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Tiago Elias

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Carta resposta a Aécio Neves

O tripé do Plano Real foi a subserviência ao consenso de Washington, o desmonte do estado e o povo brasileiro

O tripé do Plano Real foi a subserviência ao consenso de Washington, o desmonte do estado e o povo brasileiro (Foto: Tiago Elias)
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Os sicários da plutocracia recorreram mais uma vez à tática do caos para concluírem seu projeto de poder e recolonizar o Brasil. Renovaram sua esperança com a Marina Silva e agora apostam todas as fichas no Aécio Neves recorrendo a tática nazista de que “uma mentira repetida mil vezes acaba virando verdade”.

A principal arma da direita é a ignorância de uma sociedade bestializada que serve de massa de manobra e locupleta-se de novela, futebol, Big Brother Brasil e facebook. É a velha política do pão e circo!

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Desculpe-me pela retórica, mas é ultrajante e inaceitável assistir passivamente Aécio Neves invadir minha residência e agredir minha família com sua desfaçatez e, no auge da sua empáfia, descarregar mentiras e mais mentiras a milhões de brasileiros num momento extremamente importante para o país. A direita não vai parar enquanto não satisfazer seu prazer sádico de ver o povo brasileiro novamente de joelhos e implorando por uma latrina para lavar!

 

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Parte I: Quem criou o Plano Real?

É aviltante ter que ouvir em pleno debate político que Fernando Henrique Cardoso é o pai do Plano Real e a mãe é Ruth Cardoso.

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Sumarizando os fatos, as evidências empíricas abaixo desmistificam o proselitismo do Aécio Neves:

1 - Primeiro, tudo começou em 1989, quando o economista John Williamson, diretor do Institute for International Economics, entidade de caráter privado, convocou economistas liberais da América Latina, funcionários do FMI, Banco Mundial e Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e do governo Ronald Reagan para avaliar as reformas econômicas em andamento na América Latina. O próprio Willianson rotulou o encontro de “Consenso de Washington”. Nesse encontro foram listadas uma série de reformas que os países em desenvolvimento deveriam adotar na área econômica para que entrassem em uma trajetória de crescimento autossustentável. Concisamente, elenco abaixo as propostas do receituário de Washington:

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  • Disciplina fiscal – o Estado deve reduzir seus gastos, eliminando o déficit público;
  • Liberalização financeira – fim das restrições ao capital internacional e afastamento do Estado;
  • Privatizações – significa a venda de empresas estatais e o desmonte do Estado;
  • Desregulamentação da economia;
  • Desregulamentação trabalhista;
  • Liberalização do comércio exterior – significa redução de alíquotas de importação e estímulos à exportação, com objetivo de impulsionar a globalização da economia;
  • Eliminação das restrições ao capital externo;
  • Reforma tributária – maior peso nos impostos indiretos e menor progressividade dos impostos diretos;
  • Taxa de câmbio competitiva e;
  •  Propriedade intelectual.

Essas foram as exigências feitas pelas agências internacionais para a concessão de empréstimos do FMI.

O secretário de tesouro dos Estados Unidos, Nicholas F. Brady, apresentou um plano de renegociação da dívida externa de 32 países, entre eles o Brasil, mediante a troca da dívida anterior por novos bônus. Estes bônus contemplavam o abatimento do encargo da dívida através da redução do seu principal ou pelo alívio dos juros da dívida externa dos países em desenvolvimento. Esse plano ficou conhecido como Plano Brady – foi concebido para reestruturar a dívida e completou 20 anos no ano passado. Clique aqui para ver a notícia e conheça os detalhes técnicos aqui.

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Nessa primeira etapa, fica comprovado que o primeiro passo para a implantação do Plano Real começou com os acordos do Plano Brady no final do governo Sarney (1988) e renegociações no final do governo Collor (1992). Vale destacar que, essa renegociação foi fundamental e indispensável para a consolidação e manutenção do Plano Real, pois restabeleceu as condições de liquidez, incorrendo na oferta abundante de financiamento internacional. Em contrapartida, os novos empréstimos estavam condicionados à realização de reformas e profundo ajuste fiscal conforme listado acima. As renegociações foram completadas no final do governo Itamar (1993/1994). Na prática, - resumindo de forma bem simplista -, as renegociações do Plano Brady consistiram num abatimento dos encargos da dívida, substituição das dívidas antigas por novas dívidas e renegociação dos prazos. Destaco que, sem essa liquidez externa exuberante, seria impossível promover a estabilização no primeiro governo Fernando Henrique Cardoso e o Plano Real teria fracassado. Qualquer economista respeitável sabe disso.

