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Denise Assis

Jornalista e mestra em Comunicação pela UFJF. Trabalhou nos principais veículos, tais como: O Globo; Jornal do Brasil; Veja; Isto É e o Dia. Ex-assessora da presidência do BNDES, pesquisadora da Comissão Nacional da Verdade e CEV-Rio, autora de "Propaganda e cinema a serviço do golpe - 1962/1964" , "Imaculada" e "Claudio Guerra: Matar e Queimar".

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Bolsonaro três vezes transgressor

"Em sua atitude egoísta, Bolsonaro não poupa nem os seus seguidores. Como um Nero desvairado, toca fogo em Brasília, no país, na pauta da reeleição, deixando de lado a tarefa para a qual foi (???) designado e pela qual jurou: governar e prezar pelo bem-estar da população brasileira. Quer desafiar o vírus?", questiona a jornalista Denise Assis

(Foto: José Cruz/Agência Brasil)
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Por Denise Assis, para o Jornalistas pela Democracia 

Irresponsável! Vou repetir: irresponsável! 

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Ao abandonar a segurança e o isolamento do seu carro oficial, em plena quarentena, ainda sob suspeita de estar contaminado, para dirigir-se a um bando de tresloucados que histericamente pediam em frente à rampa do palácio: “AI-5”, “AI-5”, o presidente (como custa escrever isto!) Jair Bolsonaro transgrediu duas vezes. Não, minto, três. 

A primeira, ao demonstrar que apoia uma manifestação fascista, que pede o fechamento do Congresso e atenta contra o Supremo Tribunal Federal (STF). 

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A segunda, ao coonestar o grito dos manifestantes, pró-AI-5, que incita o crime de ódio e de ideias contra a liberdade e a Constituição. 

A terceira, quando atenta contra a vida dos ali presentes, arriscando a contaminá-los, em nome de uma vaidade absurda e de uma ambição desmedia que o move em busca da reeleição. 

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Depois de desdenhar da potência devastadora do coronavírus - que trancou um país inteiro em casa, como fez na Itália; fechou portos e aeroportos, como tem sido nos EUA, apesar da relutância do presidente Trump -, e de ver vários dos seus auxiliares caírem doentes, Bolsonaro ainda teima. Desafia todas as opiniões de especialistas e sapateia na cara do seu ministro da Saúde, Mandetta, que tem agido no combate ao contágio de brasileiros, auxiliado pela rede pública de saúde, cuja excelência foi montada nos governos petistas, e isto não há como negar. 

Em vídeo gravado no terminal de cargas de Guarulhos, Mandetta canta loas ao SUS, o mesmo SUS que o governo a que pertence ameaça privatizar, e que pode sucumbir, sem a revisão do teto de gastos, que impede novos investimentos no setor, assim como o da educação, base para a formação desses belíssimos profissionais que agora vêm à cena para orientar, agir e amparar a população, neste momento de ameaça. 

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Ele não. Não, não se trata daquela palavra de ordem. Trata-se, sim, da constatação do alheamento de um presidente que deveria ser o primeiro a dar o exemplo, o primeiro a prevenir à população sobre os riscos, o primeiro a pedir que todos permaneçam em casa, a fim de conter a propagação do vírus. Mas não. Imbuído do seu egoísmo, acompanhado do seu ego, e seguido por um séquito de puxa-sacos, Bolsonaro caminhou entre os “manifestantes”, (ou seriam fanáticos?) disseminando e fortalecendo a ideia de que o coronavírus é uma invenção da China Comunista. De propósito, para minar os mercados e enfraquecer o trabalho (claudicante, pífio, desastrado, inoperante) de Paulo Guedes, na recuperação da nossa economia. 

Em sua atitude egoísta, Bolsonaro não poupa nem os seus seguidores. Como um Nero desvairado, toca fogo em Brasília, no país, na pauta da reeleição, deixando de lado a tarefa para a qual foi (???) designado e pela qual jurou: governar e prezar pelo bem-estar da população brasileira. Quer desafiar o vírus? Dê um abraço bem apertado em seu secretário de Comunicação, se tranque e espere, com sua boca cheia de dentes, a morte chegar. Mas não aumente o índice de contágio em nosso país, que está agora com 176 casos positivos, com tendência de alta. Nunca é demais alertar: Bolsonaro, com mais de 60 anos, é do grupo de risco.

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