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Davis Sena Filho

Davis Sena Filho é editor do blog Palavra Livre

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Ciro ataca Dirceu com estupidez, mas ele terá ‘sua hora da verdade’

Em ataque quase esquizofrênico pelo Twitter, Ciro mistura alhos com bugalhos, tergiversa sobre a realidade fática e apenas agride por agredir

José Dirceu e Ciro Gomes (Foto: Lula Marques | Reuters/Adriano Machado)
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Por Davis Sena Filho

"Ciro terá sua hora da verdade. O Lula pode ganhar no primeiro turno com o apoio do PDT. Essa é uma questão que o tempo dirá como será resolvida". (Ex-ministro José Dirceu em análise sobre a conjuntura nacional e possíveis alianças de partidos com o  PT)

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"Me ajudem aqui! Quem é este Zé Dirceu que está falando? É aquele que planejou e executou o mensalão e o petrolão?  É aquele que a cúpula atual do PT afugentou e quer manter escondido? Ou é aquele a quem Lula quer indultar e colocar de novo no comando? De uma coisa eu tenho certeza: seja qual for o Dirceu que esteja falando, ele nunca teve - e jamais terá - qualquer influência no PDT. Muito menos na minha candidatura. Ela seguirá crescendo, inabalável, porque pertence aos que amam de fato o Brasil. E não o seu próprio umbigo". (Ciro Gomes a responder com deboche e agressivamente a avaliação de José Dirceu sobre a conjuntura da política nacional e possíveis alianças de partidos com o PT)

Esta é a resposta do cavalo de Tróia da direita, Ciro Gomes, que atua e age há décadas no campo da esquerda para José Dirceu. Mal-humorado, agressivo, debochado, desrespeitoso e manipulador da verdade, Ciro, que é e sempre será de direita, irrita-se como um menino malcriado e ataca Dirceu de maneira violenta por ele ter analisado e avaliado o tabuleiro político e eleitoral do País, sendo que em nenhum momento desrespeitou o coronel do Ceará.

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Em ataque quase esquizofrênico pelo Twitter, Ciro mistura alhos com bugalhos, tergiversa sobre a realidade fática e apenas agride por agredir, sem que José Dirceu tenha dito qualquer palavra que fugisse do razoável sobre a conjuntura política. Dirceu recebeu um tratamento tão desrespeitoso e, portanto, mal-educado do autoritário Ciro, que há algum tempo se assemelha ao fascista Jair Bolsonaro e ao gado que o acompanha e o apoia em suas diatribes.

A raiva ou o ódio de Ciro Gomes é referente a ele não ter espaço no campo da direita, que é ocupado pelo protofascista Jair Bolsonaro, pois o PSDB se autoimolou quando efetivou o golpe de estado de 2016, por intermédio de Aécio Neves e, com efeito, foi engolido pelo barbarismo da extrema direita, a se tornar um partido médio e desmoralizado, cujos eleitores migraram para a direita selvagem, sendo que muitos deles, que se consideram civilizados, poderão votar em Lula, pois o tucano João Dória até agora alçou voos de galinha.

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Ciro sente tanto ódio por saber que não será presidente, porque há anos seu único projeto de vida, que se recusa a pensar, ver, sentir e ouvir qualquer hipótese ou ideia que não seja sua natimorta candidatura a presidente, pois irremediavelmente fracassada. Por sua vez, a única coisa que ele faz, numa tentativa desesperada de mudar o quadro eleitoral desfavorável, é falar mais do que a boca, plena em palavras maledicentes, que refletem seu temperamento agressivo, intolerante e mal-educado.

Ciro chega a ser perverso quando se torna injusto com seus adversários, comportamento constante em sua vida nos últimos anos. Contudo, seu ódio tem nomes, endereços, e de preferência seus alvos, por meio de  declarações açodadas e muitas delas sem fundamentos, além de maquiavelicamente exageradas, o que o faz ser sempre agressivo e profundamente desrespeitoso com o Lula e o PT, sendo que agora com o José Dirceu.

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E tudo isso é compreensível até a terceira página, porque o Ciro querendo ou não vai ter que daqui a pouco, mas pouco tempo mesmo, sair da encruzilhada e mostrar para o povo brasileiro como ele, seus atos, suas ações e escolhas ficarão na história. Vale lembrar que o último capítulo preenchido por ele é sombrio e desditoso, até mesmo diria que Ciro Gomes também se tornou, ele a aceitar ou não, um algoz da democracia e do estado de direito, quando foi a Paris — deliberadamente.

Seu malévolo ato de abandonar a nau da esquerda, que foi derrotada eleitoralmente e hoje vemos a tragédia que aconteceu em três anos e cinco meses do desgoverno diabólico de Jair Bolsonaro, causou graves prejuízos aos interesses de soberania do Brasil e de sobrevivência do povo brasileiro, que está a enfrentar a pior crise moral, econômica e social da história deste País, pois nunca se viu tanta violência e miséria, além da falta de respeito contra a população deste País. O desgoverno fascista e militarista é realmente uma tragédia humana.

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Esta é a verdade. E Ciro sabe disso como ninguém. De maneira pensada e a ocupar posição tão importante no espectro político do campo democrático, que lutava e ainda luta contra os golpistas e fascistas aboletados no poder central, a deitar e rolar com o orçamento da União, sendo que o político que se diz de esquerda, mas que somente faz o jogo da direita terá que — como afirmou com sabedoria e conhecimento o ex-ministro José Dirceu —  “sua hora da verdade”.