 

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2 - Segundo, no que tange ao campo ideológico, o Plano Real foi uma cópia descarada do plano de combate à hiperinflação na Alemanha em 1923 após a Primeira Guerra Mundial (Bresciani-Turroni, 1989).

Na época, o governo alemão convidou vários especialistas estrangeiros para combater a hiperinflação, entre eles estavam Keynes e o sueco Gustav Cassel. O governo criou uma nova moeda que serviria apenas como indexador, o rentenmark, que era indexado ao dólar. No Plano Real, o rentenmark virou a URV, também indexada ao dólar. Vale salientar que, a URV era uma unidade de conta e funcionava como indexador para contratos, permanecendo o cruzeiro real com a função de meio de pagamento.

A próxima etapa da estabilização do plano alemão foi o congelamento da taxa de câmbio. No Brasil, a URV começou a vigorar a partir do dia 1º de março de 1994. Entre primeiro de março e 30 de junho, o Banco Central fixou diariamente a paridade entre o cruzeiro real e a URV.

O terceiro passo da estabilização do plano alemão foi o nível de reservas internacionais existentes, que garantia a manutenção do câmbio fixo e garantia a demanda por moeda. No Plano Real, as reservas foram constituídas através das renegociações do Plano Brady, que por sua vez permitiu o financiamento dos déficits em conta-corrente. A Medida Provisória 542/1994 (Art. 3º) determinou a vinculação do Real às reservas internacionais.

O quarto e último fator importante para a estabilização do plano alemão foi a reforma fiscal da economia através do saneamento do déficit público. No Plano Real, refletiu na redução do gasto público, aumento da carga tributária e superávit primário.  

Em 30 de agosto de 1924, a Alemanha promulgou a          lei que introduziu o reinchsmark como moeda oficial alemã. Sua relação de paridade seria de 1 reinchsmark para cada 1 rentenmark.                                                                                                                                                                           

No Brasil, a Medida Provisória 542 de 30 de junho de 1994 determina que, no dia 1º de julho de 1994, no governo Itamar Franco, seja extinta a URV e o Real passa a ser a moeda oficial com curso legal em todo o território nacional, sendo um real equivalente a um dólar. Clique aqui e conheça a MP 542/1994. e o Diário Oficial da União (seção extra) do mesmo dia.

 

O mais intrigante é que todos os livros de economia brasileira – pelo menos os que eu conheço – delegam a concepção do Plano Real às propostas de Andre Lara Resende e Pérsio Arida, ambos da PUC-RIO. Em 1984, as propostas ficaram conhecidas como “Larida”.  O sistema é tão perverso e tão bem arquitetado que, a mídia dissemina a falácia do Plano Real. Agora, mais assustador são as universidades outorgarem esse engodo. É inaceitável ouvir que Fernando Henrique Cardoso criou o Plano Real. Itamar Franco morreu com essa mágoa de FHC e toda vez que dizem isso, ele deve se “revirar no caixão” de tanta tristeza. Não há como fazer revisionismo histórico!

Recorro à licença poética para uma rápida observação. Você deve ser perguntar: por que não fizeram antes? Também não sei. Provavelmente guerra de ego e questões políticas. O que realmente importa é que os “PHDeuses da economia” preferiram enveredar pela via dos sucessivos congelamentos de preços e planos fracassados de estabilização - Plano Cruzado (1986), Plano Bresser (1987), Plano Verão (1989), Plano Collor I (1990) e Collor II (1991) -, essa triste fase legou ao Brasil uma década de atraso e altíssimos custos sociais, a famigerada década perdida.

Resumindo, o Plano Real foi oficialmente criado pelo Itamar Franco e sua concepção ideológica foi uma cópia descarada do plano alemão de combate à hiperinflação de 1923, e principalmente, pelo capital estrangeiro, através de empréstimos e renegociações de dívidas do Plano Brady iniciadas no governo Sarney em 1988.

Essa é a verdadeira história do Plano Real que a mídia esconde de todos os brasileiros!

Cada palavra do Aécio Neves é como se fosse um “soco na cara e um choque no cérebro”. Nunca antes na história desse país ouvi tanta mentira.

