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José Álvaro de Lima Cardoso

Economista

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Cinco anos do golpe de Estado no Brasil

O golpe colocou a classe trabalhadora brasileira, possivelmente, no seu momento mais duro em toda a história, desde a Abolição da Escravatura, há 133 anos atrás. São centenas de ações desde 2016 que vêm destruindo direitos e renda, como nunca tinha sido visto no país

Dilma Rousseff (Foto: ricardo stuckert)
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No último dia 31 de agosto se completaram exatos cinco anos de golpe de Estado no Brasil, um golpe continuado, que teve no impeachment seu primeiro lance, mas seguiu com a fraude eleitoral em 2018 e que continua destruindo direitos da população e a soberania do país. O golpe findou uma etapa da história nacional, iniciada com o pacto realizado ao final da ditadura militar, até 2016 com a farsa do impeachment. 

O golpe colocou a classe trabalhadora brasileira, possivelmente, no seu momento mais duro em toda a história, desde a Abolição da Escravatura, há 133 anos atrás. São centenas de ações desde 2016 que vêm destruindo direitos e renda, como nunca tinha sido visto no país. O golpe foi um crime de grandes proporções contra o Brasil e seu povo, cujos efeitos estão em pleno desenvolvimento. 

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O golpe teve como momento crucial o impeachment da presidenta Dilma, mas obviamente não se limita a ele, é um processo. As medidas que vieram depois do impeachment, aliás, é que são as mais graves. O golpe define o nosso presente e o nosso futuro. São centenas, possivelmente mais de mil medidas, objetivando: 1. destruir direitos; 2. tirar renda dos trabalhadores; 3.liquidar o pouco de soberania que o Brasil possuía; 4. Roubar o País e fragilizar a economia brasileira.

Com o golpe, foram cometidos ataques em série contra o País e seu povo:  

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a) Somente a Operação Lava Jato, montada nos Estados Unidos, com o apoio de traidores tipo Sérgio Moro, fez o Brasil perder R$ 172,2 bilhões em investimentos e destruiu 4,4 milhões de empregos, entre 2014 e 2017;

b) liquidaram o pouco que havia de democracia no País. Vivemos sob uma ditadura, com assassinatos generalizados de camponeses pobres e negros nas favelas. Vivemos também sob o risco de golpe militar aberto; 

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c) causaram a maior recessão/estagnação da história do Brasil com a perda de uma fábula em riqueza e milhões de empregos;

d) liquidaram centenas de direitos trabalhistas e sociais; 

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e) estão desmontando a Previdência Social e a Petrobrás;

f) estão destruindo o mercado consumidor interno e a indústria;

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g) a fome voltou com força no Brasil. São milhões de brasileiros penando fome crônica e que não tem a quem apelar, já que o empobrecimento da classe trabalhadora foi generalizado;  

h) são quase 600 mil brasileiros mortos pela Covid-19, (oficialmente). A maioria das mortes ocorridas foi por puro desleixo e incompetência do governo; 

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i) estão destruindo os serviços públicos à galope, com inúmeras medidas, como a PEC 32.

Todas as medidas dos golpistas são contra os Trabalhadores e os pobres, nenhumas delas prejudica o Capital. Tem um aspecto crucial do golpe no Brasil: ele foi coordenado pelos EUA, principal força na coalizão golpista. Essa águia imperialista, para continuar na condição de potência, depende crescentemente dos recursos naturais da América Latina e de outras regiões atrasadas do mundo. Por esta razão não quer perder o controle político e econômico da Região. 

Só iremos compreender as medidas que os golpistas estão empurrando goela abaixo da população brasileira, se entendermos que todas elas, sem exceção, visam solucionar a crise do capitalismo ao nível internacional, aumentando o repasse, aos países imperialistas, de: petróleo, água, minerais e territórios para instalação de bases militares (como em Alcântara, no Maranhão). Além de outras formas de extorsão e exploração. A crise do sistema capitalista internacional é muito grave e se manifesta em todos as dimensões, como pudemos assistir na fragorosa derrota dos EUA no Afeganistão, há poucos dias. 

As eleições gerais de 2022, se acontecerem, por si só não irão resolver os problemas. Estes só se revolverão com muita luta e determinação por parte da população. Independentemente das nossas vontades, teremos muitas batalhas pela frente nos próximos anos.

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