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Urariano Mota

Autor de “Soledad no Recife”, recriação dos últimos dias de Soledad Barrett, mulher do Cabo Anselmo, entregue pelo traidor à ditadura. Escreveu ainda “O filho renegado de Deus”, Prêmio Guavira de Literatura 2014, e “A mais longa duração da juventude”, romance da geração rebelde do Brasil

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Bolsonaro e Amazônia – sete erros

Brasília- DF. 15-01-2019- Presidente Bolsonaro assina decreto liberando a compra de armas para cidadão de bem. Foto Lula Marques
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Nesta semana, o presidente Macron postou no twiter:  

“A floresta amazônica —os pulmões que produzem 20% do oxigênio do nosso planeta— está em chamas. Trata-se de uma crise internacional. Membros da Cúpula do G7 [que ocorre a partir do dia 24 na França], vamos discutir essa emergência daqui a dois dias”.  

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A isso, depois de muito refletir e copiar do seu assessor de imprensa,  Bolsonaro respondeu:  

“O Governo brasileiro segue aberto ao diálogo, com base em dados objetivos e no respeito mútuo. A sugestão do presidente francês, de que assuntos amazônicos sejam discutidos no G7 sem a participação dos países da região, evoca mentalidade colonialista descabida no século XXI”.  

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Para tão breve textinho, o presidente brevíssimo cometeu pelo menos sete  erros.  

O primeiro deles, também cínica mentira, “O Governo brasileiro segue aberto “, é de script alheio à sua pessoa e governo do incêndio.  Todos sabem: o presidente bolso da família jamais esteve aberto. Ao longo de sete meses sempre esteve fechado, até como uma fórmula de esconder os seus crimes;  

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O segundo deles, ao diálogo”,  que é também uma cínica mentira, no pouco que abriu para além do bolso deles, esse desgoverno nunca foi de diálogo. Ou melhor, pôde até conversar, desde que o “diálogo” se desse nos termos primitivos da Família fundamentalista.  

No terceiro deles, “com base em dados objetivos”, as posições do governo a que chegamos jamais se basearam em dados objetivos. Pelo contrário, é dele a negação de todas as evidências  científicas do desmatamento na Amazônia. Se alguma vez a sua posição esteve baseada, foi no fumo. Não da maconha, que despreza em público. Mas do fumo que significa fumaça, de fogo, de floresta. Nela, hoje, há muito fumo.     

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No quarto, ao falar que possui “respeito mútuo”, comete mais um escândalo. Respeito?! Mútuo? Para quem, cara pálida? A ninguém, fora do seu estreito e estreitíssimo  círculo familiar, o desastre a que chegamos respeita.    

No quinto, ao mencionar “assuntos amazônicos”, ele faz de conta não saber que a Amazônia é parte do mundo, é comum a toda humanidade,  e nenhum país da terra pode fechar os olhos à sua bárbara destruição, mesmo que com os olhos repletos de fumaça.   

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No sexto, reclama e protesta que o “G7 sem a participação dos países da região...” . Mas quando o G7, a reunião dos países mais ricos, teve a participação do Brasil? Estaríamos no tempo do governo Lula, convidado de honra? Não. Em breve twitter, o capitão faz um esforço demagógico a ponto de evacuar dia sim e dia sim.  

No sétimo,  ao se referir à “mentalidade colonialista descabida no século XXI”, ele tem uma amnésia grave, daquela do gênero mais recente, ao esquecer o seu papel de legitimar uma intervenção armada contra a Venezuela. Mentalidade colonialista na terra dos outros é boa e tá OK?

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Por fim, depois de cometer sete erros, o seu tweet ainda usa a palavra “evoca” Isso não é do seu vocabulário, sempre chulo e pornográfico. Evoca vem de quem já leu a poesia de Manuel Bandeira, antes de se curvar ao oportunismo de servir a um governo AntiBrasil.

Além de errar 7 vezes em  tão curta mensagem, o desgoverno brevíssimo comete fake redação. Queima a Amazônia  e queima Bandeira, do Brasil e de Manuel.  

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