Para quem não entendeu ainda, o “segredo” do Plano Real estava na taxa de câmbio e na taxa de juros. Todos os preços eram convertidos para URV, que era indexada ao dólar na paridade de um real igual a um dólar. Por isso o dólar não poderia subir, senão a inflação iria disparar novamente. O problema é que o Brasil não fabrica dólares. O que fazer? Aumentou-se a taxa de juros overnight/Selic dos títulos públicos federais objetivando atrair dólares. Segundo o Banco Central, no final de 1994, o governo pagava 16,0% de juros aos credores dos títulos públicos federais indexados à taxa overnight/Selic. A dívida externa bruta era de 148,3 bilhões de dólares e a líquida equivalia a 2,51 vezes o valor de todas as exportações. Em 1995, Fernando Henrique Cardoso (FHC) assume a presidência, e aumenta os juros para níveis criminosos e proibitivos. A taxa overnight/Selic passou de 16,0% em 1994 para 37,8% em 1995. Ou seja, um aumento de 136,3% em relação ao ano anterior. Os juros continuaram a subir para inacreditáveis 45% segundo o Banco Central (clique aqui e confira), com picos de 70,1% em dezembro de 1998, segundo o IPEA (clique aqui e confira).  

Na prática, a escravidão do povo brasileiro tinha acabado de começar. Essa é verdadeira luta do povo brasileiro, é o verdadeiro debate que a mídia esconde em detrimento dos abutres do mercado financeiro.          

                       

Parte II: O “legado” do Plano Real.

 

Após os fatos históricos e as evidências empíricas supracitadas, demonstro a seguir etapa por etapa do desmonte do Estado e o verdadeiro “legado” do Plano Real impetrado pelo receituário do “Consenso de Washington”, FHC e sua trupe:

  • Primeiro, os neoliberais escancararam as portas do Brasil ao capital especulativo através da liberalização financeira e utilizaram esses dólares para segurar o câmbio;

 

  • Segundo, o resultado foi um câmbio super, hiper, megavalorizado, ao ponto de cada R$1 valer US$0,92 em 1995 (IPEA). Essa política arrebentou a indústria, pois as importações passaram a ser maiores que as exportações. O resultado dessa “hecatombe” foi que o saldo da Balança Comercial caiu para -133,3% em 1995 em relação ao ano anterior. No mesmo período, as transações correntes caíram para -922,2%, segundo o Banco Central.

 

  • Terceiro, como os neoliberais destruíram a indústria, consequentemente, houve desemprego em massa, passou de 5,1% em 1994, para 7,6¨% em 1995, que representou um aumento de 49% em relação ao período anterior. No final do governo FHC (2002), o desemprego chegou 11,7%. Entre outras palavras, combateram a inflação com desemprego. Engana-se quem pensa que foi erro de percurso, foi tudo muito bem planejado e premeditado, ou já esqueceram o escândalo da antena parabólica, onde  Rubens Ricupero, em entrevista ao repórter da TV Globo, seu cunhado Carlos Monforte,  debocha da população brasileira? Clique aqui e assista a repercussão no Jornal Nacional e aqui para mais detalhes.     

 

  •  Quarto, os neoliberais promoveram a desnacionalização do país através das privatizações criminosas – caso de polícia – para fazer caixa e continuar segurando o dólar para garantir a reeleição.

 

  • Quinto, depois do escândalo da compra de votos para a reeleição (clique aqui para a matéria), em 1998, FHC negociou um préstimo de US$ 41 bilhões de dólares junto ao FMI (clique aqui) para continuar segurando o câmbio a qualquer custo, pois a reeleição seria em poucas semanas e uma catástrofe tinha que ser evitada. 

Essa combinação perversa de câmbio sobrevalorizado com altíssimas taxas de juros colocou a economia brasileira numa armadilha de crescimento, ensejando uma trajetória de crescimento cada vez menor, deterioração das contas externas, déficits crescentes no balanço de pagamentos, deterioração fiscal, expansão da dívida pública e estagnação da economia, refletida num PIB 0,0% em 1998 e 0,3% em 1999 (IBGE).

E daí se o Brasil está em frangalhos? Pelo menos a inflação está controlada, a reeleição foi garantida e Batemos a meta! Comemoraram os PHDeuses da economia neoliberal, FHC e sua trupe. Parafraseando, mataram o paciente para acabar com a doença!

Até a reeleição de 1998, a inflação estava 1,65%, e o dólar era 1,16. Depois da reeleição, o risco país bateu 1.779 pontos no dia 14 de janeiro de 1999. Assim, “inesperadamente”, o mercado financeiro ficou eufórico e começou uma rápida demanda por dólares e as reservas internacionais começaram a derreter.

Sendo assim, não havia mais como pegar empréstimos, não tinha mais o que privatizar, não existia mais indústria para destruir, a massa miserável já estava desemprega e a classe média destruída. Não restava outra alternativa a não ser liberar o câmbio ao "sabor do mercado”. Assim, o dólar saiu de 1,16 em 1998 para 1,91 em fevereiro de 1999 e continuou subindo até bater 3,62 em dezembro de 2002. (IPEA)

 Percebeu a perversidade do sistema? Vou explicar: os abutres do mercado financeiro ganharam duplamente. Primeiro, ganharam bilhões com a explosão do dólar, pois a paridade de R$1=US$1 tinha ido para o espaço! Em seguida,  ganharam mais alguns bilhões ao aplicar os reais trocados aplicando no mercado futuro, através dos títulos federais indexados a taxa overnight/Selic  que teve pico de 70,1% em dezembro de 1998 e 68,2% em março de 1999. (IPEA).

