Cheque da "propina" complica situação de Temer e Raupp
Pode ser o fim da linha pra ambos, se for provado o depoimento do ex-presidente da Andrade Gutierrez, Otávio Marques de Azevedo, no qual afirmou “que um valor de R$ 1 milhão que entrou no caixa da campanha da chapa Dilma/Temer foi proveniente de um pagamento de propina feito pela Andrade Gutierrez em março de 2014 ao diretório nacional do PT
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Michel Temer não contava com essa prova desfavorável quando pediu ao Tribunal Superior Eleitoral que julgue separado a sua prestação de contas nas ações que pedem a cassação da chapa Dilma/Temer.
Tanto o presidente quanto o senador podem se enrolar ainda mais nas investigações da Operação Lava Jato.
Contra Raupp já foram abertos quatro inquéritos no STF para investigar suspeitas de que tenha cometido crimes como corrupção passiva, lavagem de dinheiro e tráfico de influência na Petrobras.
Pode ser o fim da linha pra ambos, se for provado o depoimento do ex-presidente da Andrade Gutierrez, Otávio Marques de Azevedo, no qual afirmou “que um valor de R$ 1 milhão que entrou no caixa da campanha da chapa Dilma/Temer foi proveniente de um pagamento de propina feito pela Andrade Gutierrez em março de 2014 ao diretório nacional do PT.
O cheque foi emitido em 10 de julho de 2014 e ao que parece, a assinatura é do senador Valdir Raupp que no ano anterior foi eleito vice-presidente nacional do PMDB para o biênio 2013-2015.
O cheque que pode resultar na cassação de Michel Temer foi apresentado pelos advogados da ex-presidente Dilma Rousseff para contestar o recebimento de propina destinado à chapa Dilma/Temer.
A defesa provou que o valor apontado como doação ilícita veio do PMDB, e não do PT, como havia afirmado Otávio de Azevedo.
Além do recibo eleitoral identificando a Andrade Gutierrez como doadora originária desse valor repassado ao PMDB, os advogados também apresentaram o comprovante do depósito em conta bancária do PMDB.
O TSE fará uma acareação entre Otávio de Azevedo e Edinho Silva, à época tesoureiro da campanha da chapa Dilma/Temer, para esclarecer a confusão causada com o depoimento do empreiteiro.
A nova prova chamou tanta atenção que até o presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Claudio Lamachia, resolveu romper o silêncio sepulcral sobre a possibilidade de julgamento das contas da chapa separadas, o que foi recebido como ‘novidade’ no âmbito do direito eleitoral.
“É absolutamente necessário e urgente o esclarecimento a respeito do repasse de R$ 1 milhão para a campanha que elegeu a chapa Dilma-Temer em 2014. A sociedade precisa saber se esses recursos são legítimos ou fruto de propina. Outro ponto que precisa ser esclarecido é sobre qual conta foi usada para receber o dinheiro. A OAB acompanha com atenção os desdobramentos desse fato para cumprir com rigor sua função de defender os interesses da sociedade e o cumprimento da Constituição. Se necessário, a OAB usará de suas prerrogativas constitucionais para fazer valer os interesses da cidadania”, disse Lamachia em nota.
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