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Alex Solnik

Alex Solnik é jornalista. Já atuou em publicações como Jornal da Tarde, Istoé, Senhor, Careta, Interview e Manchete. É autor de treze livros, dentre os quais "Porque não deu certo", "O Cofre do Adhemar", "A guerra do apagão" e "O domador de sonhos"

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Boulos prefere perder para presidente do que ganhar para deputado

"Com potencial para se eleger com milhões de votos para a Câmara Federal, onde poderia atuar de forma incisiva a favor dos trabalhadores sem-teto, prefere embarcar numa candidatura presidencial por um partido sem capilaridade nacional, sem militância expressiva, sem espaço na propaganda gratuita na TV e sem força na Câmara, numa campanha com quatro candidatos só na esquerda, na qual sabe que não entra para ganhar", avalia o colunista do 247 Alex Solnik sobre a candidatura presidencial de Guilherme Boulos; "Ou seja, prefere perder para presidente do que ganhar para deputado"

"Com potencial para se eleger com milhões de votos para a Câmara Federal, onde poderia atuar de forma incisiva a favor dos trabalhadores sem-teto, prefere embarcar numa candidatura presidencial por um partido sem capilaridade nacional, sem militância expressiva, sem espaço na propaganda gratuita na TV e sem força na Câmara, numa campanha com quatro candidatos só na esquerda, na qual sabe que não entra para ganhar", avalia o colunista do 247 Alex Solnik sobre a candidatura presidencial de Guilherme Boulos; "Ou seja, prefere perder para presidente do que ganhar para deputado" (Foto: Alex Solnik)
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   Ocorre um fenômeno curioso na esquerda brasileira.

   Há consenso de que o calcanhar de Aquiles dos partidos que se alinham nesse campo são as eleições para deputado federal.

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   A Câmara Federal é um reduto dos partidos conservadores desde dom Pedro II.

   Um presidente de esquerda, para conseguir governar, tem que fazer acordo com esses partidos porque a bancada de esquerda é insuficiente.

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   E é claro que isso resulta num choque de agendas e na impossibilidade de o presidente eleito cumprir o que prometeu na campanha e, em consequência, ele passa a ser alvo até da esquerda.

   Há consenso de que Dilma foi derrubada porque a correlação de forças na Câmara lhe era desfavorável. Quando se dá algum desastre como esse, a conclusão é uma só na esquerda: toda força à eleição à Câmara. No entanto, essa palavra de ordem não se transforma em realidade.

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   Até mesmo Lula, que este ano novamente preconiza a necessidade de eleger uma grande bancada federal não colocou seu pensamento em prática em duas ocasiões.

   Em 2010, impedido de se reeleger, poderia ter se eleito deputado federal com a maior votação da história e então comandar a liderança do governo Dilma. E repetir o feito em 2014. É bem possível supor que, se estivesse ele na Câmara, Dilma estaria governando até hoje.

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   Além do que, ao ficar sem mandato de deputado ele perdeu o direito ao foro especial que o livraria das garras da República de Curitiba. E sua candidatura a presidente neste ano não seria contestada. Muito menos cogitada a sua prisão.

   Boulos vai pelo mesmo caminho.

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   Com potencial para se eleger com milhões de votos para a Câmara Federal, onde poderia atuar de forma incisiva a favor dos trabalhadores sem-teto, prefere embarcar numa candidatura presidencial por um partido sem capilaridade nacional, sem militância expressiva, sem espaço na propaganda gratuita na TV e sem força na Câmara, numa campanha com quatro candidatos só na esquerda, na qual sabe que não entra para ganhar.       

   Ou seja, prefere perder para presidente do que ganhar para deputado.

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