Ho! Ho! Ho! O Natal chegou! Foi apenas uma doação de caridade natalina do FHC, Gustavo Franco, Pedro Malan e sua trupe ao “clubinho dos cacciolas e braganças”.

Segundo o fax trocado entre Bragança e a namorada, jogar na bolsa era como bater em criança! (clique aqui e relembre).

                     

Os neoliberais PHDeuses da economia caíram na própria armadilha. Criaram um círculo vicioso e destrutivo de retroalimentação de dívidas. Desenvolveram uma política que nos legou uma dívida de 60,4% do PIB em 2002 segundo o Banco Central e colocou grilhões  em cada cidadão. O PSDB escravizou o povo brasileiro!

As dívidas seqüestraram os sonhos dos brasileiros e o progresso do país! Bonança para os abutres e restos para saúde, educação, segurança, infraestrutura, saneamento e salário digno. Um país lindo e rico, mas carente de tudo, pois a sociedade está infantilizada e afogada no ópio da ignorância. (Clique aqui e veja para onde vai o seu dinheiro). Esse foi o verdadeiro “legado” do Plano Real!

O ódio dos sicários da plutocracia é que o sistema de concentração de renda, abismo social e mendicância entrou em declínio. O status quo foi confrontado e o “exército industrial da reserva de miseráveis” sofreu uma baixa de 36 milhões de brasileiros que saíram da extrema pobreza e mais de 40 milhões ascenderam à nova classe média. Não existe mais ninguém comendo calango e nem implorando para lavar a latrina da casa grande por qualquer R$10,00!

Aécio Neves, é vergonhoso e revoltante o seu projeto de gerar desemprego para acabar com a inflação.

É vergonhoso e revoltante ouvir vocês proclamando o fim da valorização real do salário mínimo com a desculpa do custo da produtividade.

É vergonhoso e revoltante o PSDB querer entregar o pré-sal às multinacionais. (Clique aqui e veja).

É vergonhoso e revoltante querer acabar com o FGTS e precarizar as relações do trabalho através da desregulamentação trabalhista.

É vergonhoso e revoltante querer acabar com o Programa Minha Casa Minha Vida via redução da participação dos bancos públicos na economia.

É vergonhoso e revoltante vocês atentarem contra a previdência com a falácia do déficit previdenciário com o objetivo de privatizá-

 

As propostas neoliberais se resumem a isso. Vergonha e mais vergonha.

Não evoluíram, não aprenderam com os erros, não aprenderam com a história e insistem na retórica do estado mínimo e na “mão invisível do mercado”.

Não se conscientizaram que há uma simbiose entre Estado e mercado. Vocês deveriam reverenciar o Estado, pois sem ele o capitalismo teria acabado desde de 1929. 

O sistema socialismo para os ricos e capitalismo para os pobres está falido. Está comprovado que, quem estabilizou a economia foi o povo brasileiro com muito sacrifício e altíssimos custos sociais.

Vocês são os verdadeiros detratores do Brasil. Nunca defenderam a sociedade brasileira. Mais uma vez vocês querem seguir o receituário recessivo e retrógrado do imperialismo Americano. Suas propostas são recomendações destrutivas do FMI (clique aqui e veja) e OCDE. (Clique aqui e veja)

Vocês são os verdadeiros assassinos econômicos e inimigos da pátria. São blindados por uma impressa monopolista, facista, racista e pró-sionista.

Aécio Neves, você é uma fraude e cada palavra sua é pura demagogia e um atentado à verdade. Todos os impropérios, dissimulações e mentiras estão e serão desmistificados sob à luz da verdade.

Vocês estatizaram e socializaram todos os crimes cometidos contra o patrimônio público. A dívida externa virou interna, os devedores tornaram-se credores e o povo brasileiro foi escravizado pelas dívidas. Vocês subverteram os valores éticos e morais da sociedade brasileira em detrimento de um projeto de poder da nova ordem mundial.

Você e o PSDB deveriam pedir perdão ao povo brasileiro pelos crimes de lesa-pátria e lesa-humanidade!

Aécio Neves, vocês não vão recolonizar o Brasil! O país não vai andar para trás. Vocês deveriam ter vergonha de botar a cara na televisão.

Aécio Neves e PSDB, quem conhece não vota! Acorda Brasil!

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