Carta aberta a Miriam Leitão
Senhora Miriam Leitão, a vi lendo um texto nervosa e estremecida, no qual você afirmou que o senhor Marinho já havia reconhecido, após muitos anos, que o apoio ao golpe de 1964 foi um erro. Para ser um profissional de comunicação, você primeiro teria que dominar os matizes, as nuanças, da língua de Camões
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Senhora Miriam Leitão, a vi lendo um texto nervosa e estremecida, no qual você afirmou que o senhor Marinho já havia reconhecido, após muitos anos, que o apoio ao golpe de 1964 foi um erro.
Para ser um profissional de comunicação, você primeiro teria que dominar os matizes, as nuanças, da língua de Camões.
A primeira coisa que devo dizer, senhora Miriam Leitão, é que a decisão política de um meio de comunicação de apoiar um golpe de estado, não tem relação com a palavra erro.
Em um meio que administra fortunas como a Globo, não tem gente inocente. Vocês ainda hoje manipulam a opinião pública priorizando seus interesses financeiros e seus acordos corporativos.
Senhora Miriam Leitão, o erro em português é um mal-entendido, um engano, um desacerto e todos esses sinônimos dão o direito a supor que é algo involuntário.
Erros podem ser ortográficos, um erro pode ser, por exemplo, comprar batatas em vez de ovos.
Mas, um erro nunca pode ser rasgar a Constituição brasileira, para que os militares instalem a censura na mídia, e vocês sejam seus porta-vozes oficias. Isso em português não e erro, isso significa cumplicidade, convivência. Porque vocês foram a parte comunicativa da ditadura militar.
Além disso, parece que esse erro os beneficiou economicamente por muitos anos, porque vocês continuaram a tirar dinheiro desse erro histórico para expandir seus negócios.
Errar para beneficiar-se, que valores éticos esconde? Que valor intelectual, que ideais tem um meio de comunicação funcional à censura?
Você participaram ativamente do golpe de Estado contra Dilma Rousseff, e vocês foram funcionais para a condenação de Lula, sem crime e sem provas.
Quantos anos teremos que esperar para que vocês se sentarem uma roda em nove poltronas cinzas, sentado em uma cadeira vermelha a um polêmico candidato à presidência?
Quantos anos têm que esperar para a governanta da família Marinho, leia nervosa um texto reconhecendo que foi um erro apoiar o golpe de Estado de 2016 e a prisão de um presidente inocente?
Miriam Leitão, o Brasil que eu quero é um pais com meios de comunicação comprometidos com a democracia e que não lucrem durante 21 anos com seus erros.
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