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César Fonseca

Repórter de política e economia, editor do site Independência Sul Americana

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Clima de guerra no ar

A morte do cientista iraniano ocorre a dois meses de Trump deixar o poder, no momento em que Joe Biden sinaliza 2 iniciativas principais do seu governo: 1 – retomada das negociações do acordo do clima de Paris e 2 – do acordo nuclear do Irã

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O New York Times dá todas as dicas de que o governo Trump estava informado sobre as armações do Mossad, serviço secreto de Israel, para matar Mohsen Fakhirizadeh.

Trata-se da cabeça principal do programa nuclear iraniano, alvo perseguido e morto, em emboscada, nessa sexta, em Teerã, como o foi, em 3 de janeiro, Qassim Suleimam, major general iraniano comandante da força de elite Quds, da Guarda de Resistência Islâmica, assassinado pelos Estados Unidos, no Iraque.

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No último dia 10, aliás, Trump cogitou bombardear Natanz, centro das instalações nucleares do Irã, assunto que está na pauta da Casa Branca, desde que foi suspenso o acordo nuclear, rompido, em 2018.

Os depoimentos colhidos pelo Times são de fontes ligadas diretamente ao Pentágono e ao Dep State, dando conta da relação EUA-Israel, no monitoramento do cientista.

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Hassan Rouhani, presidente do Irã, e o aiatolá Ali Khamenei, líder supremo da revolução islâmica, deixaram claro que a morte de Fakhirizadeh não vai ficar barato.

Para ele, não há dúvida que foi o Mossad e seus aliados os executores do atentado, que incendeia o clima político no Irã.

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O ar internacional, portanto, está carregado de propensões à guerra.

A morte do cientista iraniano ocorre a dois meses de Trump deixar o poder, no momento em que Joe Biden sinaliza 2 iniciativas principais do seu governo: 1 – retomada das negociações do acordo do clima de Paris e 2 – do acordo nuclear do Irã.

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Acertado em 2009 entre Irã, Turquia e Brasil, com participação decisiva do então presidente Lula, e assinado em 2015, com protagonismo destacado de Barack Obama, o acordo foi detonado 3 anos depois por Trump, seguido de violentas sanções econômicas dos Estados Unidos.

A quem interessaria evitar retomada do acordo, senão os radicais do Pentágono e os ultradireitistas de Israel, fortalecidos com a indicação, por Biden, de Antony Blinken, considerado homem da guerra, unha e carne com o Dep State?

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Sabendo que Biden é ligado aos banqueiros que financiam a guerra e dela esteve perto durante do governo Obama, haveria controvérsias sérias, nesse assunto, entre Trump e Biden?

Ou a propensão do provável futuro presidente a uma acomodação com os aiatolás seria mera representação?

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Muita água vai rolar até o dia 14 de novembro, quando o colégio eleitoral dirá quem realmente é o novo presidente americano, se Biden ou se Trump.

Até quem dá as cartas na Casa Branca é Trump, em quem não se pode confiar.

Muita gente diz que pode pintar golpe de estado, ou seja, uma virada de mesa, para manter Trump no poder por mais 4 anos, via escaramuças jurídicas.

Verdade ou mentira?

Democracia americana está ou não no fio da navalha?

Estaria ou não relacionado o assassinato de Fakhrizadeh a essa conjuntura, que cheira pólvora?

Além do mais, Trump, também, acaba de anunciar que a Venezuela, aliada do Irã, que se prepare.

Nicolás Maduro, alvo de Washington, que enfrentará eleições parlamentares no próximo dia 6, poderá sofrer corretivo do Império, segundo deixa entender Trump.

Certamente, o imperador, mais uma vez, colocará em questão o processo eleitoral venezuelano, embora seja um dos mais democráticos e fiscalizados do mundo.

A questão, como se sabe, é o petróleo venezuelano e a relação cada vez mais estreita entre Venezuela-Rússia, Venezuela-China, poder comercial e militar, rivais dos Estados Unidos, que vão deixando de ser a hegemonia mundial, com sua dívida pública e o dólar, cada vez mais afetados, na geopolítica global.

Por que, nesse contexto, claramente, bélico o presidente Bolsonaro, ainda, não reconheceu a vitória de Biden e insiste, por meio de escaramuças, confrontar a China, considerada, como a Venezuela, inimiga dos Estados Unidos?

Há, inequivocamente, entre o céu e a terra mais que aviões de carreira, como diria o Barão de Itararé.

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