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Ricardo Bruno

Jornalista político, apresentador do programa Jogo do Poder (Rio) e ex-secretário de comunicação do Estado do Rio

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Benedita se impõe como o nome mais viável da esquerda nas eleições do Rio

“Benedita se coloca como o mais vigoroso nome da esquerda na disputa e suscita o debate sobre a união dos setores progressistas em torno de seu nome. Ninguém mais do que ela reúne, neste momento, condições para representar a esquerda no enfrentamento com o candidato do DEM, Eduardo Paes, hoje líder isolado em todas as sondagens de opinião”, escreve o jornalista Ricardo Bruno

Benedita da Silva (Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados)
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A pesquisa do Atlas Político publicada hoje no Valor Econômico em que a candidata do PT, Benedita da Silva, aparece em terceiro lugar, com 9,6% das intenções de voto, empatada tecnicamente com Marcelo Crivella (11,1%), trouxe novo ânimo à militância petista dada a real possibilidade de o partido chegar ao segundo turno. 

Com o resultado, Benedita se coloca como o mais vigoroso nome da esquerda na disputa e suscita o debate sobre a união dos setores progressistas em torno de seu nome. Ninguém mais do que ela reúne, neste momento, condições para representar a esquerda no enfrentamento com o candidato do DEM, Eduardo Paes, hoje líder isolado em todas as sondagens de opinião. 

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Por coerência, o PSOL que pede a unidade da esquerda em São Paulo em torno do nome de Guilherme Boulos – indiscutivelmente mais competitivo de Jilmar Tatto – deveria acenar com a possibilidade de reciprocidade no Rio, apoiando Benedita. 

O somatório linear das intenções de voto das candidatas do PT e do PSOL (Renata Souza tem com 3,8%) garantiria o segundo turno à esquerda, mesmo antes dos impactos da campanha. 

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Há que se registrar a histórica capacidade da militância destes partidos no frigir do processo eleitoral. PT e PSOL são especialistas em arregimentar apoios na sociedade e criar “ondas de opinião” no curso das campanhas. Portanto, a hipotética soma PT+PSOl não produz resultado somente aritmético; gera expansão geométrica da força eleitoral, dada a potencialidade inata de crescimento de ambos em situações de confronto político. 

A seu favor, Benedita tem ainda o fato de ter exercido inúmeros cargos públicos – de vereadora à governadora – sem máculas morais em seu currículo. Contra, o desgaste do PT após as denúncias contra Lula montadas pela Lava Jato, depois denunciadas pelo Intercept dada a parcialidade ululante do ex-juiz Sérgio Moro. 

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A campanha do PT, contudo, precisa tomar alguns cuidados para garantir o apoio maciço do eleitor identificado com o partido à candidatura de Benedita da Silva. De acordo com a pesquisa do Atlas Político, o candidato do DEM, Eduardo Paes, tem 40 % de sua intenção de voto oriundos do universo de eleitores de Fernando Haddad, no segundo turno de 2018. Já Benedita, 31%. E Renata Souza, 12%. Ou seja, boa parte de potenciais eleitores petistas apoiam Eduardo Paes neste pleito. 

Aumentar a identificação da candidata com os líderes nacionais da legenda (Lula e Haddad) são desafios para a coordenação da campanha petista. 

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O candidato do DEM transita entre eleitores petistas e bolsonaristas. Tem 15% de seus eleitores entre ex-votantes de Jair Bolsonaro, ficando, neste quesito, ligeiramente atrás de Marcello Crivella, com 19 % . Os números de Crivella não são híbridos, provêm integralmente do bolsonarismo: não há ex-eleitores de Haddad dispostos a votar no bispo. 

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