Ciro Gomes e Manuela D'Ávila

Em meio ao obscurantismo político que vivemos, por meio de uma polarização que há décadas domina a política pátria, surge, alvissareiramente, um frescor de renovação, de esperança. O lançamento da candidatura a presidente de Manuela D’ Ávila é um ato ousado do PCdoB.

Diferente de muitos analistas políticos viciados no raso raciocínio polarizante entre PT e PSDB, hoje alguns ponderam que existe vida inteligente no campo progressista fora do PT, e que a herança histórica de partidos como PCdoB e PDT é profundamente fecunda nas conquistas sociais do povo Brasileiro.

A doença do hegemonismo na simplista adesão, e a transformação de partidos políticos históricos em meros satélites vêm perdendo força, quando velhas receitas são reaplicadas para o jogo eleitoreiro, como é o caso, por exemplo, da reaproximação das velhas oligarquias com o Lulismo.

Obviamente que a unidade das forças de esquerda se faz importante para enfrentar a onda odienta da direita, assim como para fazer frente à negação da política. Mas, esta união deve seguir alguns critérios fundamentais para sua viabilidade.

Urgente é apresentar um projeto de desenvolvimento nacional calçado na defesa de nossas riquezas e potencialidades, defendendo a soberania Nacional, e os interesses pátrios. Além de ter que enfrentar o rentismo, outra necessidade crucial para desaprisionar o Brasil.

Mudar o modus operandi da relação política é outra urgência que os brasileiros clamam. As velhas práticas fisiológicas e corruptivas devem ser sepultadas, definitivamente.

Neste sentindo uma chapa que una a experiência de uma vida política limpa e eficaz, com uma juventude renovadora, faz da chapa “Ciro, Presidente-Manuela, Vice” um marco na disputa eleitoral do Brasil.

Exultante a junção de duas escolas políticas como PCdoB e PDT, cujas biografias se fundem com a história de lutas de nosso povo; afinal são partidos que vêm de longe, como fio condutor da história, num processo de identidade com o povo brasileiro.

Jubilosa a reedição da unidade do Sul com o Nordeste revivendo a aliança pretérita que juntou Getúlio Vargas com João Pessoa, que foi o ensejo pós-fraude eleitoral da Revolução de 30 que alforriou o povo brasileiro em direitos e conquistas.

É valoroso para a política nacional se libertar deste jogo nivelado, apenas pela disputa de poder, uma vez que se apresente um novo projeto de desenvolvimento com novos atores.

Fecundo para o aperfeiçoamento da democracia que partidos como PCdoB e PDT sejam protagonistas na política nacional, e que, o PT faça a autocrítica; embora reconhecemos os avanços sociais em seus governos.

O Brasil precisa virar a página. Necessita avançar em um novo paradigma político e uma chapa Ciro Gomes-Manuela D’Ávila é capaz de proporcionar uma nova era para o bem do Brasil e da Democracia.

A história de ambos, juntamente com as referidas forças políticas e suas militâncias, os credenciam para tal tarefa. As biografias de Ciro e Manoela podem representar a esperança perdida. A junção entre PCdoB e PDT abre um novo conceito de unidade das esquerdas e um projeto nacional de forças progressistas capazes de enfrentar a direita e a política neoliberal.