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Denise Assis

Jornalista e mestra em Comunicação pela UFJF. Trabalhou nos principais veículos, tais como: O Globo; Jornal do Brasil; Veja; Isto É e o Dia. Ex-assessora da presidência do BNDES, pesquisadora da Comissão Nacional da Verdade e CEV-Rio, autora de "Propaganda e cinema a serviço do golpe - 1962/1964" , "Imaculada" e "Claudio Guerra: Matar e Queimar".

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Chamem Deus!

A jornalista Denise Assis escreve sobre o impasse jurídico-institucional que vive o país: a quem recorrer quando o STF falha em suas decisões? A pergunta foi feita pelo presidente do Chile, Sebástián Piñera, em visita à corte em abril de 2018, causando desconforto nos ministro presentes; ele mesmo respondeu, diante do silencio generalizado:  “À instância suprema”, disse, apontando para cima, em referência a Deus

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Por Denise Assis, para o Jornalistas pela Democracia - No dia 27 de abril de 2018 o jornalista da EBC, Felipe Pontes, descreveu assim a cena que presenciou durante a visita do presidente chileno, Sebástián Piñera, ao ser recebido em Brasília, pela então presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Carmem Lúcia.

“Piñera, indagou, em tom descontraído, a quem se poderia recorrer quando a Corte falha em suas decisões. A pergunta causou breve desconforto entre os ministros do Supremo presentes ao encontro – além de Carmen, os ministros Dias Toffoli e Edson Fachin –, mas foi logo respondida pelo próprio Piñera: 'À instância suprema', disse, apontando para cima, em referência a Deus.”

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Estando o presidente do Chile correto em sua observação, está na hora de convocar Deus urgentemente. Sabemos a partir dos documentos divulgados pelo site Intercept, que o ministro Fux despiu-se da toga para assumir a condição de militante ativo pró Lava-Jato. O ministro Edson Fachin, presente à cena, já expressou crença total à versão de que um exército de hackers malvados e inimigos do Brasil invadiram os celulares funcionais, pagos por nós – e, portanto, públicos -, do procurador Deltan Dalagnoll e do ex-juiz Sérgio Moro. (Sim, ele não passa de um ex-juiz).  Próxima providência de Fachin é escrever uma carta a papai Noel, pedindo que os hackers sejam identificados.

Os demais, que costumam ser “legalistas”, estão no aguardo de que o presidente da Corte Suprema, Dias Toffoli, faça constar na pauta em pauta o julgamento sobre a prisão em 2ª instância, para se pronunciarem a respeito e talvez resgatar a honorabilidade da Justiça no país. Mas, como desde que decidiu colocar dentro do seu gabinete um general de plantão, é possível que, temeroso, Toffoli deixe esse assunto complicado para lá.

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Quanto à ministra Rosa Weber, temente a Deus, aguarda desde outubro de 2018 pelo “milagre” que pediu a Deus, para solucionar a “modernosa” questão das fake news. Como o pedido foi feito ano passado, deve-se concluir que Deus nos esqueceu, ou está de férias em Cancun, paraíso tropical semelhante ao que o ainda presidente Bolsonaro pretende transformar algumas ilhotas de Angra dos Reis.

Em crise, tanto a Corte Suprema quanto a consciência de Rosa Weber empacaram em questões que, aos olhos da sociedade, saltam cristalinas. Moro e Dallagnol se envolveram em crime e comprometeram todo o processo contra o ex-presidente Lula, o que exige, segundo alguns juristas que já se pronunciaram a respeito e até mesmo um dos “supremos”, o ministro Gilmar Mendes, a anulação do que foi feito.

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Quanto ao material sobre a mesa da ministra Rosa, moderno demais para ser julgado neste mundo, ganha um componente a mais, com a divulgação dos documentos do The Intercept. Provada a interferência no processo político para beneficiar o candidato da direita, por parte da duplinha do barulho, a eleição deveria ser anulada, encerrando angústias e dúvidas da ministra Rosa. E não tem Mourão nem menos Mourão. Cai a chapa, beneficiada que foi por todas essas manobras. Neste caso, nem que o general Heleno destrua a mesa do gabinete com os seus murros, o caminho será outro. A menos que Bolsonaro dê ordem unida a todos os cidadãos que adquiriram armas beneficiados pelo seu decreto, para saírem às ruas em sua defesa, com a ajuda dos generais pró-linha-dura que sobraram em seu governo. Mesmo assim, ao que tudo indica, há baixas. Villas Bôas dá mostra de ter amarelado.

 

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