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Ribamar Fonseca

Jornalista e escritor

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Chega de contemporizar

A mídia oposicionista conseguiu fazer do doleiro Alberto Youssef, criminoso confesso, o homem mais poderoso do país. E resumiram o Brasil à Operação Lava-Jato

A mídia oposicionista conseguiu fazer do doleiro Alberto Youssef, criminoso confesso, o homem mais poderoso do país. E resumiram o Brasil à Operação Lava-Jato (Foto: Ribamar Fonseca)
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“O momento não é para a busca de aproximações com o governo, mas sim com o povo”. Quem disso isso não parece ser a mesma pessoa que  governou o país contra o povo, mantendo-o na pobreza,  ignorando-o na imposição da reeleição e na privatização das empresas estatais, espancando-o nos protestos e ironizando-o na recente reeleição da Presidenta. Em matéria de cara-de-pau ninguém consegue superar o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que mordeu a mão do seu benfeitor Itamar Franco, responsável por sua ascensão à Presidência da República, e se autoproclamou “pai do Real”, uma mentira tão repetida que quase virou verdade. 

Quando alguém aventou a possibilidade de um acordo entre o governo e o PSDB em favor do Brasil, com vistas à superação das dificuldades  políticas e econômicas porque passa o país, FHC apressou-se em distribuir nota  rejeitando a idéia e pregando o golpe, dizendo que “cabe sim que as forças sociais, econômicas e políticas se organizem e dialoguem sobre como corrigir os desmandos do lulo-petismo que levaram o país à crise moral e a economia à recessão”. Seu gesto foi imediatamente imitado pelo seu mais fiel seguidor e admirador, o senador Aloysio Nunes, que, também em nota, considerou a idéia “um delírio”, afirmando que “a condição para tirar o Brasil da crise é tirar o PT do poder”.

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É mais do que óbvio que o ex-presidente e seus correligionários não estão preocupados com os problemas do país, mas em retomar o poder, de onde foram apeados pelo povo  há 12 anos, para atender às imposições estrangeiras, em conluio com a mídia antinacionalista e setores oposicionistas. Inconformados com a derrota nas urnas, eles tentam de maneira antidemocrática reconquistar o poder a qualquer preço e, desse modo, prosseguir na execução do programa entreguista iniciado no seu governo  e interrompido com a vitória de Lula. Eles hoje sequer se preocupam em mascarar essa intenção, defendendo publicamente a entrega do nosso petróleo,  além de outras estatais,  ao capital estrangeiro. E já surgiu até quem pedisse a intervenção norte-americana em nosso país. 

A Operação Lava-Jato, que investiga o esquema de corrupção na Petrobrás, transformou-se no grande pretexto para derrubar o governo. A politização dessa operação e a judicialização da política desaguaram numa lista que, após  discutível triagem do Procurador Geral da República Rodrigo Janot, desembarcou no Supremo Tribunal Federal, onde ainda não se conseguiu vislumbrar sinais para uma  necessária correção no desenvolvimento  do inquérito, diante dos métodos empregados pelo juiz Sergio Moro na condução do processo de investigação. Apesar das críticas de renomados juristas, que acusam o magistrado de atropelar o estado de direito, até agora nada foi feito, por quem de direito,  para alterar a situação.

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Moro é acusado, entre outras coisas, de manter presos os empresários para força-los à delação premiada, o que, na opinião do presidente da Associação dos Advogados de São Paulo, Leonardo Sica, é uma forma de corrupção do processo penal, que fere direitos e garantias individuais. “Eu não posso prender uma pessoa e condicionar a liberdade dela a uma delação, isso é absolutamente ilegal”, ele disse. Por sua vez, em artigo no “Jornal do Brasil”, o presidente da Comissão da Verdade do Rio e da Comissão Nacional de Direitos Humanos do Conselho Federal da OAB, Wadih Damous, disse que "o condutor deste processo  e os jovens procuradores da República que estão instaurando as ações penais são muito bem preparados, passaram num concurso muito difícil, mas são completamente irresponsáveis, não sabem com o que estão brincando. Estão manejando noções jurídicas ao arrepio de tudo aquilo que nós aprendemos nos bancos da faculdade de direito".

Damous, mais adiante, diz que “o processo, da forma como está sendo conduzido, com o "suposto" objetivo de limpar o país e combater a corrupção, faz supor que há um objetivo não anunciado, que seria um ajuste político-partidário, um golpe para desestabilizar o país e o governo”. E como parte desse projeto golpista a mídia comprometida continua estimulando o ódio ao petismo e à Presidenta, provocando manifestações  isoladas que não representam a posição do povo mas, graças à sua ampla divulgação, acabam recebendo adesões. É o caso do tal “panelaço” de domingo a noite, durante o pronunciamento da presidenta Dilma, realizado, como bem observou Juca Kfuri, da varanda gourmet dos prédios de luxo da elite paulista. Uma palhaçada carnavalesca de quem nunca passou fome.

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Constata-se, ainda, uma crescente e perigosa onda de agressões  à Presidenta nas redes sociais, onde até um juiz federal se sente encorajado a insultar,  porque o governo e o PT, apáticos e acuados,  não tem reagido como deveriam. E os agressores, diante disso, se sentem animados a aumentar o tom dos insultos. O renomado jornalista Mauro Santayana, em excelente artigo, advertiu que o maior erro dos petistas foi se omitir de responder, desde o começo, “os ataques mais estapafúrdios, sem outra motivação do que a do ódio e do preconceito, que passou a receber desde que chegou à Presidência da República”. E acrescentou: “Em um país em que blogueiros são condenados a pagar indenizações por chamar alguém de sacripanta, a própria liturgia do cargo exige que um Presidente ou uma Presidente da República usem a força da Lei para coibir e exemplar quem os qualifica, pública e diuturnamente, na internet, de fdp, ladrão, bandido, assassina, terrorista,  vaca,  anta, prostituta, etc, etc, etc”.

A mídia oposicionista, por sua vez, conseguiu fazer do doleiro Alberto Youssef, criminoso confesso, o homem mais poderoso do país, na medida em que consegue, com o respaldo da Justiça e do Ministério Público,  transformar em bandidos, à simples citação do seu nome, senadores, deputados,  governadores, ministros, etc. E resumiram o Brasil à Operação Lava-Jato, como se a vida do país se limitasse às investigações conduzidas pelo juiz Moro no Paraná. Já está passando da hora da presidenta Dilma reagir a tudo isso, não com discursos, mas  com ações concretas, usando os mecanismos legais de que dispõe, para por fim a essas absurdas agressões a ela, à democracia e ao Brasil. Chega de contemporizar!

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