Bolsonaro quer encher Amazônia de Serras Peladas para Trump explorar

Por Alex Solnik, do Jornalistas pela Democracia 

Em entrevista a Patrícia Campos Mello, hoje, na Folha de S. Paulo, Noam Chomsky, um dos intelectuais mais admirados do mundo aos 90 anos, produziu duas frases que me deixaram encafifado:

“Trump e Bolsonaro são os maiores criminosos da história”.

“Trump e Bolsonaro são piores que Hitler”.

Lendo assim, com os olhos, as conclusões parecem um tanto exageradas.

Não teria havido genocidas mais cruéis?

Hitler matou seis milhões de pessoas, afinal.

Chomsky explica que Hitler matou “só judeus”; o potencial de letalidade de Trump e de Bolsonaro, sócios na política de destruição da Amazônia é muito maior:

“Eles podem matar toda a humanidade”.

Quando disse, ontem, que as reservas indígenas têm que ser revistas, o presidente brasileiro (não seria hora de chamá-lo de ditador?), fez um aceno a Trump.

Ninguém conhece melhor o subsolo da Amazônia que a NASA. Até onde se sabe, reservas indígenas escondem importantes jazidas de minérios. Mas os americanos nunca revelaram quais, onde estão, nem que tamanho têm.

Ao incriminar ONGs e insultar o presidente francês, ao afirmar que a Amazônia é nossa e ninguém tasca, o que Bolsonaro quer, na verdade, é ficar à vontade para expulsar os índios de suas terras e dar carta branca para as grandes mineradoras americanas tomarem conta do pedaço.

Che Guevara queria criar “dois, três ou mais Vietnãs na América Latina”.

Bolsonaro quer criar duas, três ou mais Serras Peladas na Amazônia. 

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