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Pedro Benedito Maciel Neto

Pedro Benedito Maciel Neto é advogado, autor de “Reflexões sobre o estudo do Direito”, Ed. Komedi, 2007.

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Chega de eufemismos: eles são fascistas

Não cabe mais usar palavras, locuções ou acepções agradáveis, para suavizar ou minimizar o peso da realidade: o bolsonarismo é fascista e temos que denunciar isso ao mundo

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A imprensa em geral insiste em usar o eufemismo “ala ideológica” para referir-se à ala do bolsonarismo que se orienta pelo fascismo e o pratica sem nenhum constrangimento no dia-a-dia.

Não cabe mais usar palavras, locuções ou acepções agradáveis, para suavizar ou minimizar o peso da realidade: o bolsonarismo é fascista e temos que denunciar isso ao mundo. 

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Conceituando: o fascismo foi um sistema político nacionalista e antissocialista surgido na Itália no fim da Primeira Guerra Mundial, liderado por Benito Mussolini; essa ideologia conquistou vários países da Europa como a Alemanha, Espanha e Portugal no período entre guerras. Segundo Norberto Bobbio, o termo fascismo se refere principalmente à sua dimensão histórica, constituída pelo fascismo italiano e posteriormente pelo fascismo alemão. 

Apesar da dificuldade em encontrar uma única definição para o fascismo, as características observadas em diversos regimes fascistas possibilitam a elaboração de definição geral, que leva em conta os aspectos mais comuns desse regime, essas características, como registro abaixo, estão presentes no discurso e na ação dos bolsonaristas, aqueles que agridem enfermeiras e jornalistas.

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Os regimes fascistas valorizam de forma intensa o sentimento de nacionalismo. 

Assim, é comum que os governos fascistas utilizem, de forma exacerbada, propagandas nacionalistas através de lemas, símbolos, músicas e bandeiras. Em nome do nacionalismo, os governos fascistas utilizam todas as formas possíveis de manipulação da população (fake news), seja através da mídia (redes sociais) da religião (os neopentecostais estão majoritariamente com Bolsonaro) ou mesmo da violência (cada vez mais presente nas manifestações de rua e nas redes sociais).

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A desqualificação do Poder Judiciário (através do ataque ininterrupto ao STF) e a demonização do Congresso Nacional, são evidências do desejo de ver estabelecido um governo totalitário que exerceria o controle absoluto pelo presidente, submetendo os direitos dos cidadãos, seja no contexto político, cultural ou econômico. Além disso, um governo fascista incita o corporativismo entre todos os setores da sociedade, especialmente nas Forças Armadas.

O bolsonarismo, como todo regime fascista, acredita na utilização da força e da violência para atingir seus objetivos. Por esse motivo, esses governos dedicam quantidades desproporcionais de recursos ao financiamento de armas e guerras (não podemos desconsiderar as recorrentes ameaças à Venezuela); o fascismo chega a negligenciar outras áreas como saúde ou educação. Neste tipo de governo, soldados e militares são vangloriados pelas massas (hoje assistimos os bolsonaristas clamarem por uma intervenção militar e por um neo-AI5). Nos regimes fascistas a polícia é altamente militarizada, possui ampla autonomia para lidar com problemas internos e domésticos que normalmente não necessitam de participação militar (lembremo-nos da obsessão de Bolsonaro pelo controle da Policia Federal), ademais, não há participação popular direta ou através dos seus representantes no fascismo (Bolsonaro praticamente eliminou a relevância dos diversos conselhos nacionais).

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Os regimes fascistas possuem uma necessidade constante de preparar a nação para um conflito armado. Com esse objetivo, são propagados discursos de terror para causar um sentimento de insegurança e paranoia na população, que busca se unir para lutar pela mesma causa. Assim, o fascismo utiliza o medo como instrumento de motivação.

Em uma sociedade altamente militarizada e em constante confronto, os ideais do governo são constantemente impostos de forma violenta, convencendo os cidadãos de que os direitos humanos não são prioridade. Assim, no fascismo não existe valorização da liberdade, da integridade física, da igualdade ou mesmo da vida. Os ataques de Bolsonaro e do bolsonarismo aos Direitos Humanos já mereceram críticas de todo o mundo.

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Nos regimes fascistas, o desprezo pelos direitos humanos é transmitido para a população, que passa a ser conivente com práticas como execuções, torturas, prisões arbitrárias, etc., podemos estar caminhando para esse momento, sob aplausos histéricos da horda de fascistas que brota dos esgotos a cada dia.

Considerando que os governos fascistas possuem o apoio da população, aqueles que não se adéquam aos ideais da nação são abertamente hostilizados, essa é a razão para as constantes mobilizações estimuladas por Bolsonaro: manter a tropa alerta.

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No fascismo os intelectuais e os artistas com a capacidade de questionar o regime e influenciar o povo a fazer o mesmo são perseguidos, e qualquer forma de insurgência contra o Estado é rechaçada de forma violenta. Os bolsonaristas criam fake news diariamente sobre a vida dos artistas e intelectuais.

A fim de manter a integridade do sistema, os regimes fascistas tendem a controlar os meios de comunicação (“não vou renovar a concessão da rede Globo”). Por vezes, o controle é exercido diretamente pelo governo e, em outras, a mídia sofre regulação indireta. De qualquer forma, a censura a ideias contrárias ao regime é comum.

Tanto na Alemanha quanto na Itália o fascismo, nos primeiros anos, disputava a devoção das pessoas com a igreja. No entanto, os dois governos resolveram utilizar a religião a seu favor para manter os ideais da população alinhados e reunir mais seguidores. Dessa forma, os fascistas passaram a traçar paralelos forçados entre preceitos religiosos e ideologias políticas para manipular as pessoas: exatamente como fazem os bolsonaristas.

Bolsonaro é fascista e os membros da “ala ideológica” são fascistas, portanto, chega de eufemismos, vamos chama-los pelo nome: FASCISTAS. 

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