Ouro, há 40 anos sem título. Tanta reação, sem chance ao “outro lado” de revide, fez ferver o sangue do sempre belicoso presidente Bolsonaro, que desocupado, nos finalmentes de um período afastado das turras de Brasília, em vez de aproveitar para ler o trecho da Constituição citado acima, foi se exibir – transgredindo, com o capacete solto – pelas ruas do Guarujá. 

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Sem mais o que fazer, hoje lançou mão do seu brinquedo preferido, o twitter, para avançar o sinal. Conclamou de forma irresponsável, ilegal, leviana, a população contra o Congresso, ignorando que aquele é um dos poderes intocáveis da República. Ali é a casa do povo. Tenha a formação que tiver. Ao ameaçá-lo, é o povo que ele está calando, na figura de cada deputado que nos representa. E se há os que não escolhemos, a algum segmento social eles falam. São intocáveis. O poder, senhor Jair, emana do povo. E em seu nome será exercido. E se o senhor não nos reconhece naquela casa, não se curva aos nossos anseios, saia do nosso caminho. Chega! O senhor ultrapassou todos os limites.

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