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Urariano Mota

Autor de “Soledad no Recife”, recriação dos últimos dias de Soledad Barrett, mulher do Cabo Anselmo, entregue pelo traidor à ditadura. Escreveu ainda “O filho renegado de Deus”, Prêmio Guavira de Literatura 2014, e “A mais longa duração da juventude”, romance da geração rebelde do Brasil

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Chamem o Lula e a greve dos caminhoneiros

É claro que na justa greve dos caminhoneiros a direita se infiltrou e tenta dirigir o movimento. Aí se incluem os representantes da categoria sem categoria. Isso quer dizer, patrões com ares de representantes de trabalhadores como novos pelegos, nunca jamais vistos tão despudorados diante das câmeras de tevê, entre nuvens de fumaça

Paralisação dos caminhoneiros na Rodovia Presidente Dutra, no Rio de Janeiro.Foto Tânia Rêgo/Agência Brasil (Foto: Urariano Mota)
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É claro que na justa greve dos caminhoneiros a direita se infiltrou e tenta dirigir o movimento. Aí se incluem os representantes da categoria sem categoria. Isso quer dizer, patrões com ares de representantes de trabalhadores como novos pelegos, nunca jamais vistos tão despudorados diante das câmeras de tevê, entre nuvens de fumaça. "Fim da greve", anunciaram governo e mídia do capital.

Já antes, no Vermelho http://www.vermelho.org.br/noticia/311382-1 se alertava:

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"Repúdio à intervenção militar e ataque a Petrobras

O Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente de Santa Catarina (Sintaema-SC) reitera o apoio à reivindicação dos caminhoneiros mas condena ataques à Petrobras e também manifestações que pedem intervenção militar. 'Todas as manifestações populares que reivindicam melhores condições de trabalho e remuneração merecem nossa compreensão e apoio; porém, não podemos aceitar nem legitimar os ataques deliberados a PETROBRAS, empresas, sindicatos e instituições democráticas legitimamente constituídas, assim como repudiamos grupos deliberadamente infiltrados com práticas fascistas que fazem apologia a intervenção militar como alternativa de solucionar os problemas políticos e conjunturais da nação' ".

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Na Folha de São Paulo se noticiou:

"Mensagens de apoio à greve dos caminhoneiros circularam nesta quinta-feira (24) em grupos de WhatsApp que reúnem apoiadores do pré-candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL)"

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Os oportunistas e abutres do sofrimento do povo agora aumentam o botijão de gás 100% (de 60 subiu para 120 reais), e a gasolina chega acima de 123% (de 4,48 atingiu até 10 reais). O curioso é que em meio à selva, há esperança. Os mais exagerados falam A esperança. Ou seja, em um tumultuoso silêncio vem crescendo o grito:

- Chamem o Lula!

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Notem que à beira do desespero a expressão popular vai além da bandeira "Lula Livre", ou #LulaLivre. Chamam o cara preso para resolver a parada, aqui em mais de um sentido: parada de caminhões, e parada federal (problema difícil de resolver), superior a qualquer parada militar, desfile de tropas em armas.

- Chamem o Lula!

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De Norte a Sul, passando pelo Nordeste, onde o grito se transforma assim:

- Chamem Lula!

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O caos instalado no Brasil mostrou e mostra que todas as soluções à direita, pela direita, falharam. Isso quer dizer: as soluções do mercado, pelo mercado, para o mercado, falharam. A começar entre os prováveis beneficiários, aquela classe média sem classe, que se julga de muita classe. Já não há mais dinheiro que compre um lugar na fila. O caos chegou para todos.

- Chamem o Lula!

Da ocupação militar no Rio, que falhou, à luta contra uma certa corrução no Judiciário vendida como a ordem e a lei, que falhou, que desestruturou os capitalistas nacionais, sussurra-se lá entre eles envergonhados.

- Chamem o Lula!

O desastre na saúde para todos os brasileiros, o recuo na Educação para o povo, a volta à miséria de populações que antes haviam ascendido até a pobreza, a destruição do Estado do Bem-Estar Social, até o corte de Bolsa Familia, deu neste grito:

- Chamem o Lula!

As reformas trabalhistas na medida dos empregadores, que agora choram porque suas empresas já não faturam como nos tempos do barbudo, ainda que precarizem o trabalho, que já se aproxima do escravo. A reforma substituiu o mundo do quase pleno emprego pelo maior desemprego. O mercado, ou certo mercado alheio ao destino popular, destruiu a indústria náutica.

- Chamem o Lula!

Já antes da greve dos caminhoneiros os mais pobres haviam substituído o gás por carvão, ou álcool, que em muitos casos explodiu e matou pessoas. Pessoas!, quem diria? No Brasil há pobres que morrem e de repente, numa luz e explosão de carnes, se tornam pessoas.

- Chamem o Lula!

Em meio a tudo, há todas indicações de que Lula mesmo preso já ouviu o grito das ruas. Ontem. uma reportagem do Brasil 247 estampou:

"Após visita a Lula na Polícia Federal em Curitiba, os deputados Paulo Pimenta (PT-RS) e José Guimarães (PT-CE) trouxeram uma mensagem do ex-presidente: 'ele diz que está bem, a saúde está bem. Pode dizer a todos que eu estou voltando'"

- Chamem o Lula!

Ele ouviu. Lula está voltando.

*Vermelho http://www.vermelho.org.br/coluna.php?id_coluna_texto=9198&id_coluna=93

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