Ciro, na verdade, decidirá como entrará definitivamente na história e se sua biografia continuará manchada por episódios lamentáveis como sua viagem a Paris, a deixar a extrema direita conquistar o poder central com mais facilidade, ou se irá se redimir e redirecionar sua volátil e confusa vida política no sentido de formalizar, se perceber que não irá decolar para chegar ao segundo turno das eleições para presidente.

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A verdade é que Ciro se trata de uma incógnita, mas jamais o campo democrático poderá esquecer que Fernando Haddad, candidato do Partido dos Trabalhadores à Presidência em 2018, ficou sem o importante apoio do político cearense, que furioso e frustrado decidiu beber vinhos na capital francesa e quiçá comer brioches. C’est La Vie!

Seu ato tresloucado e intempestivo, na verdade, favoreceu a direita ao se eximir de combatê-la, em um momento grave e decisivo da política nacional, quando no fim das contas foi empossado como presidente um político neofascista, profundamente preconceituoso e violento, que aplica cruelmente um modelo econômico de espoliação das riquezas do País e de exploração brutal do povo brasileiro, que perdeu até o direito de comer e viver com o mínimo de dignidade.  

E o Ciro, que é candidato com voo de galinha e a cinco meses das eleições de outubro, não consegue sair dos índices eleitorais de um dígito, mas que ajudariam muito o campo democrático e de esquerda a talvez vencer as eleições no primeiro turno. José Dirceu apenas, como político experiente e estrategista como sempre foi, analisou e avaliou a “temperatura” eleitoral e as condições para se firmar acordos políticos para sacramentar POSSÍVEIS alianças.

Entretanto, ao saber das declarações de José Dirceu, Ciro Gomes apela e, com palavras desairosas, mas sem quaisquer resquícios de racionalidade, porém, pleno de agressividade e desrespeito resolve imediatamente desqualificar moralmente o importante político petista, que está na história do País como, inclusive, combatente da ditadura militar, a que perseguiu, prendeu, exilou, torturou e matou.

Enquanto isso, o Ciro fez o quê, cara pálida? Filiou-se ao partido da ditadura civil-militar — o PDS — e assim ele deu início à sua polêmica carreira política e a evidenciar seu instável comportamento e seu temperamento agressivo e verborrágico.  

Porém, Ciro demonstra intolerância e passa a afirmar que Dirceu está envolvido com falcatruas e cita escândalos do passado, como forma de tentar humilhar seu adversário e demonizá-lo ainda mais, mesmo a se coprovar no decorrer do tempo que José Dirceu foi cruelmente perseguido e tratado como se fosse uma pessoa desonesta, pois considerado, por gente de direita como o Ciro, o autor de malfeitos, condutas que o ex-ministro da Casa Civil dos primeiros anos Governo Lula jamais cometeu.

De forma que o famoso e festejado jurista de direita, Ives Gandra Martins, hoje com 87 anos, afirmou em 2013 que Dirceu foi condenado sem provas e condenado por uma ferramenta jurídica chamada de Teoria do Domínio do Fato, quando, no caso de Dirceu, ele se tornou responsável e, portanto, culpado por ações e atos cometidos por terceiros, pelo simples fato de ele ser chefe ou autoridade que se não mandou subordinados a cometer crimes, seria responsabilizado também pelos delitos, mesmo se ele não soubesse e não os cometeu, porque, como já disse, ocupou cargo de chefe.

A Justiça usou esse arcabouço jurídico e casuísta, na verdade, para prender José Dirceu e atingir o Governo Lula, no ano de 2005, por meio do caso do “Mensalão”. Dirceu teve de deixar a Casa Civil, e acusou a direita de estar a preparar um golpe de estado. Contudo, Lula percebeu automaticamente as ações golpistas, tendo também à frente delas o Grupo Globo e a imprensa de mercado em geral, e anunciou que iria às ruas e cumpriu com a promessa. Lula andou pelo Nordeste e fez comícios, sendo que a direita historicamente golpista e escravagista deste País injusto, violento e desigual recuou.

Ives Gandra, jurista conservador e adversário ferrenho do PT, além de ser um dos signatários do pedido de impeachmet farsesco de Dilma Rousseff apresentado ao Congresso pelo consórcio de direita que se mobilizou para efetivar mais um golpe de tantos golpes no Brasil, disse ainda que a Teoria do Domínio do Fato aplicada a José Dirceu foi adotada de forma inédita pelo STF, que, tal qual ao Lawfare usado para prender o Lula em 2018, esteve presente como protagonista para combater o PT e suas principais lideranças.

O veterano jurista Ives Gandra ainda asseverou: “O ex-ministro José Dirceu foi condenado sem provas. A Teoria do Domínio do Fato foi adotada de forma inédita pelo STF para condená-lo. Sua adoção traz uma insegurança jurídica monumental. A partir de agora, mesmo um inocente pode ser condenado com base apenas em presunções e indícios”.

Compreendeu, camarada? É assim que a banda toca nesse País cuja “elite” quer permanecer eternamente no terceiro mundo para poder roubar muito e manter indefinidamente o status quo. Gandra é jurista de direita e se contrapõe aos programas e projetos de governo e de País dos partidos e líderes trabalhistas, que foram alvos de todo tipo de covardia no decorrer da história republicana. E mesmo assim, o jurista respeitado e considerado pela burguesia considerou José Dirceu inocente, por total ausência de provas. A história está de braços cruzados e, calmamente, sentadinha à espera da decisão política e eleitoral de Ciro Gomes. Ciro terá, sim, sua hora da verdade. E como terá... É isso aí.

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