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César Fonseca

Repórter de política e economia, editor do site Independência Sul Americana

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Bolsonaro joga Lira no Planalto contra Renan-CPI

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Está, por enquanto, cômoda a "prisão" do presidente Bolsonaro em hospital paulista de onde está governando, especialmente, para frear a CPI, pelo menos durante os próximos dez dias de recesso parlamentar; o refresco durará pouco, pois o prazo de funcionamento dela foi esticado para mais 90 dias; o ritmo conspiratório, porém, segue em marcha acelerada; a licença presidencial, como os trabalhos da CPI, também, seria adiada, para atender conveniências do titular do poder? O presidente, agora, acena para o deputado Arthur Lira(PP-AL), fiel aliado no Centrão, tomar conta do Planalto, enquanto ele estiver sob cuidados dos "carcereiros", isto é, médicos e enfermeiros; ficaria longe do confronto com a CPI; essa tarefa estaria por conta de Lira, que entraria em campo para disputar partida na qual Bolsonaro perde de goleada para a CPI, porque está contundido por um soluço infernal.

ALÍVIO ATÉ QUANDO?

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Há, portanto, alívio para o presidente, se fica longe do Planalto, que virou alvo do relator Renan Calheiros; se o presidente consegue ser substituído por adversário político de Renan, como é o caso de Lira, no ambiente político, sempre convulsionado das Alagoas, estaria, possivelmente, anulando, o relator que não lhe dá sossego; o problema é que Lira é réu no STF e quem é réu, segundo a Constituição, não pode assumir o poder; qual vai ser o jeitinho para saída adequada ao interesse político do capitão presidente? Os advogados de plantão vão ou não dar um jeito nesse impasse institucional? Certamente, no comando do Planalto, Lira faria ou não o jogo de pressão sobre Renan e seu filho governador das Alagoas, para manter forte aliança com Bolsonaro? 

PACHECO AJUDARIA OU ENROLARIA?

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Já da cama do hospital em que se encontra, Bolsonaro tenta, com o presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco(DEM-MG), abrir inquérito parlamentar contra Renan, na Comissão de Ética do Senado; conseguirá com o ensaboado mineiro que pensa dez vezes antes de agir, visto que sua lógica política não é a de Bolsonaro, mas a sua própria, expressa em costura que visa viabilizá-lo candidato de centro do Planalto, em 2022, colocando-se entre Bolsonaro e Lula, num cambalacho político em forma de terceira via? Ou seja, Bolsonaro não tem segurança de dar um golpe parlamentar em Renan e, também, na CPI, como um organismo vivo a incomodá-lo dia e noite, se tentar usar Pacheco para tal estratégia; poderia perder a parada, pois seus próprios aliados, na CPI, como o senador pernambucano, Fernando Bezerra(MDB), desabafou contrariedades com as claras evidências de corrupção que rolaram no Ministério da Saúde, comandada pela aliança de Pazuello, ex-ministro da Saúde, com o líder do governo, na Câmara, deputado Ricardo Barros(PP-PR), um dos cabeças do Centrão.

INSEGURANÇA NA BASE BOLSONARISTA

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A segurança de Bolsonaro em atirar chumbo grosso contra Renan a ponto de interromper sua propensão em avançar irreversivelmente contra ele, Bolsonaro, estaria, assim, condicionada à disposição de Lira em sustentar, a ferro e fogo, aliança com Planalto, sentado, dessa vez, na cadeira de presidente, no Planalto; a partir do poder simbólico e concreto, ao mesmo tempo, decorrente de se tornar presidente, Lira jogaria ou não todas as suas fichas contra a CPI e, especialmente, contra Renan, apoiados, nesse momento, pela opinião pública, na investigação dos escândalos de corrupção? O episódio da licença médica que afasta o presidente do poder teria, convenientemente, vida longa ou curta, dependendo do jogo de interesse bolsonarista; num primeiro momento, desenhou-se o caos; o presidente estaria enfrentando perigo de morte, um auê que agitou o mundo político; no entanto, com o passar das horas e dos dias, o pânico se arrefeceu a partir das declarações do próprio Bolsonaro, que afastou possibilidade de cirurgia; esta, no momento, está em standy bay; enquanto a novela se desenrola, o presidente, para não voltar ao batente e continuar enfrentando a pressão que lhe ataca os nervos e o leva ao soluço convulsivo, o quarto de hospital vira gabinete presidencial.

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