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Antônio Carlos Silva

Coordenador da Corrente Sindical Nacional Causa Operária – Educadores em Luta e membro da direção nacional do PCO. Professor da rede pública do Estado de São Paulo.

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Bolsonaro e direita ameaçam. A resposta é a mobilização nas ruas

No momento em que o Brasil se aproxima de 50 mil mortos, presidente ilegítimo refuta ataques de outras alas golpistas a seus apoiadores, com claras ameaças de golpe

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Nesta quarta, dia 17, após uma série de decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) que atingiram seus apoiadores como chefes do grupo “300 do Brasil” (Sara Winter e outros) e parlamentares de extrema direita, o presidente ilegítimo, Jair Bolsonaro (sem partido) se pronunciou com veladas ameaças, declarando

“Eu não vou ser o primeiro a chutar o pau da barraca. Eles estão abusando. Isso está [a] olhos vistos. O ocorrido no dia de ontem, no dia de hoje, quebrando sigilo de parlamentares, não tem história nenhuma visto numa democracia por mais frágil que ela seja. Então, está chegando a hora de tudo ser colocado no devido lugar“

E acrescentou, ao se dirigir a apoiadores

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“Está chegando a hora de nós acertamos o Brasil no rumo da prosperidade. E todos, sem exceção, entenderem o que é democracia. Democracia não é o que eu quero, o que você, o que outro poder quer, o que outro poder quer. Está chegando a hora, fique tranquila“

Longe de ser “um raio em céu azul”, as declarações estrambólicas e sem muito nexo linguístico do presidente repetem o sentido das declarações, cada vez mais frequentes do próprio presidente e dos seus ministros e aliados militares que, insistentemente, se pronunciam no sentido de ameaçar com um golpe de Estado, o mesmo golpe defendido pelos seus apoiadores em atos públicos que foram murchados pela mobilização da esquerda e organizações populares, como as torcidas de futebol nas ruas de todo o País.

Foi o caso recente, por exemplo, do Ministro da Secretaria de Governo, o general Luiz Eduardo Ramos que buscando disfarçar sobre a operação golpista do governo declarou

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“O próprio presidente nunca pregou o golpe. Agora o outro lado tem de entender também o seguinte: não estica a corda“

O golpistas no governo usam como pretexto atual para as ameaças e pregação golpista, os ataques sofridos da parte da outra ala golpista que, com presença forte nas instituições do regime golpista, como o STF, Congresso Nacional e a Polícia Federal, continuam buscando impor limites à ação dos bolsonaristas e militares. Esta ala que liderou o golpe de Estado, derrubando a presidenta Dilma Rousseff, sem nenhum crime, empossou um político do “centrão”, Michel Temer na presidência; comandou a operação de condenação e prisão fraudulentas do ex-presidente Lula e impôs sua política de ataque aos trabalhadores (“reformas”), teve que “aceitar” como sua alternativa a eleição de Bolsonaro. Desde sua posse, vem tentando – sem êxito – controlar o fascista, só chegando a acordos parciais no que diz respeito a roubar os trabalhadores (como na “reforma” da Previdência) e favorecer os tubarões capitalistas (como no socorro trilionário aos bancos).

Agora atacam os “excessos” da direita, para impor limites à polarização que pode Lear à derrubada de Bolsonaro por meio da mobilização popular.

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As das alas disputam , de fato, quem vai seguir a ditadura – que já está imposta e que pode se aprofundar – contra o povo, diante do agravamento da crise e diante das tendências do povo a se rebelar.

Para os trabalhadores e suas organizações de luta e para os que se reivindicam da defesa dos direitos democráticos da população, não se trata – de forma alguma – de apoiar uma ala contra outra, mas de impulsionar a mobilização que possa colocar abaixo o conjunto do edifico golpista que eles edificaram.

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Eles se atritam, se ameaçam… mas estão dispostos a chegarem a um acordo contra o povo e a esquerda, como fizeram para “eleger” Bolsonaro.

A alternativa dos explorados não é buscar uma frente ampla com uma das alas golpistas, mas construir uma alternativa própria.

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Fazer avançar no terreno concreto a unidade na luta da esquerda e dos setores que querem colocar abaixo Bolsonaro e todos os golpistas.

O terreno decisivo para essa luta e para cimentar essa unidade é, mais uma vez, como foi durante o golpe de Estado, o das ruas. Único local em que é possível “esticar a corda” em favor do povo, como nos ensina  charge do companheiro Jota Camelo, que aqui reproduzimos, também como parte da luta contra a censura, que quer calar o direito dos chargistas e do povo se manifestarem livremente.

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