CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
Alex Solnik avatar

Alex Solnik

Alex Solnik é jornalista. Já atuou em publicações como Jornal da Tarde, Istoé, Senhor, Careta, Interview e Manchete. É autor de treze livros, dentre os quais "Porque não deu certo", "O Cofre do Adhemar", "A guerra do apagão" e "O domador de sonhos"

2473 artigos

blog

Bolsonaro deturpa a história da ditadura

Jornalista Alex Solnik, do Jornalistas pela Democracia, diz que Jair Bolsonaro criou a sua própria versão do que ocorreu aqui entre 1964 e 1985, "totalmente falsa e distorcida", durante evento em Itaipu; "Segundo ele, a ditadura militar, que chamou de "nosso governo" não nasceu de um golpe de estado que arrancou à força o presidente João Goulart do Palácio do Planalto e sim de uma suposta eleição realizada a 11 de abril de 1964 na qual foi eleito o presidente Castello Branco. Bolsonaro jura a cada minuto ser fervoroso anticomunista e estar empenhado em proteger o Brasil do comunismo, mas não para de copiar Stalin, no que tinha de pior", diz Solnik

Bolsonaro deturpa a história da ditadura (Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados)
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

Por Alex Solnik, do Jornalistas pela Democracia - Ditadores (ou aprendizes de) não se contentam em usurpar o poder pelo maior tempo possível; o que eles querem mesmo é reescrever a história.

Bolsonaro deu, hoje, um largo passo nesse sentido. Na cerimônia de posse do novo presidente da Itaipu Binacional, mais um general, para variar, o presidente de extrema-direita eleito pelo voto louvou a ditadura militar pelo projeto.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Criou, no entanto, a sua própria versão do que ocorreu aqui entre 1964 e 85, totalmente falsa e distorcida.

Segundo ele, a ditadura militar, que chamou de "nosso governo" não nasceu de um golpe de estado que arrancou à força o presidente João Goulart do Palácio do Planalto e sim de uma suposta eleição realizada a 11 de abril de 1964 na qual foi eleito o presidente Castello Branco.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

(Conheça e apoie o projeto Jornalistas pela Democracia)

Nenhum livro traz essa informação. Não houve eleição nessa data. Bolsonaro seria reprovado no Enem se optasse por essa alternativa no exame. Nesse dia, os parlamentares aceitaram a imposição de Castello Branco como novo presidente para salvarem a sua pele, era uma imposição do Alto Comando das Forças Armadas e não da vontade popular. Estavam sob a mira de canhões.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Seguiram-se 20 anos sem eleições, pontuadas por cassações, censura às artes e à imprensa, prisões políticas, torturas, assassinatos, corrupção e inflação que só tiveram fim quando o general João Figueiredo – chamado por Bolsonaro de "querido" e "saudoso" - deixou o poder melancolicamente sem fazer sucessor alijado pela campanha das Diretas Já.

A cereja do bolo foi a parte em que Bolsonaro chamou o ex-ditador paraguaio Alfredo Stroessner de "grande estadista" e "homem de visão". Cruel assassino, o ex-ditador foi hóspede da ditadura brasileira depois da queda.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Bolsonaro jura a cada minuto ser fervoroso anticomunista e estar empenhado em proteger o Brasil do comunismo, mas não para de copiar Stalin, no que tinha de pior.

(Conheça e apoie o projeto Jornalistas pela Democracia)

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247,apoie por Pix,inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Cortes 247

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO