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Enio Verri

Deputado federal pelo PT-PR

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Bolsonaro é mentira a ser combatida

A irresponsabilidade do presidente é endossada pelo procurador-geral da República e a provável demissão de Mandetta será péssimo para todo o Brasil. Bolsonaro não se desviará de sua louca cavalgada de ignorância e inconsequência mesmo diante da realidade de corpos amontoados

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É curioso como não parece preocupante para a imprensa e para a sociedade de um modo geral, o fato de vários países convocarem cidadãos seus, que por ventura estejam no Brasil, para que retornem o quanto antes. EUA, Alemanha, Inglaterra e Itália, por exemplo, estão muito bem informados sobre as desastrosas e desumanas políticas adotadas pelo governo brasileiro. De um lado, tem-se um presidente que é o próprio vetor de transmissão do vírus. Bolsonaro age como se não devesse satisfações de seus atos, ignorando, ou, o que é mais provável, afrontando a República nele, ora encarnado. Decretou estado de calamidade pública e não demitiu, ainda, o ministro da Saúde, Mandetta, por pressão de quem tem influência e sabe da realidade sanitária do País.

Porém, a grande maioria da população continua desassistida e exposta à contaminação. Enquanto se aproxima o período mais tenebroso para esta geração de brasileiros, fica mais em evidência o desinteresse de Bolsonaro de propor qualquer saída para a crise que evite ao máximo os danos que a doença causará. Pelo contrário, ele e Guedes, adiam medidas protetivas e apresentam propostas para tirar mais da classe trabalhadora e fazer chantagem com os estados, em meio a uma devastação na qual morrerão centenas de milhares de brasileiros, eminentemente pobres, por quem Bolsonaro e Paulo Guedes nutrem o mais profundo desprezo. O presidente foi claro, os pobres têm de buscar o seu pão. Para um ser humano como Bolsonaro é muito fácil dizer isso quando não se é um dos mais de 100 milhões de brasileiros que vivem com R$ 415 por mês. Segundo o presidente de todo o Brasil, há pessoas que merecem vive mais que outras e não são os pobres.

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Então, quando se espera uma manifestação de instituições reprovando as irresponsáveis atitudes do presidente, o procurador Geral da República, Augusto Aras, disse que Bolsonaro tem o direito de se opor ao isolamento. Desde a semana passada, ele tem estimulado a ocupação das ruas, a reabertura do comércio, passeado ostensiva, inútil e temerariamente. Não satisfeito, juntou-se a representantes religiosos irresponsáveis e inescrupulosos com quem fez uma transmissão ao vivo, usando a TV Brasil um veículo público, gravou um vídeo em defesa da realização de cultos. Os argumentos do presidente da República para garantir que é seguro estão solidamente calcados em suas mais rasas convicções de colegial. Ele teve a coragem de afirmar que o coronavírus “está passando”, sem apresentar um único dado científico que refute o número de mortos que não para de crescer.

Definitivamente, o posicionamento de certas instituições públicas assustam países que fazem mais de sete ou mais de quinze mil testes por milhão de habitantes, como EUA e Alemanha. O Brasil não chega a fazer nem 300 testes por milhão. É por isso que os números não parecem assustadores, não há testagem. Porém, em pouco tempo, a quantidade de os corpos será muito superior aos números oficiais. Desde o dia 31 de março, o governo já poderia estar pagando da renda básica, porém, ela começará a ser paga, no dia 27 de abril. Isso é um crime de lesa-humanidade. Durante todo esse período, é óbvio que as pessoas continuarão saindo às ruas para produzir o que comer, totalmente expostas. É uma população cujas condições alimentar, sanitária, de transporte e de habitação favorecem contrair a doença COVID-19, transmitida pelo coronavírus.

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A entrevista do ministro da Saúde à Rede Globo foi o que faltava para os países darem alerta máximo aos seus cidadãos expatriados. A emissora rebaixou ainda mais o microscópico presidente. Mandetta foi mais publicitário de si mesmo que um técnico. Ele, assim como qualquer poste, tem mais competência que Bolsonaro para qualquer coisa. A especulação sobre a demissão do ministro, cresceu. Caso seja dispensado por Bolsonaro, Mandetta dirá que não teve apoio e sairá sem deixar suas digitais no morticínio que já é certo. A Globo, por sua vez, desmoralizará ainda mais o presidente e seu governo e comprará um outro salvador da pátria ultraliberal, para 2022, assim com foram Quadros, Collor ou Bolsonaro.

A situação é muito delicada. A irresponsabilidade do presidente é endossada pelo procurador-geral da República e a provável demissão de Mandetta será péssimo para todo o Brasil. Bolsonaro não se desviará de sua louca cavalgada de ignorância e inconsequência mesmo diante da realidade de corpos amontoados. Ele não tem compromisso senão com ele mesmo e não abandonará seu pérfido messianismo de guiar uma nação ao abismo. Diante da realidade apresentada, sem perspectiva de impedimento de Bolsonaro, é inexplicável como mais nações ainda não pediram para seus cidadãos voltarem para seus respectivos países. Já os brasileiros não têm para onde ir. Ou seja, é ficar e lutar contra o vírus e contra um governo todo ele irresponsável, genocida, cujas políticas, desde as sanitárias às econômicas, são baseadas em mentiras. Essa é a nossa realidade.

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