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César Fonseca

Repórter de política e economia, editor do site Independência Sul Americana

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Bolsonaro acabou

24J: Ato Fora Bolsonaro em Porto Alegre (Foto: Oliven Rai / Mídia Ninja)
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Rejeição de 62%, segundo pesquisa do Atlas Político, é a marca antecipada da derrota em 2022 de Bolsonaro – se ele chegar lá –, mergulhado na má gestão e corrupção na pandemia; ela demonstra que o presidente c’est fini; ele passou a ser percebido como aquele que não trabalha, cuja ocupação é criar confusão; os seus aliados vão deixando-o para não serem tidos pelos seus conhecidos como desequilibrados tal qual o capitão; pinta, de forma generalizada, arrependimento entre aqueles que o elegeram; pior ainda ficam aqueles que ajudaram, indiretamente,  a elegê-lo, como se estivessem dando um voto útil, que se revela inútil, configurando atraso e desperdício; generaliza-se repúdio geral ao (des)governo que tem ministro da (des)educação que diz serem os deficientes físicos inabilitados para a aprendizagem e que a universidade pública não deve ser para todos; para todos, segundo o (anti)presidente, deve ser o analfabetismo, que condena o ser humano à escuridão é à exclusão; o ideal para o primeiro mandatário, que a história consagrará como o último e pior de todos, é toda a população estar contaminada pelo coronavírus por meio da imunização de rebanho. 

FOME E MORTE, ÂNCORAS DA INFLAÇÃO

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Ele escancara a verdade macrabra: a ancora da inflação são o desemprego, a fome e a morte; o consumo cai, por falta de poder de compra dos salários, e os preços sobem, para manter constante e em elevação a taxa de lucro, para compensar o subconsumismo crônico; o capital se descola do real para o imaginário e sua lucratividade passa a ser dada pela pura especulação; nunca o mercado financeiro ganhou tanto; por isso, os bancos passam a distribuir relatórios aos seus clientes, dando conta de que o objetivo e o foco central do capital são não deixar Lula ganhar eleição; somente eliminando-o da disputa, continuarão usufruindo da mamata, como deixou claro o recado de Steve Banon, ex-assessor ultradireitista de Donald Trump, aliado e guru de Bolsonaro; tal qual Bolsonaro, o capital especulativo não trabalha, só ganha explorando o suor dos outros e mentindo, ao criar expectativas fantasiosas que nunca se realizam, como as pregações de Paulo Guedes; o farsante ministro da Fazenda tenta se equilibrar nas medidas ultraneoliberais que conseguiu, com os bolsonaristas, aprovar no Congresso, mas seu resultado prático está sendo paralisação econômica; não à toa diz o nacionalista Delfim Netto, ex-guru da economia, na ditadura militar, que a ameaça não é Lula, mas a continuidade de Guedes.

SOLUÇÃO NACIONALISTA LULISTA

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Ao contrário de Guedes, xodó dos especuladores, sinônimo de desequilíbrio macroeconômico, Lula, solução nacionalista aos olhos de Delfim, executou, como sua gestão comprovou, o sonho popular: valorização do salário(reajuste pela inflação mais correção real pelo PIB acumulado nos dois anos anteriores), fortalecimento dos programas sociais, melhor distribuição de renda, sustentabilidade da moeda e estabilidade dos preços, nos moldes capitalistas clássicos, assegurando, consequentemente,  social democracia; ou seja, Lula é o normal, o contrapolo do anormal, do desequilíbrio neoliberal, que, Bolsonaro instaurou, graças ao golpe de 2016, montado pelo neoliberalismo de Washington; enquanto, agora, o salário caminha para o zero ou negativo na sua expressão máxima do termo, como o ideal dos que, na especulação, vivem da mais valia absoluta e relativa, fora dos parâmetros da normalidade, Lula desperta a nova esperança; o senso popular já sofre no lombo a absurda distorção bolsonarista enquanto o reajuste salarial é zero, o dos bens de primeira necessidade vai às nuvens, no rastro da inflação que caminha para dois dígitos; em doze meses sobem: óleo de soja, 84%; etanol: 60%; feijão, 49%; arroz, 46%; gasolina, 42%; diesel, 41%; acém. 40%; contrafilé, 36%; picanha, 34%; carne de porco,33%; gás veicular, 30% açúcar refinado, 25%, e por aí vai.

DEMOCRACIA X BANCOCRACIA

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Mais destrutivos ainda à bolsa popular são os lucros dos bancos: mais de 90% no primeiro semestre; não é sem razão, portanto, que o oligopólio bancário abre o jogo, defendendo exclusão de Lula da eleição de 2022 como forma de sustentar a lucratividade infinita da banca; o suprassumo do capital especulativo só encontra sua maior taxa de lucro possível, se Lula não voltar ao poder; como não tem terceira via capaz de garantir essa mamata financeira monumental, Bolsonaro é a solução ideal mais adequada aos especuladores; ele expressa o fechamento político, o breque na democracia; não é  essa alternativa anunciada pelo chefe do Planalto, ao tentar envolver os militares num golpe bonapartista, para fechar o Supremo Tribunal Federal, que pune a exaltação nazifascista do autoritarismo bolsonarista? O capitão caiu na real: a rejeição de 64% apontada pelas pesquisas inviabiliza sua reeleição; por isso, do ponto de vista da sua lógica antidemocrática – a mesma do capital financeiro – a democracia não é solução, mas o problema.

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