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Nêggo Tom

Cantor e compositor.

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Bolsonaro e a ignorância como política de estado

O cantor e compositor Nêggo Tom escreve sobre a ignorancia como norma no governo Bolsonaro e lança um desafio: "Se não sairmos às ruas para pedir o impeachment de Bolsonaro, os energúmenos seremos nós"

Presidente da República Jair Bolsonaro (Foto: Isac Nóbrega/PR)
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Decoro é uma palavra que não existe no dicionário do atual presidente da república. Na verdade, durante quase 30 anos de vida pública, Jair Bolsonaro sempre apresentou um comportamento avesso à boa educação. Sua incapacidade de se enquadrar no processo civilizatório da humanidade, chega a ser preocupante a medida que o seu quadro de desequilíbrio emocional se agrava. O que torna mais do que urgente, uma providência a ser tomada.

Incontáveis foram as vezes em que ele surtou verbalmente, agredindo e ofendendo a seus interlocutores, quando estes o questionavam a respeito de algo que ele não quer falar. Geralmente, algo ligado a algum escândalo envolvendo o seu nome, ou o nome de algum de seus filhos. Mais recentemente, ele atacou a um jornalista que lhe arguia a respeito de seu amigo de longa data, Fabrício Queiroz, também conhecido como laranja, digo, testa de ferro dos esquemas de corrupção do clã Bolsonaro.

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Além de ofender a mãe do jornalista, Bolsonaro também disse que ele tinha “uma cara de homossexual terrível”, atualizando assim as suas configurações de homofobia com sucesso, em meio a ovação de meia dúzia de baba ovos debiloides, que costuma lamber as suas botas sujas pelas fezes que ele costuma verbalizar. Numa dessas entrevistas que ele costuma conceder atrás de uma grade nos arredores do Palácio Alvorada, eu vi uma cena que me deixou horrorizado.

Uma senhora o agradecia, chorando e quase de joelhos, por ter livrado o país dos “vermelhos” e atribuía a Deus a sua eleição. Cena como estas, comprovam que a ignorância do atual mandatário do país é contagiosa e espalha-se como uma metástase no seio de nossa sociedade. Podemos dizer que ela se tornou uma política de estado, promovida pelo obscurantismo das ideias fascistas que permeia as mentes daqueles que fazem parte do governo e absorvida pela massa “pouco encefálica” que acredita no mito.

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A ode a ignorância chega a seu clímax, quando Bolsonaro chama Paulo Freire, um dos maiores educadores do Brasil e do mundo, de “energúmeno”, palavra que ele nem deve saber o significado. Em tempos antigos, segundo o dicionário, energúmeno era alguém que estava possesso, possuído pelo demônio. No sentido figurado, refere-se a um indivíduo sem conhecimento, que age como um boçal; imbecil, ignorante. Diz-se ainda de um sujeito cujo comportamento é descontrolado. Um desatinado.

Bolsonaro acabou julgando Paulo Freire, por ele mesmo, atribuindo ao grande educador, tudo aquilo que o caracteriza como pessoa. Quem se encaixaria melhor na definição de energúmeno? Não sou eu quem o diz. É o dicionário. Reclamem com ele. Quem age feito uma besta apocalíptica, babando escatologias ideológicas e cuspindo o fogo do seu ódio para todos os lados? Quem não possui controle e inteligência emocional, para ocupar o cargo mais importante de uma nação?

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Paulo Freire, com toda certeza, seria um presidente que nos daria orgulho. Assim como Fernando Haddad, o educador oponente de Bolsonaro na última disputa presidencial, que foi preterido pela ignorância do Capitão de bravata. Eu diria que a presidência do Brasil está vaga. O ocupante da cadeira presidencial já se auto destituiu, devido a sua inadequação a liturgia do cargo e devido às suas sucessivas demonstrações de insanidade no exercício de suas funções. Parafraseando o técnico de futebol Renê Simões, diria que estamos alimentando um monstro.

Se não sairmos às ruas para pedir o impeachment de Bolsonaro, os energúmenos seremos nós.

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