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Alex Solnik

Alex Solnik é jornalista. Já atuou em publicações como Jornal da Tarde, Istoé, Senhor, Careta, Interview e Manchete. É autor de treze livros, dentre os quais "Porque não deu certo", "O Cofre do Adhemar", "A guerra do apagão" e "O domador de sonhos"

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Basta isolar um só

"O governo de centro-esquerda da Suécia está mantendo os números da epidemia sob controle (2500 casos, 44 mortos) sem apelar às medidas drásticas de outros países", relata o jornalista Alex Solnik. "Aqui, a rigor, os efeitos da epidemia podem ser reduzidos se apenas uma pessoa for isolada: o presidente da República", acrescenta

Jair Bolsonaro (Foto: Marcos Corrêa/PR)
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Por Alex Solnik, para o Jornalistas pela Democracia Pena que o debate em torno do isolamento tenha virado, para variar, um enorme fla-flu, um barraco interminável dos defensores do confinamento horizontal versus os defensores do confinamento vertical. Com a inestimável colaboração, é claro, do presidente da República.

  Na hora em que ele cuspiu aquelas declarações contra, espargindo gotículas a torto e a direito, a reação natural das pessoas normais foi ficar a favor.

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  Também para variar, ficar a favor do modo mais radical, sem aceitar outros argumentos.

  É perfeitamente compreensível, já que há menos de um mês o Brasil tinha apenas um problema – Bolsonaro -, depois ganhou mais um – a epidemia – e agora tem três: Bolsonaro, a epidemia e a epidemia com Bolsonaro.

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  Como eu estava dizendo, dada a balbúrdia em torno do tema estamos perdendo uma ótima oportunidade de examinar a questão além do dilema contra ou a favor.

  Estou falando, por exemplo, do governo de centro-esquerda da Suécia, liderado pelo primeiro-ministro Stefan Lofven que está mantendo os números da epidemia sob controle (2500 casos, 44 mortos) sem apelar às medidas drásticas de outros países.

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  Lofven mandou fechar universidades, mas mantém abertas escolas para alunos até os 16; proibiu reuniões com mais de 500 pessoas, mas bares, restaurantes e estações de esqui funcionam; não obriga, mas aconselha a ficar em casa “os que podem”.

  Isso deixa claro para mim que há meio termo entre o confinamento total e o libera geral, basta não se escravizar a ideias preconcebidas.

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  Mas o caso brasileiro é único no mundo. Não precisamos nem do isolamento horizontal nem do vertical.

  Aqui, a rigor, os efeitos da epidemia podem ser reduzidos se apenas uma pessoa for isolada: o presidente da República.   

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