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Julimar Roberto

Comerciário e presidente da Contracs-CUT

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Bolsonaro e o desprezo à vida

Na semana em que o país alcança o patamar das 600 mil vidas perdidas para a Covid-19 e que o arcebispo de Aparecida, Dom Orlando Brandes, declara que “pátria amada não pode ser pátria armada”, nós gostaríamos de chamar à reflexão sobre uma das características mais marcantes do caráter do presidente Jair Bolsonaro: o desprezo à vida humana

(Foto: Rafael Carvalho/Governo de Transição)
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Por Julimar Roberto

Na semana em que o país alcança o patamar das 600 mil vidas perdidas para a Covid-19 e que o arcebispo de Aparecida, Dom Orlando Brandes, declara que “pátria amada não pode ser pátria armada”, nós gostaríamos de chamar à reflexão sobre uma das características mais marcantes do caráter do presidente Jair Bolsonaro: o desprezo à vida humana.  

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Quem se lembra em 2018, quando ele, então candidato à presidência da República, ensinou uma criança a fazer ‘arminha’ com a mão numa de suas passagens por Goiânia? A cena dividiu opiniões, mas já era o prenúncio de que a morte representava o governo a que ele se propunha.

"Vamos fuzilar a petralhada", vociferava no mesmo período no Acre, enquanto simulava um fuzilamento utilizando um tripé de câmera e dizendo querer "botar estes picaretas pra comer capim na Venezuela".

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Ainda como deputado, Bolsonaro já proferia declarações perturbadoras que explicitavam seu desdém à existência daqueles que não pertencessem a sua casta. Defensor declarado da tortura, assim como da ditadura militar, e ávido seguidor do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, ele chegou a defender essa prática desumana em duas entrevistas, sendo que a primeira foi em 1999 e a segunda, durante sua pré-campanha em 2018.

Em 2015, o então congressista desejou a morte da presidenta Dilma Rousseff (PT) e disse que, se dependesse dele, ela deixaria o Palácio do Planalto imediatamente, nem que para isso tivesse que morrer.  “Espero que Dilma saia. Infartada, com câncer, de qualquer jeito”, proferiu.

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Em 2016, durante um evento, chegou a bradar que a “polícia servia para matar e que bandido bom era bandido morto”.

“Eu queria que a polícia matasse 200 mil vagabundos”, foi sua declaração durante reunião da Comissão de Segurança Pública na Câmara dos Deputados, em 2017.

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No mesmo ano, ele afirmou que “violência se combate com violência”, durante entrevista na Câmara dos Deputados, ao comentar sobre uma pesquisa referente à violência policial.

Novamente em 2015, durante outra entrevista, Bolsonaro defendeu Pinochet, acusado de matar mais de 40 mil pessoas no Chile, dizendo que o ditador chileno fez o que tinha de fazer.

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Após elencarmos tantas barbaridades, nem precisamos nos reportar ao comportamento desse ser insano e genocida durante a pandemia, ao promover intencionalmente o colapso do sistema de saúde brasileiro e zombar das centenas de milhares de vidas perdidas.

Portanto, só nos resta perguntar se os engendradores do golpe político-jurídico-midiático, que resultou na eleição de Bolsonaro, imaginavam com quem estavam lidando. Se os mais de 57 milhões de brasileiros que o elegeram tinham alguma ideia do que o Brasil se tornaria e, ainda, se os 11 milhões que anularam seus votos acreditavam que chegaríamos a isso.

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Mas me recuso a desistir. Não acredito que minha nação seja o reflexo violento, racista, misógino, homofóbico, inculto, indiferente e perverso de quem a governa. Por isso, conclamo quem continuemos lutando, pois, uma vez mais, a esperança vencerá o medo. O amor à vida sobrepujará a morte e o Brasil será feliz de novo.

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