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Nêggo Tom

Cantor e compositor.

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Bolsonária - A república alternativa dos fanfarrões

Bolsonaro é deputado federal eleito pelo Rio de Janeiro, uma das cidades mais violentas do mundo. E qual projeto ele já apresentou para combater o crime na cidade que o elegeu? Há poucos dias atrás, a favela da Rocinha foi palco de um cenário de guerra e não ouvi ele se posicionar a respeito

Deputado federal Jair Bolsonaro (PSC) (Foto: Nêggo Tom)
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Não! Eu não estou escrevendo uma trilogia sobre o deputado federal Jair Bolsonaro. Quero apenas através da minha opinião de cidadão comum, mostrar que, com o mínimo de raciocínio lógico, é possível desconstruir e mandar pelos ares - da mesma forma que o referido deputado, um dia planejou mandar pelos ares alguns quartéis militares, como forma de protesto pela falta de reajuste salarial para a sua categoria - a fanfarronice ideológica, do maior embuste que já se aventurou na política nacional.

Ficou curioso em saber como o nobre deputado, defensor da ordem e dos bons costumes, pôde ter sido capaz de tamanho ato de subversão e terrorismo? Leia a matéria que se encontra nesse link: https://jornalggn.com.br/noticia/a-historia-esquecida-do-capitao-bolsonaro ou pesquise mais sobre o assunto na internet. Não quero com isso, desfazer o conto de fadas contido no imaginário dos seguidores do mito, tal qual um adulto amargurado que decide revelar às crianças que papai noel não existe. Gostaria apenas de convidá-los a refletir sobre a hipocrisia que eles apoiam e adotaram para si mesmos. Uns por ingenuidade, outros por identificação.

Eu estive a pensar, cá com os meus botões. Bolsonaro já subiu a tribuna da câmara, para chamar a presidente Dilma de terrorista e dentro da mesma câmara - na sessão de votação do impeachment da mesma presidente - ele saudou a memória do general Ustra, o qual ele se referiu, com todo orugulho cívico e patriótico que lhe é peculiar, como "o terror de Dilma Rousseff" Nada mal ou nada mais contraditório vindo de um oficial (Capitão) do Exército brasileiro, que queria explodir bombas em algumas unidades da instituição a qual ele deveria honrar e defender. 

Eu não sou psicólogo, nem pasiquiatra, mas gostaria de ouvir a opinião de alguns especialistas na área. O explosivo deputado, não se enquadraria em um caso típico de psicopatia? Ele não apresenta nenhum tipo de remorso ou arrependimento pela lambança que planejava fazer, a qual poderia ter vitimado fatalmente muitas pessoas. Além disso, ainda se posiciona como um arauto da moral, da dignidade e da correção, condenado nos outros, atitudes que ele mesmo costuma apresentar. Má intenção ou patologia? É importante sabermos. 

Outra coisa que me chama a atenção no discurso do deputado, é a sua "solucionática simples e objetiva", para assuntos reconhecidamente de complexa resolução. Por exemplo, a proposta de armar o cidadão de bem, para que este se defenda de bandidos, poderia ser interpretada como uma incapacidade de combater o crime. Será que ele não estaria dizendo: como eu não tenho um projeto eficaz  de combate ao crime ou não tenho colhão suficiente, para encarar a bandidagem, eu transfiro ideologicamente para o meu secto, a responsabilidade de abater esses marginais. 

Bolsonaro é deputado federal eleito pelo Rio de Janeiro, uma das cidades mais violentas do mundo. E qual projeto ele já apresentou para combater o crime na cidade que o elegeu? Há poucos dias atrás, a favela da Rocinha foi palco de um cenário de guerra e não ouvi ele se posicionar a respeito. A propósito, faz 30 anos (seu tempo de vida pública) que ele não apresenta nada que se aproveite e a sua notoriedade se dá apenas, em função das besteiras que costuma falar. Não seria mais apropriado começar arrumando a própria casa e assim demonstrar aos demais como se faz? 

Por que Bolsonaro nunca quis se candidatar ao governo do estado do RJ? Desinteresse, desdém pelo cargo ou incapacidade? Procurem saber. Por que ambicionar logo a presidência da república?  Será que ele não aprendeu na sua carreira (curta) como militar, que existe uma hierarquia a ser obedecida? Um Sargento não pode ser promovido a General, sem antes ter sido Tenente. Não se adequaria ao discurso meritocrático que ele tanto apregoa. Eu até acho que Bolsonaro seria a solução para o Rio de Janeiro. Porque caso ele não conseguisse resolver os problemas da cidade, ele espalharia bombas pela mesma e acabaria logo com tudo. Talvez até seja esse o seu plano secreto para resolver os problemas do país, caso seja eleito presidente. 

Na verdade Bolsonaro é um covarde, que usa táticas militares para se impor e tentar intimidar os seus adversários. Táticas essas, que vêm sendo assimiladas com êxito e desenvoltura por parte de seus seguidores. O problema é que eles não têm conseguido, nem se impor e nem intimidar ninguém. A pressão da coca-cola só dura até a tampa ser aberta. Após isso, o seu gás evapora. O conceito de terrorismo para Bolsonaro e para alguns de seus seguidores, é formado a partir de suas conveniências. Quando o banditismo ideológico lhes apraz, eles abraçam a causa.

Quando Bolsonaro queria cometer o crime de explodir unidades militares, ele era um herói que estava lutando pelos direitos e pela dignidade de sua classe. Mas quando trabalhadores vão as ruas protestar, ele os  chamam de vagabundos esquerdistas e subversivos e incentiva a polícia a "descer o cacete" na "corja" Ah! Vão lamber sabão e parem de encher o saco com esse discurso bélico de pistoleiros de quinta categoria.  Peçam independência do Brasil e criem a Bolsonária. A república dos fanfarrões. De preferência fora do sistema solar. Não passarão! É bom "Já ir" desistindo! 

Está cada vez mais down a RIGHT SOCIETY. 

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