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Ricardo Mezavila

Escritor, Pós-graduado em Ciência Política, com atuação nos movimentos sociais no Rio de Janeiro.

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Cada vez mais distante do BRICS

Enquanto Bolsonaro for presidente, o Brasil seguirá como pária mundial, cometendo equívocos e erros estruturais com parceiros comerciais importantes que impede o seu desenvolvimento

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BRICS é um termo que designa a cooperação política entre Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. O crescimento econômico e demográfico desses países no início do milênio, com o consequente aumento do consumo e o aquecimento do mercado interno, chamou a atenção de economistas que apostaram que o bloco seria a economia do futuro. 

A primeira reunião aconteceu na Rússia, em 2009, a África do Sul ainda não fazia parte do bloco, o que ocorreu em 2010. Dez reuniões foram realizadas até 2018, quando foram desenvolvidas cooperação setorial em diferentes áreas como ciência e tecnologia, promoção comercial, energia, saúde, educação, inovação e combate a crimes transacionais. 

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Nas reuniões de 2019 e 2020, o Brasil participou da reunião carregado das bravatas de Bolsonaro. Em seus discursos o presidente brasileiro pediu reformulação da Organização Mundial da Saúde – OMS e da Organização Mundial do Comércio – OMC, ameaçou divulgar lista de países que importam madeira ilegal proveniente da Floresta Amazônica e disse que o Brasil estava trabalhando para desenvolver sua própria vacina contra o Coronavírus. 

Sempre na contramão de tudo o que diz, Bolsonaro acompanhado por seus filhos e sua equipe de ministros, sempre que têm oportunidade, ataca diplomaticamente a China e a Rússia, seja pelas narrativas xenófobas contra os chineses, ou pela fixação ideológica contra os russos. 

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Fato é que, China e Rússia são parceiros essenciais para que o Brasil consiga imunizar a população. A principal vacina utilizada no Brasil é a chinesa CoronaVac que, através de parceria tecnológica, está sendo fabricada pelo Instituto Butantan.  

Durante reunião do Conselho de Saúde Complementar, O ministro da economia, Paulo Guedes, disse que o coronavírus foi inventado pela China e que a vacina desenvolvida pelos chineses é menos efetiva que a criada pelos norte-americanos. 

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A afirmação repercutiu muito mal, tendo sido rebatida pelo Embaixador da China em Brasília, Yang Wanming: "Até o momento, a China é o principal fornecedor das vacinas e os insumos ao Brasil, que respondem por 95% do total recebido pelo Brasil e são suficientes para cobrir 60% dos grupos prioritários na fase emergencial. A CoronaVac representa 84% das vacinas aplicadas no Brasil", disse ele. A frase “até o momento” pode ser considerada retaliação. 

A vacina russa, Sputnik V de dose única, que está sendo utilizada em mais de 60 países, possui eficácia de 97,6%, segundo o Instituto Gamaleya, mas foi reprovada no Brasil pela Anvisa: “Verificamos a presença de adenovírus replicante em todos os lotes. Isso é uma não-conformidade grave e está em desacordo com o desenvolvimento de qualquer vacina de vetor viral”, declarou Gustavo Santos, gerente-geral de medicamentos e produtos biológicos da Anvisa. 

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O chanceler russo, Serguei Lavrov, disse em entrevista que os EUA exercem pressão sobre o Brasil para não adquirir a vacina Sputnik V. 

Enquanto Bolsonaro for presidente, o Brasil seguirá como pária mundial, cometendo equívocos e erros estruturais com parceiros comerciais importantes que impede o seu desenvolvimento, tensionando coisas simples, como vacinar a população com tranquilidade. 

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