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Gilvandro Filho

Jornalista e compositor/letrista, tendo passado por veículos como Jornal do Commercio, O Globo e Jornal do Brasil, pela revista Veja e pela TV Globo, onde foi comentarista político. Ganhou três Prêmios Esso. Possui dois livros publicados: Bodas de Frevo e “Onde Está meu filho?”

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Bolsonaro tem tudo para sofrer impeachment. E para não andar solto por aí

"Bolsonaro não tem mais a menor condição de exercer o cargo. Como não tem mais como conviver com cidadãos e com a democracia. Resta ao Legislativo e ao Judiciário tratarem o caso com a seriedade e a urgência que o caso merece", escreve o jornalista Gilvandro Filho

(Foto: Marcos Corrêa/PR)
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Por Gilvandro Filho, para o Jornalistas pela Democracia 

O discurso do presidente da República na Avenida Paulista está fora de qualquer curva em se tratando de falta de modos, de inadequação ao cargo de chefia de governo e de ausência de postura e de senso de cidadania. Mas, ele ultrapassa seus próprios limites. Desta vez, ao bravatear que não vai mais cumprir as determinações de um ministro do Supremo Tribunal Federal, a mais alta Corte do País, ele se coloca como um réu confesso que comete o crime antes mesmo da oportunidade da infração aparecer.

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Cabe ao próprio STF fazer uma avaliação séria e enérgica do que o presidente da República expeliu para o seu bando de alucinados acotovelados na avenida. Ao que tudo indica, isto será feito nesta quarta-feira, na reunião dos ministros da Corte maior. Caberá ao presidente do Supremo, ministro Luiz Fux, transmitir à Nação o que o Judiciário vai fazer. O país aguarda o que se decidirá quanto ao destino daquele que, seguramente, encarna o que de pior e mais constrangedor já existiu em termos de Chefe de governo, em toda a história do Brasil.

Os brasileiros aguardam, também, o posicionamento do Poder Legislativo, sobretudo do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, do PP alagoano. Como não quis se pronunciar nesse 7 de setembro, dando uma mergulhada estratégica, Lira é o ponto de dúvida em relação a uma postura mais independente e firme diante de Jair Bolsonaro, a quem sempre defende. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), pelo menos tem dado demonstrações de desalinhamento com Bolsonaro em diversas oportunidades, sempre que o assunto é a defesa da democracia e das instituições.

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Lira, não; até agora, ele tem se comportado como guardião dos interesses do presidente da República, o que é lamentável. Quem sabe os desdobramentos do trágico 7 de setembro que o país viveu não fazem o parlamentar olhar com mais responsabilidade para a sua função de  presidente da Câmara dos Deputados e sair de cima dos mais de 130  pedidos de impeachment contra Bolsonaro que dormitam na Casa graças ao caráter governista do seu dirigente. Espera-se que, para Arthur Lira, o crime cometido por Jair Bolsonaro ao antecipar sua desobediência ao STF cale mais fundo que o já vasto conjunto da obra criminal no presidente da República.

Bolsonaro não tem mais a menor condição de exercer o cargo. Como não tem mais como conviver com cidadãos e com a democracia. Resta ao Legislativo e ao Judiciário tratarem o caso com a seriedade e a urgência que o caso merece.

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